sábado, 10 de março de 2012

Você é mais criativo quando está distraído

Você é mais criativo quando está distraído


Pesquisa mostra que nossas melhores ideias surgem quando não estamos fazendo nada


Paradoxo: seu momento de maior inspiração não é quando você pensa
Paradoxo: seu momento de maior inspiração não é quando você pensa

Pode parecer espantoso, mas as nossas melhores idéias vem quando não estamos empenhados em tê-las. A descoberta foi feita pelos pesquisadores Mareike Wieth e Rose Zack, que examinaram 428 universitários para saber em qual parte do dia cada um deles era mais produtivo no trabalho.
Segundo o estudo, 195 dos candidatos examinados eram mais ativos no período noturno, enquanto apenas 28 produziam mais na parte da manhã e tarde. O restante foi classificado como neutro. A partir dos resultados, a dupla de pesquisadores dividiu os universitários em dois grupos e entregou seis tarefas de resolução de problemas – metade composta por problemas de percepção e metade por questões analíticas.
As perguntas analíticas necessitavam de um trabalho duro para chegar à resposta, enquanto as intuitivas precisavam apenas de um momento de inspiração para serem decifradas. O resultado foi que perguntas intuitivas foram respondidas com mais eficiência quando os participantes estavam em seu período menos produtivo.
Ou seja, as melhores respostas dos noturnos foram dadas pela manhã enquanto os diurnos demonstraram melhores resultados durante a noite. De acordo com Mareike Wieth e Rose Zack, isso ocorre porque, durante as pausas na produtividade, as pessoas ficam distraídos com mais facilidade. E essas distrações podem ajudar na criatividade.
Aparentemente, o ato de não fazer nada nos deixa mais distraídos, o que estimula a parte criativa do cérebro. “Sem se preocupar com o teor das perguntas e sua complexidade, os participantes sentiam-se mais a vontade para explorar pontos que surgiam à medida que eles falavam”, disse a dupla de cientistas.
Então fica a dica: está com um problema que precisa de criatividade para ser resolvido? Pare o que está fazendo e se distraia. O ato vai cortar a sua linha de raciocínio atual e fará você iniciar outra, abrindo novas possibilidades para poder concluir a tarefa.
O estudo foi publicado originalmente no Scientific American, sob o título “Time of day effects on problem solving: When te non-optimal is optimal”. Em tradução livre: “Efeitos da hora do dia na resolução de problemas: Quando o não ideal se torna ideal".

Telefônica vai cortar 1,5 mil empregos

Telefônica vai cortar 1,5 mil empregos



Como parte de seu processo de integração com a Vivo, a Telefônica anunciou ontem um plano de demissão voluntária para 1,5 mil pessoas, de um total de 20 mil funcionários. A partir da próxima quinta-feira, os serviços da empresa, como telefonia fixa, banda larga e TV paga, passarão a adotar a marca Vivo.

Cristiane do Nascimento, diretora do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (Sintetel), afirmou que a empresa planejava cortar um número ainda maior de funcionários. 'Foi cogitado um corte de 2 mil pessoas', disse ela, que participou das negociações com a Telefônica. A Telefônica não comentou a decisão.

Apesar de a redução ser equivalente a 7,5% do pessoal, Cristina considerou que o plano de demissão voluntária, com o pacote de benefícios oferecidos pela Telefônica, foi um bom resultado para o acordo. 'Muitos aposentados e pré-aposentados têm a intenção de sair', disse a diretora do Sintetel. 'O mercado está aquecido, principalmente nas áreas técnicas. Algumas pessoas podem sair por terem uma oportunidade melhor.'

A Telefônica está oferecendo, a quem aderir à demissão voluntária, meio salário-base por ano trabalhado; indenização mínima de um salário e máxima de 10 salários, independentemente do tempo do contrato de trabalho; seis meses de plano de saúde; serviço de apoio à transição de carreira; doação do celular funcional; e o não desconto dos valores do vale refeição ou alimentação no mês de desligamento.

Os interessados têm até a próxima quarta-feira para aderir ao plano. Ainda não está definido o que será feito se a adesão não alcançar os 1,5 mil postos que são a meta da Telefônica. 'Se não acontecer, vamos ter de negociar e decidir depois', disse Cristiane.

A Telefônica vai analisar individualmente cada inscrição de funcionário ao plano, e pode decidir que não interessa a ela demiti-lo. 'Se todo um setor resolver aderir, a Telefônica pode decidir manter alguns funcionários, para que o setor continue funcionando', afirmou a diretora do Sintetel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pernambucanas é processada por 'trabalho escravo'

Pernambucanas é processada por 'trabalho escravo'



A rede Pernambucanas é alvo de um processo judicial por suposta exploração de mão de obra na cadeia produtiva, informou ontem o Ministério Público do Trabalho de São Paulo. A empresa foi investigada pela prática entre 2010 e 2011 e não concordou em assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo órgão para encerrar o caso. Essa é a primeira vez que uma investigação de trabalho análogo à escravidão no setor têxtil brasileiro segue para a Justiça.

O Ministério Público queria que a empresa aceitasse pagar uma multa de R$ 5 milhões e se comprometesse a assumir uma responsabilidade jurídica pela sua cadeia de fornecedores, afirmou a procuradora do Trabalho, Valdirene de Assis. 'A Pernambucanas simplesmente não aceitou a responsabilidade que tem sobre a sua cadeia', disse. A informação da multa foi publicada ontem na coluna de Sonia Racy.

Desde julho de 2011, foram realizadas quatro audiências públicas entre o Ministério Público e a empresa para negociar os termos do TAC. Sem acordo, o órgão entrou com uma ação civil pública para tentar obrigar a empresa a se responsabilizar pelo cumprimento da lei trabalhista por seus fornecedores.

Flagrante

Duas oficinas de costura que produziam roupas das marcas Argonaut e Vanguard, da rede Pernambucanas, foram flagradas entre agosto de 2010 e março de 2011 com trabalhadores em condições análogas à escravidão, a maioria deles imigrantes bolivianos.

Segundo o Ministério Público, eles estavam em locais inapropriados, cumpriam jornadas de até 16 horas por dia e recebiam entre R$ 0,20 e R$ 0,60 por peça costurada. A empresa recebeu 41 autos de infração, como servidão por dívida, jornada de trabalho excessiva e degradação do meio ambiente.

Outras redes de varejo, como Zara, C&A e Marisa já foram investigadas por trabalho análogo à escravidão na sua cadeia produtiva. Todas, porém, assinaram Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público.

Como não há casos semelhantes na Justiça, o prazo e a sentença são imprevisíveis. O Ministério Público e a Pernambucanas podem firmar um acordo no Judiciário ou levar o caso a julgamento. Se a empresa for condenada, a punição determinada pelo juiz não necessariamente será nos termos propostos pelo Ministério Público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasil perde posição em ranking de veículos

Brasil perde posição em ranking de veículos



A entrada de carros importados no Brasil fez a produção estagnar e o País perdeu uma posição entre os maiores produtores mundiais em 2011. Segundo a Organização Internacional de Construtores de Automóveis (Oica), o Brasil caiu para o sétimo lugar no ranking, superado pela Índia. Para este ano, a previsão é de nova desaceleração, com recuperação após a chegada de novas montadoras, no médio prazo.

Puxada pelo consumo nos países emergentes, a produção de veículos no planeta se recuperou da crise de 2008 e 2009. Em 2011, a produção mundial atingiu novo recorde, de 80,1 milhões de veículos, uma expansão de 3,2%. Para 2012, a perspectiva é de que a taxa seja mantida, ainda que a Europa registre queda profunda em vendas e produção.

No caso brasileiro, a indústria patina, mas o problema não é a demanda, e sim a entrada de carros importados e a queda das exportações. Após registrar crescimento de 14% em 2010, a produção brasileira teve alta de apenas 0,7% em 2011. O fenômeno levou o governo a aumentar impostos para conter a importação.

Enquanto a produção pena para crescer, as vendas registram taxas mais elevadas. Nesse critério, o Brasil manteve-se em quarto lugar no ranking, posição conquistada em 2010. Foram vendidos 3,63 milhões de veículos em 2011, 3,4% mais que no ano anterior, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Desse total, 23,6% são importados.

