quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Réus do caso "mensalão" podem ficar impunes

Réus do caso "mensalão" podem ficar impunes, admite ministro do STF

Em entrevista ao grupo Folha, Ricardo Lewandowski declarou que algumas das acusações com certeza devem prescrever

 
O Brasil deve assistir a mais um festival de impunidades nos próximos meses. Os réus da maior crise política da história recente do país, o caso que ficou conhecido como "mensalão", devem escapar ilesos pela Justiça por conta da prescrição das penas. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (14) pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o ministro não há uma previsão clara para o término do julgamento, que inclusive pode se estender para além de 2012. Lewandowski disse que ainda aguarda o relatório do ministro Joaquim Barbosa para então analisar as mais de 600 páginas de depoimentos e 130 volumes e, enfim, fazer o seu voto paralelo. "Não posso condenar um cidadão sem ler as provas", afirmou.

A lentidão do processo, diz Lewandowski, deve-se à opção do STF em julgar todos os acusados, inclusive os que não têm foro privilegiado. Se apenas os detentores de cargos eletivos - envolvidos no caso - fossem julgados pelo órgão o processo seria mais célere. Os demais réus poderiam ser julgados pela justiça comum.  "Com relação a alguns crimes não há dúvida nenhuma que poderá ocorrer a prescrição", revelou o ministro.

A entrevista foi transmitida pelo Programa Poder e Política: Entrevista, realizado pelo grupo Folha.

Na última terça-feira (13), o publicitário Marcos Valério (também envolvido no mensalão) e outros sócios da DNA Propaganda foram libertados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e poderão responder em liberdade um processo por grilagem de terras no oeste da Bahia. 

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