sábado, 31 de março de 2012

130 cidades brasileiras apagam as luzes neste sábado

130 cidades brasileiras apagam as luzes neste sábado

130 cidades brasileiras apagam as luzes neste sábado
"Edição 2012 da Hora do Planeta pretende ultrapassar a meta de 1 bilhão de casas apagadas pelo mundo"

SÃO PAULO - O Parque do Arpoador, no Rio de Janeiro, sedia neste sábado, 31, a celebração brasileira da Hora do Planeta, movimento que levou mais de 1 bilhão de pessoas a apagarem as luzes em todo o mundo no ano passado. Ícones da paisagem carioca estarão às escuras entre 20h30 e 21h30, como o Cristo Redentor, a igreja da Penha, o Monumento dos Pracinhas, a orla de Copacabana e o Arpoador.

Além do Rio, outras 25 capitais e 130 cidades brasileiras participam do ato simbólico, apagando 580 monumentos. No ano passado, 123 municípios, entre eles 20 capitais, aderiram à campanha.

Agora em 2012, estão confirmadas a participação dos paulistanos Obelisco do Ibirapuera, Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira, Monumento às Bandeiras, Theatro Municipal, Biblioteca Mário de Andrade, Arcos do Anhangabaú (baixos do Viaduto do Chá), Mercado Municipal e Estádio do Pacaembu, além do Hospital Israelita Albert Einstein. Pelo País, também terão suas luzes apagadas o Farol da Barra e o Elevador Lacerda, em Salvador, o Monumento a Bento Gonçalves, em Porto Alegre, o Mercado Central de Porto Velho, em Rondônia, e o Horto Florestal de Rio Branco, no Acre.

'O País será anfitrião da conferência da Organização das Nações Unidas que debaterá o desenvolvimento sustentável, a Rio+20. O ato de apagar as luzes hoje será mais uma forma de mostrar ao mundo que os brasileiros querem um futuro com desenvolvimento econômico que respeite os limites do planeta e gere inclusão social', diz a superintendente de Engajamento do WWF-Brasil, Regina Cavini.

A primeira Hora do Planeta ocorreu em março de 2007, apenas na cidade australiana de Sidney.

Entre os monumentos mundiais que já participaram da iniciativa e apagaram suas luzes estão as pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, em Paris, a Acrópole, em Atenas e a cidade de Las Vegas.

quinta-feira, 29 de março de 2012

MWM inaugura linha de produção de motores a diesel para picapes S10

MWM inaugura linha de produção de motores a diesel para picapes S10

Empresa prevê a entrega de 300 mil motores à GM até 2018

 
 
MWM inaugura linha de produção de motores a diesel para picapes S10 Emílio Pedroso/Agencia RBS
Companhia investiu US$ 10 milhões para adequar o espaço à nova linha de montagem e usinagem Foto: Emílio Pedroso / Agencia RBS
A MWM International, com sede em Canoas, inaugurou nesta tarde uma linha de produção para montar motores a diesel que equipam a picapes Chevrolet S10. O negócio, fechado em 2008, prevê a entrega de 300 mil motores à GM até 2018.

A companhia investiu US$ 10 milhões para adequar o espaço à nova linha de montagem e usinagem. A capacidade instalada da unidade chega a 60 mil unidades/ano e conta com o trabalho de quase 200 pessoas.

— Este novo modelo de negócio reforça nossa parceria com a GM — afirmou o presidente da MWM, José Eduardo Luzzi.

Governo quer incluir exame clínico e depoimentos na Lei Seca após decisão do STJ

Governo quer incluir exame clínico e depoimentos na Lei Seca após decisão do STJ

O governo é contra a rejeição do exame clínico como prova de embriaguez

 
 
Nesta quinta-feira, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo defendeu que o Congresso Nacional modifique a lei, a fim de que as provas sirvam para inocentar o motorista acusado, equivocadamente, de embriaguez.

— Há uma decisão final e isso faz com que nós tenhamos que, rapidamente, dialogar com os líderes no Congresso para modificarmos a lei. Se a lei, da forma que está redigida, não tem condições de atingir a punibilidade que nós precisamos para esses casos, nós temos que mudar —, disse o ministro.