Os três maiores mercados mundiais mantiveram suas posições, com a China no topo (18,5 milhões de veículos). Na sequência estão EUA (12,734 milhões) e Japão (4,21 milhões). O Brasil ficou à frente da Alemanha por apenas 125 mil unidades. Nessa lista, a Índia está em sexto lugar, com 3,293 milhões de veículos vendidos em 2011. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estados Unidos concederam mais de 191 mil vistos a brasileiros em dois meses

Estados Unidos concederam mais de 191 mil vistos a brasileiros em dois meses



SÃO PAULO - A Embaixada dos EUA no Brasil concedeu de janeiro a fevereiro 181.318 vistos a brasileiros que querem ir para cidades norte-americanas. São Paulo é o consulado que mais emite autorizações, registrando uma média diária de 2.236 vistos, segundo informações da Agência Brasil.

O tempo de espera varia entre Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Quem opta por São Paulo e o Rio pode ficar até 23 dias esperando a conclusão do processo.

Nos primeiros meses deste ano, já houve um aumento de 49%, sendo que no Rio de Janeiro a procura por vistos para os Estados Unidos praticamente dobrou.

No próximo sábado, 17, a Embaixada dos Estados Unidos e os consulados em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Recife farão mutirão para atender aos interessados em obter o visto. Apenas em 2011, mais de 1,5 milhão de brasileiros visitaram os Estados Unidos.

Em crise com o Planalto, base cobra novo modelo de relação com Dilma

Em crise com o Planalto, base cobra novo modelo de relação com Dilma



Em crise com o Planalto, base cobra novo modelo de relação com Dilma
"Presidente Dilma terá de desatar nós para evitar impasse com aliados"

BRASÍLIA - Rebelados com o governo, os principais dirigentes dos partidos integrantes da coalizão da presidente Dilma Rousseff querem um novo modelo de relacionamento com o Palácio do Planalto, com menos poder para o PT, mais diálogo entre os parlamentares e o cumprimento das promessas de liberação das emendas parlamentares. Insatisfeita com a articulação política e com atitudes do PT, a base aliada impôs uma derrota política a Dilma na semana passada ao rejeitar a indicação de Bernardo Figueiredo com diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Os aliados acham que o PT leva muita vantagem sobre os demais 16 partidos da coalizão na ocupação dos espaços e nos dividendos políticos de realizações do governo.

O PMDB - porta-voz do descontentamento geral - reclama que não recebe crédito por programas bem-sucedidos do governo, embora contribua para aprová-los. Gaba-se de ser mais fiel que o PT. Cita a aprovação do Fundo de Previdência dos Servidores (Funpresp) na Câmara, quando registrou só três votos contrários ao governo. O PT teve oito dissidentes.

O PMDB reivindica também maior autonomia sobre os ministérios que comanda: Agricultura, Assuntos Estratégicos, Minas e Energia, Previdência e Turismo. 'Ao contrário dos ministérios do PT, como Saúde e Educação, e do PSB, como Integração Nacional, nossos ministérios não dispõem de verbas para que possamos anunciar obras nos municípios. Ficamos na dependência do PT', afirma o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).

O problema, de acordo com os peemedebistas, é que mesmo nessa situação, sem poder anunciar obras nem convênios, os ministérios ainda são tutelados. O titular da Agricultura, Mendes Ribeiro, não pode fazer nada sem consultar as ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais). O mesmo ocorre com o Ministério do Turismo. O ministro Gastão Vieira vive sob vigilância.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Anúncio do Azeite Gallo acusado de racismo terá de ser alterado

Anúncio do Azeite Gallo acusado de racismo terá de ser alterado, diz Conar

Em julgamento, órgão ponderou que propaganda permite interpretações discriminatórias

 

Disney paga 100 vezes mais do que devia a brasileiros – e quer R$ 1 mi de volta

Disney paga 100 vezes mais do que devia a brasileiros – e quer R$ 1 mi de volta

Dinheiro depositado por engano pela Disney teria sido usado por sócios da RGA para a compra de imóveis

 
Filme "Por uma boa briga"
O filme também levou uma boa briga aos tribunais: ao invés de receber 8.125 dólares pela dublagem, estúdio brasileiro embolsou 812.500 dólares e negou erro no depósito

São Paulo - O Superior Tribunal de Justiça condenou a empresa de dublagem RGA Studio Sound Effect, do Rio de Janeiro, a devolver 812.500 dólares à Walt Disney Company. Em 1999, a Disney se comprometeu a pagar 8.125 dólares ao estúdio pela dublagem do filme "Play it to the bone". Estrelado, por Antonio Banderas, a fita chegou ao país com o título "Por uma boa briga".

Por um erro, dois zeros foram acrescentados ao depósito, fazendo com que a empresa brasileira levasse uma bolada que valeria hoje mais de 1,4 milhão de reais.

Os três sócios do estúdio, Rogério dos Santos Goulart, Ruy Durante Jobim Junior e Antônio Carlos dos Santos, negaram que o equívoco existiu. Neste meio tempo, dois deles inclusive utilizaram o dinheiro para comprar imóveis à vista, usando cheques administrativos emitidos na mesma agência bancária em que receberam o pagamento da Disney.

Depois de tentarem em vão reaver o montate com os empresários, a Disney resolveu entrar na justiça. No processo, seus advogados alegaram que os sócios da RGA Studio Sound Effect teriam "modificado seu estilo de vida depois da transação de modo totalmente incompatível com a renda do estúdio”.

Os empresários, por sua vez, teriam atribuído o aporte da vultosa quantia a um suposto investimento da Disney na ampliação do estúdio. Sem documentos que comprovassem o negócio, eles acabaram voltando atrás.

Bens bloqueados

Por medida cautelar, a Disney solicitou o bloqueio dos bens dos empresários para garantir a devolução do dinheiro depositado por engano. Os sócios apelaram ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que manteve a sentença.

Antônio Carlos dos Santos então recorreu ao STJ, afirmando que era sócio minoritário e, por isso, não tinha relação administrativa direta com a empresa. Em decisão proferida no começo de março, o órgão negou que o seu nome fosse anulado do processo.

Governo desonerará folha de pagamento da indústria

Governo desonerará folha de pagamento da indústria

Segundo o ministro, o benefício deve durar por cerca de um ano, e que a alíquota ainda está sendo definida. A medida terá como objetivo o aumento da competitividade

Marcello Casal Jr/ABr
Mantega fala sobre o crescimento brasileiro
Mantega disse que no encontro a principal preocupação manifestada pelos empresários foi em relação ao câmbio

São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou há pouco que o governo vai desonerar a folha de pagamento do setor industrial como forma de aumentar a competitividade do segmento no mercado mundial. Ele disse que o governo já vem adotando medidas para estimular o crescimento da atividade da indústria.

Segundo o ministro, o benefício deve durar por cerca de um ano, e que a alíquota ainda está sendo definida.

O ministro se reuniu com cerca de 20 representantes da área produtiva nacional, em encontro organizado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), na capital paulista.

Mantega disse que no encontro a principal preocupação manifestada pelos empresários foi em relação ao câmbio. Ele assegurou ao setor que o governo vai continuar adotando medidas para evitar um desequilíbrio que venha prejudicar expressivamente o desempenho do setor. “Posso garantir que o câmbio não estará se valorizando e prejudicando os produtos brasileiros”.

Após alerta de risco de câncer, Coca pode mudar fórmula de corante

Após alerta de risco de câncer, Coca pode mudar fórmula de corante

Pesquisa americana afirma que substância seria cancerígena.
Fabricante diz que químico é seguro, mas pode reduzir sua quantidade.

A fabricante de refrigerantes Coca-Cola informou que pode reduzir a quantidade de um químico encontrado no corante caramelo após ele ter sido considerado cancerígeno pela lei do estado americano da California e por um estudo feito por um grupo de defesa do consumidor nos Estados Unidos.
 
egundo as agências de notícias Reuters e AFP, tanto Coca-Cola quanto Pepsi vão fazer a redução na Califórnia. Ao G1, a assessoria de imprensa da Coca-Cola no Brasil informou que a medida “pode” ser tomada no estado americano, mas afirmou que não se trata de uma alteração na fórmula.

"O corante caramelo utilizado em nossos produtos é absolutamente seguro. Coca-Cola não alterará sua fórmula mundialmente conhecida. Mudanças no processo de fabricação de qualquer um dos ingredientes, como o corante caramelo, não têm potencial para modificar a cor ou o sabor da Coca-Cola. Ao longo dos anos já implementamos outras mudanças no processo de fabricação de ingredientes sem, entretanto, ter alterado nossa fórmula secreta. Continuamos a nos orientar por evidências científicas sólidas para garantir que nossos produtos sejam seguros. O elevado padrão de qualidade e segurança dos nossos produtos permanece sendo nossa mais alta prioridade", disse a Coca-cola, em nota.

A AmBev, responsável pela Pepsi no Brasil, ainda não se pronunciou a respeito.

