sexta-feira, 23 de novembro de 2012

GRENAL DAS ESTRELAS


E-commerce deve movimentar R$ 150 milhões na Black Friday

E-commerce deve movimentar R$ 150 milhões na Black Friday

Expectativa é de que procura seja maior por eletrodomésticos e eletrônicos


A e-bit, especializada em comércio eletrônico, espera que o e-commerce brasileiro movimente em torno de R$ 150 milhões na Black Friday deste ano, 50% mais em relação ao ano passado. A e-bit acredita que os produtos mais procurados serão eletrodomésticos, eletrônicos, informática e telefonia celular. O tíquete médio deve ficar em torno de R$ 350.

Em sua terceira edição brasileira, a Black Friday 2012 deve movimentar nesta sexta-feira principalmente os sites de compras coletivas e as grandes redes de varejo no Brasil. Na avaliação do presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FDCL/SP), Maurício Stainoff, ambos os setores devem se aproveitar da divulgação na internet.

— Os grandes sites de venda já aproveitavam as ferramentas de divulgação para oferecer o Black Friday — afirma.

Quem ainda não deve ganhar com a data é o pequeno varejista, avalia o presidente da FCDL/SP.
— Ele não tem estoque e não tem essa cultura, acaba se focando no Natal.

Ainda segundo Stainoff, o grande varejo deve se aproveitar dos descontos de até 75% para antecipar as vendas de natal.

Presidente da Petrobras persegue reajuste de 15% na gasolina

Presidente da Petrobras persegue reajuste de 15% na gasolina, mas diz que “não há urgência”

Maria das Graças Foster esteve em Rio Grande nesta quinta-feira vistoriando as obras do polo naval


Presidente da Petrobras persegue reajuste de 15% na gasolina, mas diz que “não há urgência” Quip/Divulgação
Pela manhã, a presidente esteve no estaleiro da Quip Foto: Quip / Divulgação
Foi durante uma visita às construções navais em andamento em Rio Grande, no sul do Estado, que a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, confirmou que a gasolina precisará ser reajustada em 15%, de acordo com o plano de negócios da empresa. Mesmo assim, garantiu que não há prazo nem urgência para adequar o preço.

— Dentro do nosso plano de negócios 2012-2016, temos que reajustar a gasolina em 15% ao longo deste primeiro ano. Mas não precisamos fazer agora, pode ser em 2013. Mas não há data e não há previsão — disse.

Segundo a presidente, o caixa da companhia está “saudável” e, por isso, não tem pressa em aumentar os preços. Graça afirmou que a Petrobras fechará o ano com recorde de investimentos, na ordem de R$ 85 bilhões.

Para reforçar a declaração que não há necessidade de reajuste imediato no preço da gasolina, a presidente afirmou que se o valor do barril de petróleo diminuísse, por exemplo, não seria necessário mudar a cotação do combustível. Em compensação, se o barril tivesse um acréscimo de preço, o aumento seria mais urgente. Como não há previsão para alteração no preço do barril, não é necessário tomar qualquer medida imediata.

Em Rio Grande, Graça Foster visitou o polo naval gaúcho, em reuniões técnicas, sem a participação da imprensa. Durante a manhã, ela esteve no canteiro da Quip. Lá, reuniu-se com a direção da empresa para ficar a par do andamento das obras das plataformas P-58 e P-63, cujo casco está previsto para chegar em Rio Grande no final de janeiro. A P-55 também está sendo avaliada. À tarde, a agenda foi no Estaleiro Rio Grande. Desta vez, a reunião era com executivos da Ecovix, tendo a construção dos oito cascos replicantes como tema principal.

Salário mínimo será de R$ 674,95 em 2013

Salário mínimo será de R$ 674,95 em 2013

Piso salarial do país ficará R$ 4 acima do previsto inicialmente pelo governo para 2013

Denise Rothenburg - Rosana Hessel


O salário mínimo que entrará em vigor a partir de janeiro do próximo ano será ligeiramente superior aos R$ 670,95 previstos pelo governo no projeto de Orçamento de 2013, que está em tramitação no Congresso. Com a expectativa de inflação maior para este ano, de 4,5% para 5,2%, o piso pago aos trabalhadores será de R$ 674,95, ou seja, R$ 4 a mais, conforme técnicos da Câmara e do Senado que estão debruçados sobre a proposta elaborada pelo Ministério do Planejamento.

Com essa revisão, em vez de alta de 7,9%, o salário mínimo terá, no ano que vem, correção de 8,51%. Apesar de o reajuste ser pequeno, o impacto nos cofres da Previdência Social será pesado: pelo menos R$ 1,2 bilhão a mais que o projetado. O piso é pago a mais de 20 milhões de segurados. Também o caixa das prefeituras e dos estados será afetado. A correção do mínimo acompanha a variação da inflação do ano anterior e a do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Essa metodologia foi acertada entre o governo e as centrais sindicais e valerá até 2023.

Apesar de um pouco maior que o previsto, o reajuste revisado do salário mínimo será bem inferior ao mais de 14% concedidos em 2012, fato que ajudou a manter o poder de compra das famílias de menor renda e o consumo em regiões mais pobres do país. Com a economia crescendo menos neste ano, algo como 1,5%, e a inflação variando entre 5% e 6%. o aumento do mínimo em 2014 ficará próximo de 7%.

Fonte: Correio Braziliense

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Empresa chinesa promete construir maior edifício do mundo em 90 dias

Empresa chinesa promete construir maior edifício do mundo em 90 dias

A torre Sky City será construída na cidade de Changsha, capital da província de Hunan, no sudoeste da China. Para obter a conquista, a companhia irá usar 95% do material feito de peças premoldadas

 
 
Prazos mínimos são uma marca registrada do modelo chinês de fazer negócios e entregar produtos. Mas uma meta ambiciosa foi proposta pela construtora Broad Group para si mesma: ela irá construir o maior arranha-céu do mundo, com 2,749 pés, em 90 dias (aproximadamente 837,9 metros). O atual detentor do recorde, o Burj Khalifa, de Dubai, mede 2,722 pés (829,7).