A controvérsia envolvendo o corante caramelo é antiga e atingiu seu pico nas últimas semanas. Em janeiro, o químico 4-metil imidazol (4-MI) entrou na lista de substâncias consideradas de risco na Califórnia.

Nesta semana, um estudo conduzido por um grupo de defesa ao consumidor ( o Centro de Ciência de Interesse Público -- CSPI, na sigla em inglês) afirmou que o 4-MI causaria câncer em animais.

Na pesquisa recente do CSPI, latinhas vendidas em Washington tinham entre 103 e 153 microgramas da substância. A legislação da Califórnia prevê que o limite considerado seguro para o consumo em uma latinha é de 29 microgramas (milionésimos de grama) de 4-MI.

Pelas normas brasileiras, estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso da substância na produção de corantes é permitido, “desde que o teor de 4-metil imidazol não exceda no mesmo a 200mg/kg (duzentos miligramas por quilo)”.

Segundo o toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (Ceatox), a substância se mostrou tóxica para ratos e camundongos na concentração de 360 mg/kg, que é pouco menos que o dobro do limite legal no Brasil.

Ecad não pode cobrar de blogs que usam vídeo do Youtube, diz Google

Ecad não pode cobrar de blogs que usam vídeo do Youtube, diz Google

Gigante das buscas diz que vê ação do órgão com 'surpresa e apreensão'.
Ecad diz que tem embasamento legal para cobrar taxas de blogs.

 
O Google divulgou, nesta sexta-feira (9), uma nota dizendo que o acordo assinado entre a empresa e o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) “não permite nem endossa o ECAD a cobrar de terceiros por vídeos inseridos do YouTube”. Na quarta-feira, o orgão afirmou que tem embasamento legal para cobrar taxas de blogs que utilizam vídeos hospedados no site do Google.

“Vemos com surpresa e apreensão o recente movimento do Ecad na cobrança direta a usuários da ferramenta de inserção ("embed") do Youtube”, disse Marcel Leonardi, diretor de políticas públicas e relações Governamentais do Google Brasil, em um post no blog da empresa (leia o post no blog do YouTube Brasil). A ferramenta “embed” permite que os vídeos sejam colocados nas páginas de blogs e outros sites –assim, eles não precisam ser vistos na página do próprio YouTube.

Leonardi lembrou que o Google e o Ecad têm um acordo assinado. Segundo ele, durante as negociações, “tomamos um enorme cuidado para assegurar que nossos usuários poderiam inserir vídeos em seus sites sem interferência ou intimidação por parte do Ecad”. O representante do Google diz que reconhece o papel do órgão no Brasil, mas o contrato não permite a coleta de pagamento dos usuários.

De acordo com o Google, o Ecad não pode fazer a cobrança dos blogs porque, na prática, esses sites não hospedam ou retransmitem qualquer conteúdo ao associam um vídeo do YouTube á sua página (por meio da ferramenta de “embed”). “Como esses sites não estão executando nenhuma música, o ECAD não pode, dentro da lei, coletar qualquer pagamento sobre eles”, afirmou Leonardi.

O executivo do Google também se diz preocupado com o conceito do Ecad sobre o que seria uma “execução pública na Internet”. “Tratar qualquer disponibilidade ou referência a conteúdos online como uma execução pública é uma interpretação equivocada da Lei Brasileira de Direitos Autorais”, disse.

Leonardi finaliza o post dizendo que o Google espera “que o Ecad pare com essa conduta e retire suas reclamações contra os usuários que inserem vídeos do YouTube em seus sites ou blogs”.
Os usuários que colocam seus vídeos no Youtube podem escolher se querem que o vídeo seja incorporado a outro site por meio do “embed”.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cinco são denunciados por vazamento do Enem

Cinco são denunciados por vazamento do Enem

O Ministério Público Federal no Ceará pediu na Justiça que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) entregue todo o material utilizado para o pré-teste em Fortaleza por acreditar em um vazamento maior das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A denúncia do MPF, feita hoje com base no inquérito da Polícia Federal, cita que o vazamento das questões no Colégio Christus se estendeu aos demais 30 cadernos aplicados na instituição e não somente aos cadernos 3 e 7 que foram comprovadamente distribuídos.

Duas funcionárias do Inep foram denunciadas no processo por falsidade ideológica. O MPF também denunciou dois funcionários do Colégio Christus e uma representante da Cesgranrio, responsável pela aplicação do pré-teste em Fortaleza. 'É possível entender que o MEC adiou a aplicação de uma nova prova do Enem no ano de 2010, porque o problema é interno. O MEC não tem garantia de que o Enem não vai vazar', explica o procurador da República Oscar Costa Filho, autor das ações contra o Enem 2011.

De acordo com a análise do MPF, conforme o artigo 299 do Código Penal, as representantes do Inep deverão responder por falsidade ideológica, ao negarem a possibilidade de se obter os cadernos de provas do pré-teste. 'Com o objetivo de acobertar a extensão do vazamento da prova', explica a procuradora da República, responsável pelo processo criminal, Maria Candelária de Di Ciero.

Já a representante da Cesgranrio teve responsabilidade no vazamento das questões do Enem quando disponibilizou os cadernos do pré-teste aos coordenadores dos colégios escolhidos que não dispunham de autorização legal de acesso ao material sigiloso, crime previsto no artigo 325 do Código Penal. E quanto aos funcionários do Colégio Christus, uma coordenadora e o professor de Física, Jahilton Motta, pela utilização e divulgação indevida do material sigiloso, pela violação de sigilo funcional, artigo 325, do Código Penal.

MST comemora Dia da Mulher com invasões

MST comemora Dia da Mulher com invasões, atos públicos e marchas em 11 Estados


Roldão Arruda, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - As militantes do Movimento dos Sem Terra marcaram a passagem do Dia Internacional da Mulher com invasões de terra, marchas e ocupações de edifícios públicos em onze Estados. De maneira geral, elas cobraram da presidente Dilma Rousseff, primeira mulher a ocupar a Presidência da República, mais agilidade na execução da reforma agrária no País. O número de assentamentos de famílias no ano passado, segundo registros do Incra, foi o pior dos últimos 16 anos.

Em São Paulo, as mulheres realizaram um ato de protesto diante da sede do Tribunal de Justiça, na Praça da Sé. Segundo as manifestantes, o Poder Judiciário contribui para a lentidão do andamento da reforma, por não dar andamento aos processos de desapropriação.

Em Maceió (AL), as militantes do MST, provenientes em sua maioria de assentamentos rurais, ocuparam a sede do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). Nesse caso exigiam do governo Dilma uma ação mais efetiva no Congresso para impedir a aprovação do texto de Reforma do Código Florestal. O projeto já foi aprovado na Câmara e encontra-se em discussão no Congresso.

No sertão da Paraíba, no município de Souza, as manifestantes invadiram a Fazenda Santana. Segundo informações divulgadas pela assessoria do MST, a intenção era denunciar a utilização de agrotóxicos nas propriedades do lugar. ?O uso exagerado de agrotóxicos causa problemas de saúde para os trabalhadores e para a comunidade?, diz o texto distribuído pela organização.

Decisão sobre legalidade da 'Operação Satiagraha' vai para o Supremo

Decisão sobre legalidade da 'Operação Satiagraha' vai para o Supremo

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se a participação de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Operação Satiagraha tem o poder de anular todas as provas produzidas e a condenação por corrupção do banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, a dez anos de prisão. O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fischer, atendeu a recurso do Ministério Público Federal que pede que o Supremo dê a última palavra sobre se foi ilegal a cooperação de integrantes da Abin.

Em junho do ano passado, a 5ª Turma do STJ entendeu, por três votos a dois, que a participação clandestina dos agentes da Abin contaminou toda a investigação. Deflagrada em julho de 2008, a Satiagraha foi uma das mais espetaculares e polêmicas ações comandadas pela Polícia Federal no governo Lula, levando para a cadeia, além de Daniel Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário Naji Nahas.

No recurso aceito pelo STJ, a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo afirmou que declarar ilícita todas as provas por causa dessa participação dos arapongas, 'sem sequer especificá-las e dimensionar o que seria', é violar 'fortemente' a ordem jurídica, social e econômica do País. Lindôra disse que se chegou ao 'cúmulo' de invalidar investigações que apuravam a prática de 'gravíssimos crimes' contra o sistema financeiro e a administração pública, citando lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta, desvio de verbas públicas, formação de quadrilha.

Para a representante do Ministério Público, foi violado o direito fundamental à segurança da sociedade e do Estado quando o STJ não levou em conta a circunstância de que se investigava 'crimes da mais alta complexidade e lesividade social'. Lindôra argumentou que não se pode falar de provas obtidas de forma ilícita uma vez que as medidas de busca e apreensão e de interceptações telefônicas, por exemplo, foram permitidas por ordem judicial, sendo solicitadas pela PF ou pelo MP, nunca pela Abin. Ela disse ainda que a operação nunca saiu do controle da polícia.

Numa decisão curta, Félix Fischer ressaltou que o recurso do MP, apresentado no dia 2 de dezembro do ano passado, foi feito dentro do prazo. O vice-presidente do STJ aceitou enviar o recurso para o Supremo por reconhecer que o assunto - se a participação de integrantes da Abin na ação da PF - é de repercussão geral, ou seja, uma futura decisão será aplicada a casos semelhantes.

O advogado de Daniel Dantas, Andrei Schmidt, afirmou que não ia se pronunciar sobre a decisão de Fischer porque a contestou. 'Como o recurso ainda está tramitando, não vou me manifestar', disse. Na contestação, a defesa alegou, ao pedir sua nulidade, que não caberia recurso contra legislação federal. Não seria o caso, portanto, de matéria constitucional, o que atrairia a competência do STF para decidir. Outro questionamento feito pela defesa é o de que o recurso de Lindôra seria nulo porque, anteriormente e no mesmo processo, outro representante do MP já havia se manifestado favorável à nulidade das provas no próprio STJ. Caberá ao Supremo analisar a contestação feita pela defesa do banqueiro e, se aceitar o questionamento, rejeitar a subida do caso para análise da Corte.

Salário mínimo deveria ser R$ 2.323,21

Salário mínimo deveria ser R$ 2.323,21 para brasileiro arcar com despesas básicas


SÃO PAULO - O brasileiro precisaria de um salário mínimo no valor de R$ 2.323,21 em fevereiro, para conseguir arcar com suas despesas básicas, de acordo com dados divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) nesta quinta-feira (8).

A entidade verificou que são necessárias 3,74 vezes o valor do salário mínimo vigente na data para suprir as demandas do trabalhador. O cálculo foi feito com base no mínimo de R$ 622, em vigor desde o mês passado.

Em janeiro, o valor necessário para suprir as necessidades mínimas do trabalhador era de R$ 2.398,82, sendo 3,86 vezes maior que o salário mínimo vigente.

O salário mínimo necessário é o que segue o preceito constitucional de atender às necessidades vitais do cidadão e de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, sendo reajustado periodicamente para preservar o poder de compra.

Cesta versus salário

O comprometimento com os gastos da cesta básica alcançava, em média, 42,24% do salário mínimo em fevereiro, após a dedução da parcela referente à Previdência Social, ante os 43,03% necessários em janeiro. No mesmo período de 2011, o percentual comprometido era de 47,01%.

Comércio eletrônico: preços ao consumidor ficam 9,76% mais baratos em 12 meses

Comércio eletrônico: preços ao consumidor ficam 9,76% mais baratos em 12 meses

SÃO PAULO - Os preços ao consumidor no comércio eletrônico ficaram, em média, 9,76% mais baratos entre fevereiro de 2011 e fevereiro de 2012, segundo o Índice Fipe Buscapé, divulgado nesta quinta-feira (8).

Na análise das categorias, as que apresentaram as maiores quedas de preços nos últimos 12 meses foram a de telefonia (17,98%) e a de eletrônicos (17,88%). No primeiro caso, a principal influência veio dos telefones celulares, que tiveram queda de 20%.

No caso dos eletrônicos, destaque para a retração em televisores (-19%), blu-ray player (-24%) e GPS (-16%). Outra categoria que teve forte queda foi a de eletrodomésticos, com queda de 5,7% no período. As maiores influências vieram de refrigeradores, lavadoras e fogões, itens beneficiados pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), anunciada em dezembro de 2011.

Fevereiro

Na análise do mês de fevereiro, de modo geral, os preços caíram 0,68%, na comparação com o mês imediatamente anterior.

Considerando-se o peso na composição do índice, os produtos cujas variações de preços tiveram mais impacto para a queda geral foram televisores (-1,9%), celulares e smartphones (-1,4%), microssystems (-5,1%), lavadoras a jato (-2,1%) e blu-ray (-2,2%).

Títulos protestados de pessoas físicas caem

Títulos protestados de pessoas físicas caem 17,8% em fevereiro


SÃO PAULO - O número de títulos protestados de pessoas físicas caiu 17,8% em fevereiro deste ano, na comparação com o mês imediatamente anterior. Frente a fevereiro de 2011, a variação foi menos expressiva, com queda de 9,49%.

No segundo mês do ano, o valor médio dos títulos protestados foi de R$ 1.711. Os dados fazem parte de um levantamento da Boa Vista Serviços divulgado nesta quinta-feira (8).

Títulos de empresas

Ao analisar os títulos protestados por pessoas jurídicas, o estudo indica que, em fevereiro, houve queda de 23,6%, no confronto com janeiro deste ano. Frente a fevereiro de 2011, houve alta de 6,04%.

No período, o valor médio dos títulos protestados foi de R$ 2.266.

Ao somar os números de títulos protestados de pessoas físicas e jurídicas, houve queda de 21,6%, na passagem de janeiro para fevereiro deste ano. Frente a fevereiro de 2011, houve uma pequena alta, de 0,04%.

Por meio da queda da Selic, governo busca fomentar o setor imobiliário no País

Por meio da queda da Selic, governo busca fomentar o setor imobiliário no País

SÃO PAULO - A decisão do Banco Central de reduzir em mais 0,75% a taxa Selic pode ser a gatilho para a migração dos investimentos aplicados em fundos DI para a Caderneta de Poupança, na opinião do professor de finanças da BBS Business School, Ricardo Torres.

"Com a taxa Selic a 9,75% ao ano, a caderneta de poupança já se torna competitiva com os fundos DI que praticam uma taxa de administração de 0,5% ao ano. Caso ocorram novas reduções, a poupança definitivamente se torna mais atrativa que o fundo DI", afirma Torres.

Fomento ao setor imobiliário

O professor afirma que entre as estratégias do Governo com a decisão de levar a taxa de juro a menos dois dígitos ao ano, uma delas é fomentar o setor de construção civil. Isso porque os bancos administradores de poupança têm a obrigatoriedade de aplicar 60% de seu capital no financiamento da construção civil.

"A estratégia do Governo ao reduzir a taxa de juro é tornar a poupança mais atraente e assim arrecadar mais recursos para a aplicação no setor de construção civil, que movimenta uma quantidade enorme de empresas e empregos diretos e indiretos", explica Torres.

O Governo denota que está interessado em manter a inflação alta e a taxa de juro com diferenciais mais baixos, reduzindo o retorno real das aplicações em outros fundos. A medida permite também reduzir o spread entre o real e as moedas estrangeiras, aumentando a competitividade das exportações brasileiras.

Sobre a Poupança

Além de não cobrar o Imposto de Renda, o investimento na poupança garante uma rentabilidade anual de 6% somada a TR (Taxa Referencial). A forma de cálculo da TR sofreu algumas alterações desde a sua criação e, atualmente, ela é calculada a partir da remuneração mensal média dos Certificados e Recibos de Depósitos Bancários, com prazo entre 30 e 35 dias e emitidos pelas 30 maiores instituições financeiras do país.

Univias deve propor redução dos pedágios para até R$ 4

Univias deve propor redução dos pedágios para até R$ 4 e investimento de R$ 1 bilhão

Medidas serão tomadas para convencer o Piratini a conceder estradas por mais 11 anos

Carlos Rollsing
Em fase final de elaboração, a contraproposta de prorrogação dos contratos de pedágio do consórcio Univias irá atender o principal pedido do Piratini que restava pendente: o valor da tarifa será rebaixado de R$ 4,40 — patamar proposto em outubro passado — para até R$ 4.

Em outra frente de articulação, o governo discretamente abriu negociações com a concessionária Rodosul, que comanda o polo de Vacaria. A Univias — controladora dos polos Metropolitano, Caxias do Sul e Lajeado — projeta manter a administração das rodovias por mais 11 anos, após o encerramento dos atuais contratos, em 2013.

Como é a maior das empresas, detentora de mais de 60% das estradas pedagiadas do programa estadual de concessão de rodovias, era considerada natural a sua iniciativa de liderar a negociação. Além de baratear a tarifa dos atuais R$ 6,70 para até R$ 4,00, o consórcio prometeu investir R$ 1 bilhão em obras rodoviárias e extinguir a praça de Farroupilha.