A torre Sky City será construída na cidade de Changsha, capital da província de Hunan, no sudoeste da China. Para obter a conquista, a companhia irá usar 95% do material feito de peças premoldadas - o resto do trabalho vai ser como montar um Lego gigantesco. A meta diária para os construtores é de levantar 5 andares.

sky city
(imagem: divulgação/Broad Group)

A mídia chinesa especulou que o prazo mínimo necessário para construir Sky City seria de 210 dias, mas os executivos do Broad Group reafirmaram que em três meses o edifício estará de pé. Os trabalhos devem ter início no final de novembro e, se tudo correr conforme se espera, o arranha-céu estará pronto em março.

Para a construção do edifício, serão necessários 220,4 mil toneladas de aço e um custo de míseros US$ 1,5 mil por metro quadrado - o Burj Khalifa, por exemplo, custou dez vezes mais. E se engana quem pensa que vai ser uma torre de papel: Sky City foi projetada para suportar terremotos de magnitude 9.0; para comparar, o terremoto que rasgou o chão do Chile em fevereiro de 2010 foi de 8.8 graus.

sky
(imagem: divulgação/Broad Group)

Sky City deve abrigar 31,4 mil pessoas, além de contar com escolas, escritórios, lojas, restaurantes e hospitais.

No início do ano, o Broad Group construiu um prédio de 30 andares em apenas 15 dias e com 200 trabalhadores, utilizando o mesmo método que pretende aplicar em Sky City (vídeo abaixo). E pensar que, no Brasil, adquirir um apartamento na planta é um investimento para 5 anos. 


Via CNET

Como aproveitar a Black Friday americana sem sair do Brasil

Como aproveitar a Black Friday americana sem sair do Brasil

Dicas para comprar na Black Friday americana sem sair do Brasil.
 
Black Friday
Black Friday
A Black Friday é um evento anual nos EUA onde lojas oferecem descontos enormes no preço de vários itens. Uma grande festa do consumismo! Embora tenhamos a nossa versão (capenga) da Black Friday, nada melhor do que a original, certo? Mas como aproveitar aqueles descontos da terra do tio Sam sem sair do Brasil?

O grande problema é que a maioria das lojas norte-americanas não despacham para fora do país. Se no eBay já é relativamente difícil encontrar vendedores dispostos a mandar produtos para cá, em grandes lojas do varejo essa é uma missão quase impossível. Há exceções — a Amazon, por exemplo, manda filmes, livros (isentos de impostos) e Kindles (com impostos retidos na fonte) —, mas a regra geral é que, na hora da compra, você trava na hora de dar o seu endereço.

Existem meios de driblar essa limitação. E antes que alguém questione, não, não se trata de nada ilegal. Importando produtos dessa forma você muito provavelmente pagará os impostos devidos e outras eventuais taxas que a distância impõe. Além disso, é praticamente inviável comprar itens fisicamente grandes (o frete fica salgado). Mas trata-se da Black Friday: os descontos podem compensar, e a compra pode valer a pena.

Onde encontrar ofertas

Black Friday

Diversas lojas americanas fazem ofertas de Black Friday pela internet. O site BlackFriday.com reúne a maioria, e a lista é imensa: mais de 1.400 lojas especializadas em todo tipo de produto – incluindo as mais conhecidas por lá, como Best Buy, Newegg e Target. Este é um dos principais lugares para se encontrar ofertas de Black Friday: ajuda o fato do site exibir ofertas que só começam a valer na sexta-feira. A busca do site está longe do ideal, mas quebra um galho.

O Gizmodo americano fez uma lista enorme de todas as ofertas de Black Friday que puderam encontrar. A lista é separada por produtos, e indica as melhoras ofertas. Você pode separar a lista por loja, salvar itens em sua wishlist, e fazer busca por nome e preço máximo. Mas fique atento: algumas ofertas são “In-Stores Only”, ou seja, só em lojas físicas nos EUA.

O The Verge também está reunindo as melhores ofertas de cada loja, e você pode conferi-las aqui. Assim como o Gizmodo, eles não colocam o link direto para cada produto: você precisa ir ao site da loja e buscá-lo.
Mas o esforço pode valer a pena. Por exemplo, você pode levar:

- o laptop Toshiba L855-S5372 de 15.6″ com processador Core i7 por US$580 na Staples (ele custa pelo menos US$650);

- o tablet Samsung Galaxy Tab 2 7″ por US$178 na Sears (que custa mais de US$200);

- uma Canon T3 com lente kit por US$450 na Best Buy (ela sai por no mínimo US$500);

- um Xbox 360GB de 4GB com Kinect por US$180 na Fry’s (que custa pelo menos US$250);

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Tribunal extingue processo movido contra Lula por improbidade

Tribunal extingue processo movido contra Lula por improbidade

Ação do Ministério Público Federal pedia devolução de quase R$ 10 milhões aos cofres públicos

 
 
Foi extinto hoje o processo que tramitava no Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), no Distrito Federal, que acusava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Previdência Social, Amir Lando, de improbidade administrativa. A ação movida em 2011 pelo Ministério Público Federal acusava Lula de fazer autopromoção em cartas enviadas a pensionistas em 2004 e favorecer o BMG, por anunciar aos servidores um serviço do banco. Além disso, acusava o então presidente de autorizar despesas na Dataprev para a divulgação dos comunicados sem firmar contratos.
O juiz Paulo Cesar Lopes, substituto da 13ª Vara – SJ/DF, entretanto, decidiu por extinguir o processo. Ele concluiu que possíveis crimes cometidos por presidentes da República são regidos por uma legislação específica e, se comprovados, configuram crime de responsabilidade. Nesses casos, porém, as ações devem ser movidas enquanto o acusado ocupa o cargo. Como o processo só foi aberto em 2011, cinco anos depois de praticados os supostos crimes, os atos não poderiam mais ser enquadrados sob essa perspectiva. E, como se tratava de um presidente, o caso não poderia ser tratado diretamente sob a lei de improbidade administrativa. Essa tese amparou também o não prosseguimento do processo para o Supremo Tribunal Federal.