A empresa ainda absorveria o desequilíbrio econômico decorrente do represamento de reajustes tarifários previstos em contrato. A concessionária, entretanto, alega ser impossível regionalizar os preços dos pedágios. Com o rebaixamento da tarifa ao patamar de R$ 4, a Univias acredita ter atendido todas as demandas do governo.

Na avaliação do consórcio, a questão se tornou exclusivamente política, e o Piratini somente não prorrogará se estiver disposto a brigar na Justiça em nome de uma promessa eleitoral de Tarso Genro — ele afirmou, em 2010, que abriria nova licitação. A movimentação da Univias motivou as empresas controladoras dos outros quatro polos de pedágio, cujos contratos se encerram em 2013.

Há cerca de um mês, representantes da Rodosul, do polo de Vacaria, reuniram-se informalmente com o titular da Assessoria Superior do Governador, João Victor Domingues, para discutir aspectos da eventual prorrogação. A proposta da Rodosul deverá ser entregue ao Piratini no final de março.

— Vários indicativos da Justiça determinam que as cláusulas contratuais sejam cumpridas — afirma Ricardo Breier, advogado da Univias.

Ele diz que eventual licitação lançada pelo governo será barrada na Justiça.

Em Hannover, governo gaúcho exibe potencial tecnológico do Estado

Em Hannover, governo gaúcho exibe potencial tecnológico do Estado

Nos dias em que ocorre a maior feira de tecnologia do mundo, o Rio Grande do Sul apura as credenciais para se transformar em referência internacional no segmento

Em Hannover, governo gaúcho exibe potencial tecnológico do Estado Carolina Bahia/Agencia RBS
Denver Orsolin (E) e Luciano Zoppo (D) participam da Cebit para atrair parceiros para os negócios Foto: Carolina Bahia / Agencia RBS
Carolina Bahia, Enviada Especial/Hannover
O trunfo do Estado na atração de investimentos internacionais para o setor de alta tecnologia é mão de obra especializada desenvolvida nas universidades e estimulada pelos parques tecnológicos.

Esse foi o principal ativo oferecido pelo governo gaúcho a empresas interessadas no Rio Grande do Sul na Cebit – maior feira de tecnologia e comunicação do mundo, realizada em Hannover, na Alemanha, até sábado.

Das 80 empresas brasileiras participantes da feira, 20 são gaúchas (veja alguns exemplos na página seguinte), e ainda há 77 empresários que acompanharam grupos comandados pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para prospectar novos negócios.

Encorajados pelo fato de este ser o ano do Brasil na Cebit, eles ainda aproveitam que as atenções dos investidores estão voltadas para os países emergentes.

A associação das indústrias de tecnologia da Alemanha, por exemplo, tem detalhes das obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e das oportunidades que serão criadas pela Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Segundo maior mercado de tecnologia da informação do país, o Estado está empenhado em atrair capital estrangeiro para desenvolver o setor. Nessa batalha, os gaúchos concorrem com São Paulo, maior centro produtor e consumidor do país.

No momento de negociar, um dos trunfos são os parques tecnológicos, que se multiplicam pelo Estado. Além de serem geradores de conhecimento, esses parques podem servir de abrigo às incubadoras, que incentivam o empreendedorismo.

São três parques em funcionamento e outros 11 já credenciados. Tecnopuc, Tecnosinos e Valetec estão operando, e outras iniciativas como o centro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) começam a ganhar corpo.

A Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico prevê um orçamento neste ano de R$ 12 milhões para incentivar os parques, o mesmo valor do ano passado.

Secretário de Desenvolvimento Econômico e Social de São Leopoldo, Jorge Kuhn Neto, está na Cebit em busca de oportunidades para o município e reconhece a importância do investimento em conhecimento:

— Na hora de qualificar a mão de obra, precisamos ter tecnologia por perto, de preferência dentro de casa — afirma.

Em seminário promovido ontem por empresários e pelo governo gaúcho para promover o Estado na Alemanha, o destaque foi a parceria entre poder público, academia e necessidades da indústria.

— Estamos voltados para a pesquisa, mas aprendemos a trabalhar em parceria com as empresas, atendendo às demandas — explica o coordenador do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia da Unisinos, Rodrigo de Figueiredo.

Em tom descontraído, Ricardo Felizola, presidente do conselho de administração da Altus, que tem instalações na Tecnosinos, mostrou entusiasmo:

— Essa região pode ser o novo Vale do Silício.

Dia Internacional da Mulher

MulherIlsa da Luz Barbosa

Você que busca no dia a dia sua
independência, sua liberdade, sua
identidade própria;


Você que luta profissional e
emocionalmente, para ser
valorizada e compreendida;


Você que a cada momento tenta ser a
companheira, a amiga, a "rainha do lar";


Você que batalha incansavelmente por seus
próprios direitos e também por um mundo
mais justo e por uma sociedade sem
violências;


Você que resiste aos sarcasmos daqueles
que a chamam de, pejorativamente, de
feminista liberal e que já ocupa um
espaço na fábrica, na escola, na
empresa e na política;


Você, eu, nós que temos a capacidade de
gerar outro ser, temos também o dever de
gerar alternativas para que a nossa Ação
criadora, realmente ajude
outras
mulheres  a conquistarem
a liberdade de Ser...

Tempestade solar pode causar apagões, prejudicar aviação e afetar sistemas tecnológicos

Tempestade solar pode causar apagões, prejudicar aviação e afetar sistemas tecnológicos

Cientistas explicam que explosão no Sol lançou uma nuvem de partículas carregadas em direção à Terra

Tempestade solar pode causar apagões, prejudicar aviação e afetar sistemas tecnológicos NASA/AP Photo
Explosão no Sol lançou partículas que devem atingir o Hemisfério Norte nesta quinta-feira Foto: NASA / AP Photo

Uma tempestade solar, considerada a maior dos últimos cinco anos, está a ponto de sacudir o campo magnético da Terra. Depois de atravessar o espaço durante um dia e meio, a enorme nuvem de partículas carregadas chegará ao planeta nesta quinta-feira e pode afetar as redes de eletricidade, os sistemas de navegação de satélites e alguns voos, especialmente no Hemisfério Norte.

Ao mesmo tempo, a tormenta pode produzir auroras boreais em pontos mais remotos dos polos do que o habitual. Cientistas disseram, na quarta-feira, que o fenômeno, o qual começou com uma enorme explosão solar no início da semana, está crescendo à medida que se afasta do Sol, expandindo-se como uma "enorme bolha de sabão".

Quando chegarem à Terra, as partículas se moverão a mais de seis milhões de quilômetros por hora. Os astrônomos dizem que o Sol tem estado relativamente "tranquilo" durante algum tempo e que a tempestade, além de forte, pode parecer mais feroz porque a Terra passou muitos anos com uma atividade solar fraca.

As tormentas solares não causam danos a seres humanos, mas prejudicam a tecnologia. No último registro, em meados de 2002, especialistas descobriram que os aparatos que utilizam o sistema de posicionamento global, o GPS, era vulnerável às erupções do Sol.

Com as novas tecnologias surgindo cada vez mais rápido, os cientistas concluíram que alguns desses sistemas também estão em risco, afirmou Jeffrey Hughes, diretor do Centro de Modelos Integrados do Clima Espacial da Universidade de Boston, nos Estados Unidos.

Site do Vaticano sai do ar e Anonymous reivindica o ataque

Site do Vaticano sai do ar e Anonymous reivindica o ataque

Fontes oficiais do Vaticano confirmaram que seu site está sendo atacado por hackers, embora em nenhum momento tenham relatado que o ataque seja obra do Anonymous

irrezolut/Flickr
Bandeira do Anonymous
Segundo esse grupo anônimo, a Santa Sé é 'responsável' pela 'escravidão de povos inteiros', usando como pretexto o evangelho e a difusão do cristianismo no mundo

Cidade do Vaticano - O grupo Anonymous, especializado em pirataria informática, anunciou nesta quarta-feira em seu blog oficial italiano que invadiu e tirou do ar o site da Santa Sé.
 
Fontes oficiais do Vaticano confirmaram que seu site está sendo atacado por hackers, embora em nenhum momento tenham relatado que o ataque seja obra do Anonymous. Essas fontes detalharam que técnicos do site estão trabalhando para tentar retomar o serviço o mais em breve possível. A página está há várias horas fora do ar.

O Anonymous, por sua parte, afirmou em seu blog italiano que decidiu atacar o site da Santa Sé 'em resposta às doutrinas, às liturgias e aos preceitos absurdos e anacrônicos que a Igreja Apostólica Romana, com intenções de lucro, propaga e divulga no mundo inteiro'.