Foto:Valter Campanato/ABr 

Diante do que o juiz classificou como "esvaziamento das sanções político-administrativas, gerado pelo não exercício da ação por crime de responsabilidade", ele declarou o processo extinto sem resolução de mérito.

O mapa da guerrilha - Marketing

O mapa da guerrilha

Que tal causar impacto, ver sua empresa bem falada e não gastar muito? Se você gostou da ideia, é hora de aderir ao Marketing de Guerrilha. Suas táticas inspiradas nas ações de milícias do mundo inteiro estão fazendo uma revolução no mundo dos negócios

Por Michelle Veronese, Revista Administradores
 
Era 1941. Aviões da Alemanha bombardeavam a cidade de Belgrado enquanto tropas nazistas marchavam sobre a Iugoslávia. Parecia impossível conter o avanço germânico. Mas um pequeno grupo de soldados decidiu revidar. Eles não tinham recursos – faltavam armas, comida, medicamentos – mas eram extremamente criativos e organizados. Decidiram, então, surpreender as tropas inimigas realizando ações imprevisíveis e de emboscada. Deu tão certo que os partisans, como ficaram conhecidos, recuperaram seus territórios e, de quebra, entraram para a história como os guerrilheiros que atrapalharam os planos de Hitler.

Os partisans iugoslavos não foram os únicos guerrilheiros a provar que – mesmo sem muitos recursos, mas com uma boa estratégia – é possível enfrentar grandes exércitos. Os vietnamitas contra os norte-americanos, os russos contra Napoleão, Che e Fidel contra a ditadura em Cuba e até Davi contra Golias – todos eles elaboraram as táticas que hoje definem o Marketing de Guerrilha: criatividade, planejamento, poucos recursos e ousadia para surpreender o adversário. "Assim como a guerrilha, o marketing de guerrilha mostra que, mesmo quando os recursos são escassos, é possível causar impacto e chamar a atenção. Basta ter um bom planejamento e um jeito de pensar criativo, que fuja do convencional", explica Ariel Legmann, diretor de planejamento da Agência Hurra, de São Paulo, especializada em Marketing de Guerrilha.
 
Imagem: Revista Administradores

Mas, tanto na guerra como nos negócios, é preciso saber usar as armas certas, ter um excelente conhecimento sobre o terreno e descobrir a oportunidade ideal para agir. "São ações criativas, que se baseiam em meios alternativos de comunicação e que precisam ser bem estruturadas", explica Jeferson Mola, professor do curso de Marketing da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Quer conhecer essas ações? Então, leia o manual – ou melhor, siga as cinco lições abaixo, elaboradas para quem deseja se tornar um guerrilheiro do mercado.

O uniforme

Não estamos falando do uniforme dos funcionários nem da roupa que você usará na próxima reunião. Ok, o traje correto é sempre importante. Mas, nesse caso, trata-se de como você irá vestir sua empresa, ou seja, como a apresentará ao público. Comece pelo nome. De acordo com Jay Conrad Levinson, autor de "Marketing de Guerrilha", a melhor opção é aquela que se diferencia da concorrência e é fácil de memorizar. Se o nome puder contar uma história, evocar uma ideia, sugerir um benefício, melhor ainda. E, se causar desconforto, é perfeito! "Os grandes nomes provocam as pessoas, chamam a atenção e correm riscos. Eles simplesmente não se encaixam", argumenta Levinson.

O nome ideal também precisa ter vida longa e se manter atual mesmo depois de 100 ou 150 anos. O mesmo vale para o slogan e para as ideias associadas à sua marca. Quem já passou dos 30 anos ainda deve ter, na ponta da língua, as frases utilizadas nos anúncios do adubo Maná ("Com Maná, adubando, dá!"), nos comerciais do achocolatado em pó Nescau ("Energia que dá gosto!") ou nas campanhas da Caloi ("Não esqueça a minha Caloi!"). Além de fáceis de memorizar, elas não prometiam nada além do que poderiam cumprir. Também apresentavam a empresa sem recorrer a superlativos, o que nos leva à próxima lição: não subestimar a inteligência do consumidor.

Afirmar o que sua empresa, produto ou marca não é equivale a usar uma roupa maior ou menor do que o seu tamanho: simplesmente, não fica bem. "No passado, o discurso publicitário permitia às empresas falarem o que quisessem: que seu produto era o melhor, o mais completo, o mais versátil, o mais utilizado. Hoje, isso não funciona, pois as pessoas estão mais críticas e têm acesso à informação", diz Gustavo Fortes, sócio-fundador da Espalhe, agência especializada em Marketing de Guerrilha sediada em São Paulo. Segundo ele, quem insiste nesse discurso corre o risco de ser ignorado ou criticado pelo público. "O pior é que muitas empresas que fazem isso também não sabem lidar com críticas e entram em pânico nessas horas."

Requisitos como rapidez, qualidade, organização, atendimento e comunicação também irão definir como o consumidor irá olhar para o produto, marca ou serviço. E, convenhamos, se ele gostar, fará questão de comentar com os amigos, vizinhos e familiares. É assim que começa o boca a boca, objetivo final do marketing de guerrilha. Mas, antes de falar sobre isso, vamos escolher as armas.

As armas

Não é preciso um arsenal caro nem complexo. No marketing de guerrilha, a regra é justamente o contrário: gastar pouco e, ainda assim, causar impacto. Como fazer isso? Pra começar, deixe de lado as mídias tradicionais – como TV, jornais e outdoors – por que elas simplesmente são mais caras. Além disso, essas são exatamente as armas dos seus inimigos. Guerrilheiros de verdade não pensam no óbvio e estão o tempo todo surpreendendo seus adversários. "Antigamente, para uma empresa ser reconhecida, precisava de um grande orçamento de marketing, que permitisse investir pesadamente em mídias de massa e, consequentemente, ser lembrada. Hoje, para ser reconhecida, ela precisa sair do óbvio", garante Gustavo Fortes.

As armas dos guerrilheiros estão espalhadas por todos os lados. Podem ser um aparelho celular, um serviço de e-mail, uma rede social, uma estação de metrô, um semáforo de trânsito, uma escada rolante e até numa melancia! Foi isso o que a Espalhe levou em conta na hora de divulgar o novo sabor do chiclete Trident. A agência aproveitou o carnaval carioca – época em que todo mundo quer chamar atenção – e instalou cabines em vários pontos da cidade. Nelas, as pessoas colocavam o novo chiclete sobre si (numa referência ao dito popular que manda quem quer aparecer pendurar uma melancia no pescoço) e eram filmadas durante 30 segundos. "Elas cantaram, pularam, dançaram. Os vídeos eram, então, postados em tempo real no Youtube", conta Gustavo. Houve fila na porta das cabines e ação ganhou espaço em jornais, blogs e revistas. "Todo mundo queria ser visto e isso repercutiu muito a marca", comenta.

A Biruta Mídias Mirabolantes, agência com sede no Rio de Janeiro, também recorreu a uma arma inusitada para promover um dos combustíveis da Shell: o trânsito de São Paulo. Atores vestidos como Mecânicos Shell V-Power simularam, nos principais semáforos da cidade, troca de pneus, abastecimento e limpeza de vidros dos carros como se fosse um pit stop, enquanto os motoristas ganhavam brindes. "A estratégia de guerrilha tem que ter um custo relativamente baixo, interagir com o cotidiano das pessoas e ter uma grande capacidade de repercussão. E foi isso o que fizemos", lembra Rafael Liporace, sócio e diretor geral da agência.

Ação da Shell em São Paulo (Foto: divulgação)

Os itens do arsenal podem incluir intervenções urbanas, redes sociais, mídia espontânea, flash mobs, virais, entre outros. Dependendo da ação, é possível usar uma ou mais armas. No entanto, só um conselho: antes de escolher a sua, estude o terreno.

O terreno

Você sabia que 90% das compras que realizamos são motivadas por nosso inconsciente? É o que diz Jay Conrad Levinson, no livro "Marketing de Guerrilha". Nossas decisões mais consumistas, de acordo com ele, são tomadas pelo lado emocional e justificadas pelo lado racional, para não nos arrependermos logo em seguida. É assim que muita gente se rende a uma roupa, um celular novo ou a um carro novo. E, pelo menos na maioria das vezes, o diálogo entre razão e emoção dá certo.

O dado acima é apenas um entre milhares de outros que os guerrilheiros precisam conhecer sobre o comportamento do consumidor – que, por sinal, é o terreno do qual estamos falando. "O marketing de guerrilha estuda a fundo quem é seu público e as ações são programadas para atingir as pessoas em seu dia a dia, gerando uma experiência que causará impacto e, em consequência, irá estimular o boca a boca. Quanto mais específico for o público, quanto mais atingirmos o chamado nanopúblico – que é aquele consumidor que tem exatamente o perfil-alvo – maiores são as chances de a mensagem ser retransmitida", conta Ariel Legmann.

Para uma campanha de guerrilha dar certo, investigue o relevo. Isto é, questione: Qual a idade do seu público? Onde essas pessoas circulam? O que pensam e desejam? Como reagem? A partir daí, organize o ataque. Foi isso que a agência Fischer+Fala fez durante o último Campus Party, evento brasileiro que reúne apaixonados por tecnologia. "Nossa intenção era fazer o pré-lançamento do UploadFF, uma plataforma em que as pessoas podem cadastrar ideias que reúnam tecnologia e interatividade. Para isso, utilizamos uma estratégia de emboscada, que consistia em monitorar os comentários feitos pelo público no Twitter e supreender quando uma pessoa reclamava de algo", conta Thaís Fabris, diretora de convergência da Fischer+Fala.

Se a queixa era fome, a agência providenciava uma refeição para o twitteiro. Se alguém reclamava do calor, era imediatamente presenteado com um ventilador portátil ou um abanador, e assim por diante. O objetivo, que era gerar boca a boca, foi alcançado em pouquíssimo tempo. "Em apenas cinco horas, tínhamos impactado cerca de 100 mil pessoas na internet, incluindo Twitter e Facebook", avalia Thaís.

Reconhecer os clientes e compreender as necessidades deles é essencial para quem deseja dominar o terreno da guerrilha. Mas não é só isso. Ao se relacionar com o consumidor, lembre-se de ser honesto, ético, facilitar a negociação e a comunicação. E, acima de tudo, apenas inicie uma campanha de guerrilha quando realmente tiver algo para informar. Do contrário, o tiro pode atingir seu pé.

Os inimigos

Seu maior adversário não está na porta ao lado, nem na empresa concorrente. Está em você mesmo, ou melhor, na falta de um bom planejamento e de conhecimento sobre o seu público-alvo. "Muitas empresas acham que basta ter uma boa ideia e isso será suficiente. Mas isso não é verdade, afinal, todo mundo tem boas ideias. O que importa é a execução, o planejamento e pensar em todas as possibilidades", lembra Rafael Liporace.

Outro erro comum é pensar que guerrilha é sinônimo de guerra e de uma ação agressiva.