Segundo esse grupo anônimo, a Santa Sé é 'responsável' pela 'escravidão de povos inteiros', usando como pretexto o evangelho e a difusão do cristianismo no mundo.

Também acusa o Vaticano de ter ajudado criminosos nazistas, encobrir clérigos pedófilos, rejeitar 'objetos frutos do progresso' como os preservativos e tentar erradicar o aborto.

'São retrógrados, um dos últimos bastiões de uma época felizmente ultrapassada', continuou o Anonymous, que detalhou que sua ação não é contrária à religião cristã, 'mas contra a corrupta Igreja Católica Romana'. 

Desigualdade e pobreza diminuem no Brasil

Desigualdade e pobreza diminuem no Brasil, diz FGV

Apesar da melhoria, o Brasil permanece entre os 12 países mais desiguais do mundo

Imovelweb/Divulgação
Prédios e casas em São Paulo
“O Brasil está um pouco na contramão de sua história pregressa e da de outros países emergentes e desenvolvidos", conta o coordenador da pesquisa

Rio de Janeiro – Apesar da crise econômica mundial, que vem se acentuando e aumentando as desigualdades em vários países, no Brasil a pobreza caiu 7,9% entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012 e as desigualdades continuam a diminuir. A constatação faz parte da pesquisa De Volta ao País do Futuro, que analisou a nova classe média e foi divulgada hoje (7) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
 
O coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, lembrou que a queda ocorre em ritmo três vezes maior que o sugerido pelas metas do Milênio das Nações Unidas (ONU). “O Brasil está um pouco na contramão de sua história pregressa e da de outros países emergentes e desenvolvidos. Aqui a desigualdade vem caindo nos últimos 11 anos consecutivos e está caindo com mais rapidez do que antes e hoje estamos no nosso menor nível de desigualdade da série histórica que começa em 1960”, destacou.

O estudo mostra que, de janeiro de 2011 a janeiro de 2012, o índice de Gini, que mede a desigualdade numa escala de 0 a 1, caiu 2,1%, passando de 0,53 para 0,51 e que o crescimento da renda familiar per capita média foi 2,7% nos 12 meses estudados.

Neri defendeu que os resultados positivos devem-se às políticas públicas de redução da pobreza e ao fato de os brasileiros terem menos filhos e não deixarem de matriculá-los na na escola. “Educação é o fator mais importante para esse resultado, conforme nossos estudos, e a melhora na educação pode significar uma queda maior ainda.”

Apesar da melhoria, o economista lembrou que o Brasil permanece entre os 12 países mais desiguais do mundo. Embora seja a região mais pobre e desigual do país, a renda do Nordeste é a que cresce mais devido a investimento de novas empresas, políticas públicas e empreendimentos estatais entre outros motivos.

Uma parte da pesquisa se arrisca a fazer um cenário prospectivos e prevê que se a desigualdade continuar nesse ritmo de queda, a proporção da chamada classe C, que hoje representa 55,5% da população, deve chegar a 60,1% em 2014. A classe C, de acordo com a definição utilizada pelo estudo, é composta por famílias com renda familiar entre R$ 1.734 e R$ 7.475.

Baseado nessa metodologia, a pesquisa aponta que entre 2003 e 2011, cerca de 40 milhões de pessoas saíram da classe D para a classe C, que conta hoje com mais de 105,4 milhões de brasileiros. Cerca de 22,5 milhões pertencem à classe AB (com salários maiores que R$ 7.475) e cerca de 63,5 milhões estão na classe D e E (com renda inferior a R$ 1.085).

Aluguel no Rio já custa mais que em Paris

Aluguel no Rio já custa mais que em Paris

Cidades brasileiras ficaram entre as 20 localidades com aluguéis mais altos para estrangeiros em 2011

Germano Lüders/EXAME
Imóveis na região do Jardins, São Paulo
São Paulo, que não estava entre as 20 cidades mais caras em 2010, agora está na 17ª posição

São Paulo – Rio de Janeiro e São Paulo estão entre as vinte cidades com os aluguéis mais caros para expatriados no mundo, segundo pesquisa da ECA International citada pela revista The Economist. As duas cidades brasileiras subiram posições de 2010 para 2011: o Rio passou de 16º para 12º lugar, e São Paulo passou do 23º para o 17º lugar. As três cidades com aluguéis mais caros do mundo para expatriados continuam sendo Hong Kong, Tóquio e Moscou, nesta ordem.
 
A pesquisa da empresa de soluções para profissionais de RH levanta os valores dos aluguéis para propriedades de luxo locadas a estrangeiros em 130 cidades do mundo. A média mundial do aluguel para um apartamento de três quartos sem mobília foi de 3.080 dólares por mês, levando-se em conta imóveis localizados onde os estrangeiros costumam gravitar, geralmente localizados nas áreas mais nobres.

O aluguel médio desse tipo de imóvel no Rio de Janeiro foi de 5.210 dólares em 2011, apresentando uma alta de 20% em reais ou 30% em dólares em relação a 2010. No texto de divulgação da pesquisa, Lauren Smith, gerente geral da ECA International, atribui essa alta ao crescente interesse na cidade em função dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo, o que teria resultado numa valorização semelhante até em áreas mais populares.

Já em São Paulo, os imóveis de três quartos ficaram em 17º lugar com um aluguel mensal de 4.547 dólares em média. A alta de 2010 para 2011 foi de 17% em reais e 27% em dólares americanos.

Nas Américas, a média do aluguel mensal foi de 3.010 dólares. As três cidades que ficaram acima do Rio foram Nova York, em quarto lugar no ranking geral com aluguel de pouco mais de 8.000 dólares, Caracas, sexto lugar geral com aluguel de 7.000 dólares, e Bogotá, oitavo lugar com aluguel de quase 6.000 dólares. Nas duas últimas localidades, executivos internacionais geralmente vivem em imóveis de alta segurança, com alugueis caros.

O aluguel para expatriados mais caro do mundo é encontrado em Hong Kong, onde o custo mensal de um apartamento de três quartos sai por 11.813 dólares. Em seguida, vem Tóquio, com aluguel de mais de 9.000 dólares, e Moscou, com aluguel de pouco mais de 8.000 dólares. Veja a lista com as 20 cidades com aluguéis mais caros do mundo para expatriados:


LocalizaçãoRanking 2011Ranking 2010
Hong Kong11
Tóquio22
Moscou33
Nova Iorque, NY44
Londres55
Caracas68
Genebra713
Bogotá86
Cingapura99
Lagos107
Zurique1115
Rio de Janeiro1216
Mumbai1311
Seul1412
Sydney1517
Paris1614
São Paulo1723
Xangai1818
Abu Dhabi1910
Nova Délhi2022

Sem consenso, BC reduz Selic em 0,75 ponto percentual

Sem consenso, BC reduz Selic em 0,75 ponto percentual

Autoridade monetária decidiu levar a taxa básica de juros de 10,50% para 9,75% ao ano

Agência Brasil
Alexandre Tombini
Tombini e equipe vem tomando decisões com base no cenário econômico internacional

São Paulo – Pela quinta vez consecutiva o Banco Central (BC) decidiu diminuir a Selic. Entretanto, na segunda reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) resolveu aumentar a intensidade dos cortes, e não houve consenso. Diferente das quatro quedas anteriores, de 0,5 ponto percentual, a autoridade monetária cortou a Selic em 0,75 ponto percentual, de 10,50% para 9,75% ao ano. Cinco membros do comitê votaram pela redução aprovada, e dois outros defenderam um corte menor, de 0,5 ponto percentual.
 
O novo corte na Selic reforça a política de relaxamento monetário que o BC mantém desde agosto do ano passado. Em cinco reuniões a autoridade monetária reduziu a Selic em 2,75 pontos percentuais (veja infográfico abaixo mostrando a evolução dos juros no governo Dilma).

As últimas decisões do BC têm sido motivadas principalmente pelo cenário econômico internacional. Na terça-feira o IBGE divulgou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2011. Os 2,7% de aumento nas riquezas do país ficaram muito abaixo dos 7,5% que o Brasil cresceu em 2010. O atribuiu aos efeitos da crise na Europa e nos EUA boa parte da culpa pelo resultado fraco.

Ministério da Fazenda e BC entendem que a depressão na economia mundial é forte o suficiente para prejudicar o crescimento do país se os juros continuarem altos. Até agora o governo vem defendendo a opinião de que há espaço para reduzir a Selic – e, portanto, estimular a economia nesta fase de crise - sem ameaçar o compromisso com a meta de inflação para 2012. A expectativa de economistas do mercado é que a taxa termine 2012 na casa dos 9,5% ao ano.