"Não obrigatoriamente. Fazer algo forçado, que não tenha a ver com o cotidiano das pessoas ou que cause algum tipo de incômodo, que choque o público, pode causar o efeito inverso, uma repercussão negativa", diz ele. Imagine, por exemplo, se na época dos atentados ao metrô de Londres, uma misteriosa caixa de madeira caísse de para-quedas na estação ou no meio da rua. A campanha, realizada pelo Canal Fox para divulgar a série "Lost" em Portugal, certamente teria repercutido mal nesse outro contexto. Ou imagine o outdoor do filme "Kill Bill", que parece respingar sangue na calçada e nos carros, fosse instalado hoje, na Líbia. Sim, seriam tiros no pé.

"Os maiores equívocos que já vi, no que se refere ao marketing de guerrilha, foi quando se deixou de seguir o seguinte fundamento: conhecer o público a quem se destina, entender seu comportamento e não subestimar seus pensamentos", explica o professor Jefferson Mola. De acordo com ele, as ações obtêm o resultado inverso ao esperado porque o público-alvo não é bem definido, o comportamento do consumidor não é corretamente avaliado ou os sentimentos desencadeados pela ação confrontam a ética e a moral. Percebeu o perigo?

A vitória

O objetivo do marketing de guerrilha é garantir o boca a boca. Ou seja, sua marca, empresa ou produto precisa ser falado, elogiado, retuitado, compartilhado, visualizado. Para isso, é preciso chamar a atenção de um público-alvo, mesmo que ele seja restrito. A partir daí, essas pessoas passarão adiante a mensagem, influenciando outras, que influenciarão outras, e assim por diante.

Mas será que existe um momento ideal para agir? "O profissionais de Marketing devem ficar atentos às oportunidades que o mercado apresenta e usá-las de forma inteligente, ou seja, de forma coerente, respeitosa e criativa", aconselha Jeferson Mola. "O momento certo é quando se tem uma novidade e se quer fazer barulho sobre aquilo, para que todo mundo fique sabendo", sugere Thaís Fabris.

Já que a meta do marketing de guerrilha é gerar falatório, não dá para ter medo de interagir com os consumidores nem tapar os ouvidos para o que eles têm a dizer. "Os profissionais de Comunicação e Marketing precisam lembrar que, hoje, todo mundo está falando e gosta de falar. As pessoas comentam o tempo todo on-line, compartilham suas opiniões, suas experiências. Se você faz um esforço e investe em algo que não irá repercutir, não faz sentido", avalia Ariel Legmann.

Não é à toa que, na hora de medir o sucesso de uma campanha, vale contar o número de visualizações de um site, de menções no Twitter, de cliques do botão "curtir" no Facebook, de exibições de um vídeo no Youtube. "Se as pessoas estão comentando ou passando adiante, seja um vídeo, um link ou uma notícia, o esforço terá valido a pena", diz Ariel.

Os partisans fizeram isso. A ousadia do pequeno exército iugoslavo que, sem recursos, tentou barrar o avanço nazista gerou tanto boca a boca que mais pessoas aderiram à luta. Se não fosse por isso, eles nunca teriam atrapalhado os planos de Hitler.

Be-a-bá da guerrilha

Intervenção urbana: elementos de rua – como postes, faixas e calçadas – são as armas e também ajudam a compor o cenário da guerrilha

Free mídia: é a mídia espontânea. Ocorre quando a ação repercute a ponto de virar notícia em TV, revistas, rádios, blogs ou jornais.

Corpo a corpo: quando atores e modelos abordam ou se aproximam do público, promovendo a interação com a marca.

Viral: quando vídeos engraçados e curiosos se espalham por sites e redes. A contaminação é rápida e pode repercutir durante dias ou semanas.

Marketing invisível: a empresa se esconde por trás de uma pessoa contratada para opinar positivamente sobre produtos ou serviços. O público não percebe que é publicidade.

Redes sociais: são comunidades on-line, como Twitter, Facebook, Orkut, Foursquare e GetGlue. Uma marca comentada por um usuário repercute entre seus amigos, entre os amigos desses e assim por diante.

Memórias do front

Com ousadia, criatividade e, às vezes, uma clara intenção de emboscar o concorrente, algumas ações de guerrilha valem a pena ser lembradas.

Clássico da emboscada
Em plena Copa do Mundo de 1994, a cerveja Brahma chamou mais atenção do que a patrocinadora oficial do evento, a Antárctica. Tudo porque incentivou torcedores e jogadores a levantarem o dedo indicador como símbolo da vitória. A imagem dizia também outra coisa: "a cerveja número 1".

Que flagra!
A cerveja Bavaria também tentou emboscar a Budweiser na Copa de 2006. Distribuiu bermudas com sua logomarca aos torcedores do jogo entre Holanda e Costa do Marfim. Na entrada do estádio, o flagrante: a organização barrou a investida. Os torcedores não tiveram dúvida, tiraram as bermudas e assistiram à partida usando cueca. É claro que repercussão foi ainda maior.

Grande causa
Para divulgar o site ParPerfeito, a Biruta Mídias Mirabolantes lançou o Movimento dos Sem Namorado. Os solteiros de plantão foram convocados, no esquema boca a boca, para participar de uma passeata no Dia dos Namorados. Funcionou: nas ruas do Rio de Janeiro, o público marchou com cartazes pedindo "Namoro Já".

Tudo pela fama
Borá, no interior paulista, foi escolhida para o lançamento do Hall XS. Ali, a agência Espalhe organizou o "Halls da Fama", convidando os moradores a elegerem as dez pessoas cujos atos mereceriam reconhecimento. A ação durou quatro meses e envolveu 805 pessoas – toda a população da cidade, que é a menor do Brasil em número de habitantes. 

Todo mundo dançou
Foi em Chicago, em 2009, que ocorreu o maior flash mob da história. Quando a apresentadora Oprah Winfrey convidou o grupo Black Eyed Peas para um show ao ar livre, não desconfiava que 20 mil pessoas iriam dançar juntas a mesma coreografia. Nem a banda sabia. Os músicos ensinaram os passos para um grupo que fez questão de passar adiante.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Crédito cresce 43% na Caixa, que prevê ritmo forte em 2013

Crédito cresce 43% na Caixa, que prevê ritmo forte em 2013

O maior concessor de financiamento imobiliário do país informou nesta segunda-feira que seus financiamentos cresceram 43 por cento no período de 12 meses até setembro, para 324,5 bilhões de reais

 
Lia Lubambo/EXAME.com
Agência da Caixa, em São Paulo
Agência da Caixa, em São Paulo: a expansão foi liderada pela carteira comercial, que subiu 52,6 por cento ante setembro de 2011, para 109,1 bilhões de reais

São Paulo - A Caixa Econômica Federal expandiu sua carteira de crédito no quádruplo do ritmo dos maiores competidores privados até setembro, em meio à ofensiva do governo federal de ampliar a oferta de crédito para tentar acelerar a atividade econômica.

O maior concessor de financiamento imobiliário do país informou nesta segunda-feira que seus financiamentos cresceram 43 por cento no período de 12 meses até setembro, para 324,5 bilhões de reais. Na média, os maiores bancos comerciais do país tiveram crescimento em torno de 10 por cento no período.

"Nossa estratégia deu certo, preenchemos uma lacuna do mercado", disse o vice-presidente de Controle e Risco da Caixa, Rafael Rezende Neto, à Reuters.

A expansão foi liderada pela carteira comercial, que subiu 52,6 por cento ante setembro de 2011, para 109,1 bilhões de reais. As operações para pessoas físicas cresceram 46 por cento, enquanto os financiamentos para empresas subiram 58,7 por cento.

Desde abril, por instrução do governo federal, que quer uma queda generalizada dos spreads bancários, os bancos estatais reduziram fortemente suas taxas de juros em várias linhas de empréstimos. Desde então, Caixa e Banco do Brasil vem crescendo em ritmo superior aos concorrentes privados.

O BB apurou um incremento de 20,5 por cento de sua carteira de crédito em 12 meses até setembro. Itaú Unibanco, Bradesco e Santander tiveram expansão em torno de 10 por cento no mesmo período.

A carteira imobiliária, a mais importante da Caixa, atingiu 190,6 bilhões de reais, um avanço anual de 34,9 por cento.

Para o vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais da companhia, Marcio Percival, o ritmo de expansão do crédito deve no mínimo ser mantido em 2013, ano para o qual o mercado prevê alta de cerca de 4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Neste ano, a expansão deve ser de aproximadamente 1,5 por cento.

"O desempenho de 2012 é o patamar mínimo para 2013", disse Percival.

Mesmo com o crescimento acelerado, a Caixa conseguiu manter os calotes sob controle. De julho a setembro, o índice de inadimplência, medido pelas operações vencidas com mais de 90 dias, foi de 2,06 por cento, ante 2 por cento um ano antes.

As despesas da Caixa com provisões para perdas com calotes no período somaram 1,9 bilhão de reais, no mesmo patamar de um ano antes.

Com isso, o lucro da instituição no terceiro trimestre atingiu 1,35 bilhão de reais, montante 4,6 por cento maior na comparação anual, embora tenha sido 19,7 por cento menor do que no trimestre imediatamente anterior.

No final do terceiro trimestre, os ativos próprios da Caixa somavam 673,4 bilhões de reais, evolução de 33 por cento na comparação anual.

Com o rápido crescimento da carteira, o Índice de Basileia do banco caiu a 12,6 por cento, o menor em pelo menos sete trimestres e pouco acima do piso de 11 por cento estabelecido pelo Banco Central.

Novas captações - A Caixa deve voltar ao mercado internacional para fazer uma captação de pelo menos um bilhão de dólares até maio de 2013, afirmou Percival.

"Percebemos que há demanda do mercado", disse Percival.

Em outubro, a Caixa fez sua primeira emissão externa, com uma tranche de 1 bilhão de dólares em bônus de cinco anos e outra de 500 milhões de dólares com vencimento em dez anos. Segundo a Caixa, a demanda foi de quase dez vezes a oferta.

Seguros de carro devem ficar mais caros até fevereiro em SP

Seguros de carro devem ficar mais caros até fevereiro em SP

Segundo Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo, os seguros de automóveis devem ter reajuste de 2% a 5% nos preços, até fevereiro de 2013

 
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Carro batido e com pneu furado
Aumento de sinistros é um dos principais fatores que pressionam o aumento dos preços

São Paulo – Os seguros de carros no estado de São Paulo devem sofrer um reajuste de preços de 2% a 5%, segundo o Sindicato dos Corretores de Seguros e de Empresas Corretoras de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP). Mario Sérgio, presidente do Sincor-SP, explica que o aumento dos preços deve ocorrer após o fechamento dos resultados trimestrais das seguradoras, em dezembro, e deve terminar de ser repassado aos clientes em fevereiro.

“O ajuste não é percebido no dia 1 de janeiro porque as seguradoras vão ajustando os preços veículo por veículo, em cada bairro e cada cidade, mas em fevereiro o reajuste já deve terminar de ser repassado”, diz Mario Sérgio. As perspectivas são baseadas em um levantamento feito pelo departamento estatístico do Sincor-SP com corretores e algumas das maiores seguradoras do mercado.

A pesquisa mostrou também que na cidade de São Paulo o aumento deve ser um pouco maior do que no restante do estado e deve ficar entre 5% e 7%. "Na capital a sinistralidade (índice de roubos e acidentes) é maior do que no interior, por isso os preços devem aumentar um pouco mais. Os carros populares, que costumam ser mais roubados, também podem ter uma elevação um pouco acima da média, mas o aumento não deve passar de 10%", avalia Sérgio.

O presidente do Sincor-SP explica que a alta dos preços deve acontecer principalmente por conta do aumento da sinistralidade, do preço das peças dos veículos e da mão de obra verificados no ano de 2012. E ele ressalta que a queda da taxa Selic, que passou de 12,5% aos atuais 7,25% em pouco mais de um ano, também deve prejudicar os resultados das seguradoras e pressionar os preços. “As seguradoras são obrigadas por lei a fazer aplicações em títulos do governo com o dinheiro que fica reservado para ser usado nos sinistros. Com a queda da taxa, os títulos atrelados à Selic tiveram um rendimento muito baixo e devem prejudicar os resultados das seguradoras”, afirma.