A ata do Copom, que traz detalhes sobre os motivos que levaram os diretores a optar pela queda da Selic, será divulgada na quinta-feira da semana que vem, e deve trazer mais informações sobre os rumos. A próxima reunião será realizada nos dias seis e sete de março.

Após o término do encontro, em Brasília, o Banco Central emitiu o seguinte comunicado: "Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 9,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e dois votos pela redução da taxa Selic em 0,5 p.p."


Juros no Governo Dilma

quarta-feira, 7 de março de 2012

Senado aprova multa para empresa que paga salário inferior à mulher

Senado aprova multa para empresa que paga salário inferior à mulher

De acordo com a proposta, o empregador que descumprir a lei será obrigado a pagar à empregada uma multa correspondente a cinco vezes a diferença verificada em todo o período da contratação.

Eliane Quinalia


As empresas que pagarem salários  inferiores às mulheres que realizarem a mesma atividade que um homem em uma companhia poderão ser multadas. Projeto com este objetivo, de autoria do deputado Marçal Filho (PMDB-MS), foi aprovado por unanimidade nesta terça-feira (6) pelos senadores da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.

De acordo com a proposta, o empregador que descumprir a lei será obrigado a pagar à empregada uma multa correspondente a cinco vezes a diferença verificada em todo o período da contratação.

Aprovação

Segundo o relator da proposta, o senador Paulo Paim (PT-RS), a proposição, se transformada em lei, representará mais uma ferramenta jurídica para assegurar o princípio da igualdade entre homens e mulheres.

“A Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/1943) já proíbem a diferença de salário entre homens e mulheres que executam a mesma tarefa, sob as mesmas condições e para um mesmo empregador", explica o senador, conforme publicado pela Agência Senado.

O problema, no entanto, é que nem sempre isso ocorre. Segundo ele, essas normas legais não têm sido suficientes para impedir que muitas trabalhadoras ainda hoje enfrentem discriminação.

Fonte: Infomoney

Determinada a retirada de crucifixos dos prédios da Justiça gaúcha

Determinada a retirada de crucifixos dos prédios da Justiça gaúcha

Decisão atende a pedido da Liga Brasileira de Lésbicas e outras entidades.
Relator diz que objetos ferem princípio da impessoalidade do Judiciário.

Do G1 RS

O Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou nesta terça-feira (6), por unanimidade, a retirada de crucifixos e símbolos religiosos dos prédios da Justiça gaúcha. A decisão atende ao pedido da Liga Brasileira de Lésbicas e de outras entidades sociais. Os objetos devem ser retirados nos próximos dias.

Relator da matéria, o desembargador Cláudio Baldino Maciel afirmou em seu voto que o julgamento feito em uma sala de tribunal sob um expressivo símbolo de uma igreja e de sua doutrina não parece a melhor forma de se mostrar o Estado equidistante dos valores em conflito.

“Resguardar o espaço público do Judiciário para o uso somente de símbolos oficiais do Estado é o único caminho que responde aos princípios constitucionais republicanos de um estado laico, devendo ser vedada a manutenção de crucifixos e outros símbolos religiosos em ambientes públicos dos prédios do Poder Judiciário no Estado do Rio Grande do Sul”, escreveu o desembargador.

Em fevereiro deste ano, a Liga Brasileira de Lésbicas protocolou na Presidência do TJ um pedido para a retirada de crucifixos das dependências do Tribunal de Justiça e foros do interior. O processo administrativo foi movido em recurso a decisão de dezembro do ano passado, da antiga administração do TJ-RS. Na época, o Judiciário não havia acolhido o pedido.

Centenas de ciclistas participam de Bicicletada Nacional em Porto Alegre

Centenas de ciclistas participam de Bicicletada Nacional em Porto Alegre

Manifestação pediu mais segurança no trânsito para usuários de bicicleta.
Protesto ocorreu simultaneamente em várias cidades, de norte a sul do país.

Do G1 RS
Ciclistas Porto Alegre (Foto: Lauro Alves/Agência RBS)
Ciclistas se reuniram para manifestação nacional em defesa da bicicleta (Foto: Lauro Alves/Agência RBS)

Cicloativistas e simpatizantes de Porto Alegre participaram na noite desta terça-feira (6) de uma manifestação nacional em protesto contra a morte de ciclistas no trânsito e em defesa de políticas públicas para os usuários de bicicleta. A manifestação, chamada de Bicicletada Nacional, ocorre em pelo menos 25 cidades brasileiras, de norte a sul do país.

Na capital gaúcha, o grupo partiu por volta das 19h30min do largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa, sem divulgar antecipadamente o trajeto. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) acompanhou o passeio, monitorando o trânsito. Segundo a Brigada Militar, cerca de 400 pessoas, de todas as idades, participaram da pedalada.

De acordo com os organizadores, o ato foi uma resposta às mortes de pelo menos três ciclistas na última sexta-feira (2). Uma das vítimas foi a bióloga Juliana Dias, atropelada por um ônibus na Avenida Paulista, em São Paulo. Outras dois ciclistas também morreram atropelados no mesmo dia, em Brasília e em Marituba, na Região Metropolitana de Belém.

Deputados gaúchos aprovam reajuste do piso regional para R$ 700

Deputados gaúchos aprovam reajuste do piso regional para R$ 700

Aumento do salário mínimo regional será de R$ 14,75%, a partir de março.
Oposição aproveitou para cobrar pagamento do piso nacional do magistério.

Do G1 RS
Deputados gaúchos aprovaram, por unanimidade, o reajuste do piso regional (Foto: Divulgação/Governo RS)
Deputados aprovaram, por unanimidade, reajuste do piso regional (Foto: Marcelo Bertani/ Agência ALRS)

Com as galerias do plenário da Assembleia Legislativa tomadas por representantes sindicais, os deputados gaúchos aprovaram na noite desta terça-feira (6), por unanimidade, o reajuste do piso regional. Na faixa I, os valores passam para R$ 700 a partir de 1º de março.

Para as faixas II, III e IV passam a valer, a partir de 1º de março, os valores R$ 716,12, R$ 732,36 e R$ 761,28, respectivamente. O aumento do piso regional é de R$ 14,75%. A data-base do piso regional também foi alterada de 1º de maio para 1º de janeiro, a partir de 2013.

Parlamentares da base governista defendiam o reajuste, já que era um compromisso do governador Tarso Genro valorizar o piso regional e a política de distribuição de renda. A oposição também reconheceu a importância do projeto, mas aproveitou a discussão para cobrar do Governo o pagamento do piso nacional ao magistério.

Potencial do PIB está mais para 4% do que 4,5%

Para Pastore, potencial do PIB está mais para 4% do que 4,5%

Para o economista Affonso Celso Pastore, governo precisa agir para melhorar a eficiência do País e, com isso, abrir espaço para uma expansão mais forte

Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo


SÃO PAULO - O desempenho modesto da economia brasileira no primeiro ano de Dilma Rousseff na presidência deve servir de alerta ao governo, segundo o ex-presidente do Banco Central (BC) Affonso Celso Pastore. Para ele, a ausência de reformas econômicas nos últimos anos reduziu o chamado Produto Interno Bruto (PIB) potencial do País.

Ainda que não seja aceita por todos os economistas, essa medida revela quanto um país pode crescer com inflação controlada. "Notamos que o PIB potencial, que estava andando na faixa dos 4,5%, passou para algo como 4,1% no último trimestre (de 2011)", afirmou. "Não digo que já esteja em 4%, mas, se o governo não induzir um pouco de melhoria na eficiência da economia, chegará por aí."

Por melhora da eficiência, entenda-se, em resumo, reformas - as "velhas reformas macroeconômicas", como diz Pastore. Para ele, se nada for feito, a média de crescimento dos anos Dilma deverá ser inferior à dos anos Lula (4,1% ao ano). A seguir, os principais trechos da entrevista.

O crescimento em 2011 foi relativamente fraco. Mas a taxa de desemprego está em níveis historicamente baixos. Como explicar essa aparente contradição?

Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que não estamos falando em recessão, mas de desaceleração do crescimento econômico. Saímos de 7,5% para 2,7%. Mas continuamos absorvendo mão de obra, só que numa velocidade inferior. Além disso, temos visto um ganho real dos salários nos últimos anos. Ainda que se tenha tido um crescimento de apenas 2,7%, a sensação na sociedade não é proporcional a essa desaceleração. (A sensação) é de uma economia que ainda provoca grande satisfação para os consumidores (vide a expansão do consumo nos últimos anos) e para as pessoas empregadas.

A indústria cresceu só 1,6%. O desempenho do setor é conjuntural ou estrutural?