Sérgio acrescentou ainda que a pesquisa do Sincor-SP indicou que o lucro financeiro das seguradoras - rendimento obtido com as aplicações financeiras- deve ficar perto de zero neste ano. "Considerando toda a parte de pagamento de sinistros, as despesas administrativas e as despesas com marketing e com comercialização, nós esperamos um lucro médio de apenas 2% neste ano", finalizou.

Café mais caro do mundo guarda traços de crueldade animal

Café mais caro do mundo guarda traços de crueldade animal

Produção do Kopi Luwak, bebida feita a partir das fezes de um mamífero chamado civeta, tem forçado os animais a uma situação debilitante, revela reportagem do The Guardian

 
Creative Commons/ Flickr.com/photos/dboy
Civet, mamífero da Indonésia
Os grãos de café são extraídos das fezes do civeta e higienizados, conferindo um sabor suave e caramilizado, segundo seus apreciadores

São Paulo - Quanto vale um café produzido a partir de fezes e doses de crueldade animal? A pergunta, que parece de mau gosto, tem seu por quê. Segundo uma reportagem publicada pelo jornal britânico The Guardian nesta segunda-feira, o café Kopi Luwak, dono da fama de mais caro do mundo, pode esconder maus-tratos aos animais.

Isso porque a produção da bebida - feita na Indonésia a partir das fezes de um mamífero chamado civeta - tem forçado os animais a uma situação debilitante e que vem sendo denunciada por grupos de proteção aos animais.

De acordo com o jornal, o aumento da procura por esse café raro tem levado os produtores a confinar os civets em jaulas e alimentá-los compulsoriamente a fim de garantir uma produção “em massa” dos grãos gourmet. Os grãos de café são extraídos das fezes do civeta e higienizados, conferindo um sabor suave e caramilizado, segundo seus apreciadores. Nos EUA, o preço do quilo pode passar de mil reais.

Não para aí. Grupos conservacionistas ouvidos pelo jornal disseram que algumas espécies em extinção do animal estão sendo submetidas a esse tratamento, como o binturong, considerado “vulnerável” pela IUCN. "Os civetes são retirados do meio natural e têm de suportar condições horríveis. Eles lutam para ficar juntos, mas são separados e têm de suportar uma dieta muito pobre em gaiolas muito pequenas”, denucia ao jornal Chris Shepherd, da Ong Traffic.

O Guardian visitou uma loja de café na ilha de Sumatra, onde um civet fêmea era mantido em uma jaula apertada na parte de trás das instalações. Sua prole de dois jovens foram separados dela. Outra 20 gaiolas estavam dispostas sobre telhado da loja, longe dos olhos do visitante comum

A preocupação com o bem estar dos animais já soa o alarme entre grandes conhecedores da bebida. Em outubro, o especialista em café Oliver Strand, que escreve para o New York Times, afirmou em uma entrevista à NPR: “O problema é que ele [café] se tornou um bem de luxo tão desejado que os produtores começaram a enjaular os animais e alimentá-los com grãos que não estão maduros". E resume: "Há um mercado 'fetichizado' para o café que tem incentivado práticas menos éticas".

Carros elétricos e híbridos à espera do sinal verde

Carros elétricos e híbridos à espera do sinal verde

Econômicos, silenciosos e ecológicos, veículos que são sucesso em países como EUA, Japão e França ainda não empolgam o consumidor brasileiro pelo alto preço


Carros elétricos e híbridos à espera do sinal verde Tadeu Vilani/Agencia RBS
Ademar Olavo Togni, com a mulher Dalila, mostra o carro híbrido que comprou por R$ 140 mil, valor R$ 50 mil mais caro do que a versão a gasolina Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
São automóveis que não rodam, mas deslizam no asfalto de tão silenciosos. São econômicos e, ainda por cima, aliviam a consciência do motorista por reduzirem as emissões de gases que estão transformando o planeta num forno. Também são confortáveis, com tecnologias interativas e de fácil manuseio. Porém, há um detalhe: custam caro. Aliás, bem caro.

Desde 2010, começaram a transitar por estradas brasileiras os carros da Ford e Mercedes-Benz dotados de motores inteligentes, os chamados híbridos que combinam eletricidade e gasolina. A partir de janeiro, deve chegar ao país mais uma novidade, o Prius, da Toyota, híbrido que vendeu 2,8 milhões de unidades pelo mundo, desde 1997.

Veículos híbridos (propulsionados por um motor a combustão e um sistema elétrico autocarregável) e os puramente elétricos são a coqueluche no Exterior. Países como os Estados Unidos, a Alemanha, a França e o Japão concedem incentivos — ao redor de R$ 14 mil — para quem comprar um modelo não poluente. No Brasil, no entanto, são privilégio de poucos consumidores e motivo de controvérsia entre especialistas.

Os elétricos são raros. Os híbridos, por não exigirem a recarga da bateria de eletricidade, enfrentam menos barreiras. Não haveria mais de 500 deles desfilando nas rodovias brasileiras, deslumbrando seus donos pelo conforto e desempenho. Ademar Olavo Togni, 80 anos, de Canoas, é um dos felizardos. Já conduziu dezenas de carros, mas nenhum se iguala ao atual, o Ford Fusion Hybrid.

— Melhor que ele? Só outro igual! — destaca.

Togni pagou R$ 140 mil pelo flamante — R$ 50 mil a mais que o mesmo modelo a gasolina. Acompanhado da mulher, Dalila Togni, 77 anos, viaja para o Uruguai, a fronteira com a Argentina e o Paraná, a passeio ou visitando parentes. Com um tanque de 60 litros de gasolina, graças ao suporte da bateria elétrica, viaja cerca de mil quilômetros, parando nos postos de combustíveis apenas para ir ao banheiro e fazer um lanche.