Não é algo pontual, é mais complicado. O PIB do setor de serviços, incluindo o governo, é 67,5% do PIB do País. O da indústria representa algo entre 27% e 28%. O setor de serviços praticamente não exporta e importa muito pouco. A indústria, de outro lado, é muito aberta. Em 2009, as importações líquidas equivaliam a 1% do PIB. Em 2011, fomos para 6,5%. Esse crescimento se deu basicamente na indústria. A agricultura se livrou porque é exportadora líquida. A indústria sofre dois fenômenos: a valorização do câmbio, que resulta da conjuntura internacional, e os preços dos produtos manufaturados em queda no mundo, em decorrência da crise nos países desenvolvidos. Ou seja, enfrenta preços de exportações e importações estáveis, ao mesmo tempo em que o câmbio se valoriza. Isso impede que os aumentos de custos sejam repassados para os preços. Além disso, o custo unitário da mão de obra vem crescendo exponencialmente. O resumo é que a indústria está sofrendo uma redução de margem. Não acho que esse quadro mudará tão cedo. O crescimento da indústria tende, portanto, a ser um pouco mais lento. O que nos salva é que temos um mercado interno muito grande. Nos próximos trimestres, vamos ver a produção industrial reagir um pouco, graças à demanda interna em expansão. Não é um quadro de estagnação sem solução. Mas impõe uma dificuldade para o crescimento do setor.

O cenário de crescimento menor da indústria e maior participação dos serviços no PIB é ruim para a economia brasileira?

Não há país que cresça que mantenha a indústria constante no PIB. Há diversificações ao longo do caminho. A demanda por produtos do setor de serviços é mais elástica do que na indústria. Ou seja, a tendência natural é cair a participação da indústria no PIB. Portanto, um pedaço desse ajuste teria de acontecer de qualquer forma. Mas vem ocorrendo um fenômeno de redução do incentivo para a indústria, algo que, diga-se, pode mudar a qualquer momento. Parte se explica pela valorização do real nos últimos anos, em razão da política fiscal mais séria. O Brasil já deveria ter se adaptado a uma economia com moeda um pouco mais forte, como a Alemanha se adaptou. Deveríamos ter feito reformas nas áreas trabalhista, tributária.... O problema é que não fizemos. Uma forma de sobreviver à conjuntura é intervir no mercado de câmbio até colocar a cotação onde o governo achar que é justo. O problema é que, se isso for feito, a desinflação que temos hoje, que permite a queda dos juros, vai virar inflação. Ou seja, há um dilema. Quanto mais o governo olhar para a produção industrial em queda e tentar segurar no câmbio, menos espaço terá para reduzir o juro. É uma opção dura que a presidente Dilma Rousseff terá de tomar. São dilemas de política econômica complexos.

O que o sr. prevê para o PIB de 2012?

Estamos mais para 3,5% de crescimento. Tenho dúvida sobre a indústria. Embora, como já disse, acredite que vá crescer. Mas, no geral, acho difícil passar de 3,5%. A presidente Dilma teve um crescimento de 2,7% no primeiro ano de governo, deve ter 3,5% no segundo e algo como 4% ou 4,5% no terceiro. De qualquer forma, é preciso ficar claro que 4,5% é sonho.

Isso significa que o crescimento potencial do Brasil está abaixo de 4,5%?

Muitos economistas criticam esse conceito, mas não é porque é difícil medir que se deva jogá-lo fora. Olhando os números da economia, vemos que a produtividade tem crescimento cadente. Tivemos uma pequena redução da taxa de investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) no último trimestre. Com tudo isso, notamos que o PIB potencial, que estava andando na faixa dos 4,5%, passou para algo como 4,1% no último trimestre. Infelizmente, está ocorrendo uma redução dessa medida. Nosso crescimento potencial está chegando mais perto dos 4% do que dos 4,5%. Não digo que já esteja em 4%, mas, se o governo não induzir um pouco de melhoria na eficiência da economia, chegará por aí. Por exemplo, melhorar a qualidade da política fiscal, para poder reduzir a tributação, tirar distorções do mercado de mão de obra, enfim, fazer as velhas reformas macroeconômicas. Essas reformas são importantes e prova disso é que conseguimos levar o PIB potencial para a casa dos 4,5%. Tivemos no governo um (Antonio) Palocci e um Marcos Lisboa (ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda) que resolveram meter a mão nas reformas microeconômicas. Além disso, aquele governo foi precedido por outro que também fez reformas. A soma dos dois produziu avanços que permitiram elevar o PIB potencial. De lá para cá, voltamos ao marasmo: ‘Somos todos keynesianos, fazemos política fiscal contracíclica, a taxa de juros neutra caiu...’ Entramos em uma fase na qual passamos a olhar só para uma coisa: o equilíbrio macroeconômico de oferta e procura. Esquecemos aquilo que, no fundo, gera eficiência e crescimento maior de produtividade. O quadro, hoje, é meio chato.

Com base nesse diagnóstico, e considerando tudo o mais constante, o crescimento médio nos anos Dilma será inferior à média dos anos Lula?

Não gostaria de fazer essa aposta. Mas, se fizesse, acho que teria grandes chances de ganhar.

CNJ quer Ficha Limpa no Judiciário

CNJ quer Ficha Limpa no Judiciário

Resolução propõe que lei se aplique a todos os nomeados para função ou cargo de confiança

Felipe Recondo, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Uma proposta de resolução do Conselho Nacional de Justiça estende para todos os tribunais do País a proibição de designação de pessoas atingidas pela Lei da Ficha Limpa para funções ou cargos de confiança.

Pela proposta do conselheiro Bruno Dantas, o servidor que hoje ocupar cargo de confiança e tiver contra si uma condenação em segunda instância por um dos crimes listados na Lei da Ficha Limpa seria exonerado no prazo de 90 dias.

O texto ainda obrigaria os tribunais de Justiça de todo o País a encaminharem, no prazo de 60 dias, projetos de lei aos legislativos locais para estender as regras da Lei da Ficha Limpa para a seleção de servidores efetivos e de magistrados.

A proposta de resolução veda ainda a “manutenção, aditamento ou prorrogação de contrato de prestação de serviços” com empresas que tenham entre os empregados colocados à disposição dos tribunais pessoas atingidas pelo que está previsto na lei.

Conforme o texto, quem for nomeado ou designado terá, antes da posse, de declarar por escrito não incidir em alguma das hipóteses previstas na lei.

Senado aprova uso de recursos do FGTS na Copa do Mundo de 2014

Senado aprova uso de recursos do FGTS na Copa do Mundo de 2014

Texto, também válido para a Olimpíada de 2016, agora segue para sanção da presidente Dilma

RICARDO BRITO - Agência Estado
BRASÍLIA - O uso de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 foi mais uma vez aprovado pelo Congresso, apesar de o Palácio do Planalto já ter vetado tal medida no ano passado.

Agripino Maia é um dos opositores da nova lei - Andre Dusek/AE - 01/12/2009
Andre Dusek/AE - 01/12/2009
Agripino Maia é um dos opositores da nova lei


A possibilidade de usar parte do dinheiro do FGTS nessas obras foi incluída por deputados, em fevereiro, durante votação de uma Medida Provisória que tratava, originalmente, de isenções de impostos para os produtores de café e estímulos à criação de salas de cinema. Depois de passar pela Câmara, nesta terça-feira foi a vez dos senadores aprovarem a medida. O texto agora segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.

"As obras da Copa têm que ser realizadas e o dinheiro está priorizado. Mas não com dinheiro do FGTS", protestou o presidente do Democratas, senador Agripino Maia (DEM-RN). "Não concordamos com os penduricalhos e jabutis", criticou também a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), ao lembrar que o texto da MP, que agora virou lei, acabou sendo "inflado" com diversos assuntos.

Além de poder destinar parte dos recursos do FGTS para as obras da Copa e dos jogos Olímpicos, o texto aprovado pelos senadores permite também que o dinheiro seja aplicado na exploração de petróleo e gás na área do pré-sal.

No ano passado, os parlamentares já haviam incluído de contrabando, em outra MP, a possibilidade do Fundo de Investimentos do FGTS injetar até R$ 5 bilhões em projetos relacionados aos dois eventos esportivos que acontecerão no País. O dinheiro poderia ser usado até na construção de hotéis.

Agora, parlamentares alegam que não haverá polêmica com o governo porque o mecanismo proposto impede o uso dos recursos em empreendimentos comerciais.

Vai sair de linha em 2019

Vai sair de linha!  Confira quais carros serão retirados do mercado em 2019 Listamos sete automóveis que deverão sair do mercado ou ganha...