O veterano motorista está entusiasmado. Se não acelerar acima dos 76 km/h, não consumirá uma gota de gasolina, porque o Fusion será impelido pela eletricidade. Entre 76 km/h e 96 km/h, gasolina e eletricidade se revezam. Depois, é só com o motor a combustão, mas o elétrico se reabastecerá pelos movimentos do automóvel.

— Ele não gosta de emprestar o carro para ninguém, nem para os filhos — comenta Dalila, ilustrando o apreço do marido pelo novo brinquedo.

Montadoras esperam incentivos do Brasil

Carros elétricos e híbridos proliferam em outros países, onde há estímulos na forma de isenção de impostos, mas podem demorar para conquistar espaço no mercado brasileiro. São caros — o Prius, da Toyota será oferecido a R$ 120 mil —, e não há rede de abastecimento e manutenção instalada.

O professor do Centro Engenharia Automotiva da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Alves, acredita que montadoras como a Toyota apresentarão os modelos, aqui, mais como parte da propaganda institucional de suas marcas.

— O custo é elevado. E o etanol continua sendo uma alternativa no Brasil — pondera o professor de engenharia mecânica.

Representantes da indústria automobilística admitem que os elétricos e híbridos são exclusividades para alguns. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) avisa que, sem o aval do governo brasileiro, os modelos não emplacarão.

Na mesma linha, a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) diz que gigantes como a BMW, Audi e as chinesas também desenvolvem projetos com híbridos. Também miram o Brasil. Mas aguardam a regulamentação — entenda-se benefícios fiscais — para agir.

Bancos privados perdem espaço para públicos na contratação de crédito

Bancos privados perdem espaço para públicos na contratação de crédito


A retração dos bancos privados na concessão de créditos fez com que os bancos públicos ganhassem maior participação nesse segmento de mercado, nos últimos quatro anos. Os bancos privados nacionais detinham 47,9% das operações de crédito, em setembro de 2008, mas apesar de o volume de crédito bancário ter dobrado de lá para cá, a participação deles nos financiamentos e empréstimos caiu para 37,1% do mercado.

Os números constam de relatório do Departamento Econômico do Banco Central (BC), segundo o qual os bancos privados estrangeiros também perderam espaço. Eles eram responsáveis, então, por 21,4% dos créditos, mas a participação caiu para 16,7% no último mês de setembro. Em contrapartida, os bancos públicos, que à época detinham 30,7% do estoque de créditos, são agora detentores de 46,2% dos R$ 2,237 trilhões emprestados a terceiros - pessoas físicas e jurídicas.

A alteração nas concessões de crédito tende a aumentar, uma vez que o estoque de financiamentos cresceu 15,8% nos últimos 12 meses, até setembro, de acordo com o relatório do BC. Mas, no mesmo período o Banco do Brasil registrou expansão de 20,5%, e o vice-presidente de Pessoa Física da Caixa Econômica Federal, Fábia Lenza, estimou crescimento muito maior este ano. Ele disse que só no mês de outubro, a Caixa contratou R$ 16,63 bilhões em créditos.

Além da retração natural dos bancos privados na concessão de créditos, depois da crise financeira generalizada com a falência do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 2008, dois fatores contribuíram significativamente para a mudança no perfil creditício do país: o crédito consignado, com desconto direto do salário, e o aumento dos financiamentos imobiliários. Dois segmentos em que os bancos públicos têm atuação mais forte; principalmente a Caixa Econômica Federal, gestora dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O aumento da carteira de crédito foi impulsionada, basicamente, pelo crescimento do emprego e da renda nos últimos anos, de acordo com o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles. Mas ele destacou, também, as contribuições da redução da taxa básica de juros (Selic), de agosto do ano passado para cá, e a política gradativa de queda dos juros bancários, a partir do último mês de abril, capitaneada pelos bancos públicos. Ressaltou, ainda, a expansão do crédito imobiliário, impactado também pelo Programa Minha Casa, Minha Vida.

Avanço da classe média influencia mercado de orgânicos

Avanço da classe média influencia mercado de orgânicos

Especialista vê oportunidade de crescimento para a agricultura familiar


A produção de alimentos orgânicos no Brasil é vista pelo diretor de Agregação de Valor do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Arnoldo de Campos, como uma grande oportunidade para a agricultura familiar. Campos é um dos debatedores do seminário Brasil Orgânico e Sustentável/ Rio de Janeiro — Impactos da Política Nacional de Agroecologia, que será realizado nesta segunda-feira, na capital fluminense.

— Graças ao crescimento da economia, a gente tem um aumento muito significativo da classe média, e quando a pessoa tem mais renda, fica mais exigente. As preocupações com a saúde, alimentação saudável e livre de agrotóxicos, se intensificam na sociedade. Isso acaba sendo uma boa oportunidade para os agricultores familiares, que têm mais vocação para esse tipo de sistema produtivo — disse Campos.

Segundo o diretor, o mercado de produtos orgânicos movimenta hoje, no Brasil, "em torno de meio bilhão de reais". Esse mercado cresce entre 15% e 20% ao ano e é abastecido por cerca de 90 mil produtores que "têm alguma produção orgânica ou agroecológica". Desse total, cerca de 85% são agricultores familiares.

Campos não tem dúvida de que a tendência é a expansão da demanda por produtos verdes.
— As redes de supermercados pretendem elevar a oferta de produtos orgânicos porque seus consumidores estão demandando isso. A indústria de alimentos quer ter mais fornecedores com essa característica. Os restaurantes, bares e hotéis cada vez mais querem ter uma parte dos seus cardápios para atender aos clientes que consomem produtos orgânicos — afirmou.

O diretor assegurou que há uma demanda em diferentes setores da economia por esse tipo de produto.

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