Entre as mudanças pretendidas pelo governo está retirar da lei a dosagem alcoólica que caracterizaria o crime; permitir que uma pessoa em visível estado de embriaguez possa ser condenada e utilizar como provas depoimentos de testemunhas e filmes. Dessa forma, o ministro acredita que o bafômetro será mais utilizado como forma de provar inocência diante de uma suspeita do que como instrumento de acusação.

— O bafômetro, que hoje é elemento necessário para a condenação, passará a ser um instrumento da defesa de uma pessoa que quer demostrar que não está em estado de embriaguez —, acredita o ministro.

Cardozo disse que não considerou uma surpresa a decisão do STJ de aceitar como provas de embriaguez somente o teste do bafômetro ou o exame de sangue.

— É necessário que agora a lei seja alterada, justamente para que nós possamos continuar tendo uma ação muito dura em relação àquelas pessoas que, de forma irresponsável, bebem e dirigem. O Judiciário já se pronunciou na interpretação que deu a esta lei. Portanto, a partir do momento que consolida essa interpretação, nós temos que ser ágeis. Temos que adequar aquilo que nós precisamos a um novo texto legislativo. Queremos coibir, com muito vigor, o ato de irresponsabilidade, que é o de beber e dirigir —, disse o Ministro.

Cardozo explicou que a maior parte das mudanças que o governo quer na lei já está em curso em projetos de lei que já tramitam no Congresso. Essas mudanças, na avaliação do ministro, não devem passar pela reforma do Código Penal, que envolve muitos temas e pode ser muito mais demorada.

— No ano passado iniciamos um processo de discussão com lideranças, tanto da Câmara quanto do Senado, justamente para viabilizar essa mudança.

Rio Grande do Sul está fora da disputa por novo investimento da Volkswagen

Rio Grande do Sul está fora da disputa por novo investimento da Volkswagen

Expansão, se ocorrer, será feita na ampliação da fábrica em Taubaté

 
Maria Isabel Hammes
O Rio Grande do Sul está fora da disputa pelo novo investimento da Volkswagen. Em nota divulgada nesta quinta-feira, a empresa informa que a expansão, se ocorrer, será feita na ampliação da fábrica em Taubaté e não na construção de uma nova unidade no país.

— A empresa fará em sua fábrica de Taubaté o investimento na expansão de sua capacidade produtiva, caso essa necessidade seja confirmada pela demanda de mercado — destaca a nota.
A companhia afirma ainda que, no caso dos novos produtos que serão integrados à linha Volkswagen nos próximos anos, a produção deve ocorrer nas unidades Anchieta e Taubaté. Segundo a nota, pesou na decisão sobre os investimentos o acordo trabalhista com os sindicatos dos trabalhadores da Anchieta e Taubaté:
— O acordo, que tem validade de 2012 a 2016, contempla mecanismos de moderação no crescimento de custos de pessoal, estabelece medidas de flexibilidade e produtividade, e tem como pilares principais a competitividade e a sustentabilidade dos negócios.

Por telefone, o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Rio Grande do Sul, Mauro Knijnik, revelou que foi comunicado de que o RS estava fora da disputa por um telefonema do diretor de Assuntos Governamentais da Volkswagen do Brasil, Antonio Megale. O executivo explicou ao secretário que a decisão da VW de não investir na construção de uma nova fábrica foi influenciada pela situação de queda nas vendas de veículos no mercado brasileiro.

Na nota divulgada pela empresa, a VW informa que a partir da decisão de reformular as suas unidades, a empresa pretende continuar avaliando "a dinâmica econômica do país, do mercado e dos próximos passos do Regime Automotivo Brasileiro". A empresa se prepara para investir R$ 8,7 bilhões no Brasil até o ano de 2016.

Brasil precisa reduzir impostos, afirma Dilma

Brasil precisa reduzir impostos, afirma Dilma


A presidente Dilma Rousseff disse em Nova Délhi que tem consciência de que o Brasil precisa reduzir a carga tributária e que está se empenhando nesse sentido. 'Tenho consciência de que o Brasil precisa reduzir a carga tributária. Farei o que for possível para reduzi-la', disse a presidente, em entrevista em Nova Délhi, onde participa da reunião do Brics, grupo integrado pelo Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul. Ela observou, no entanto, que 'há muitos aspectos na reforma tributária. 'Tomamos medidas pontuais para que, no conjunto, a desoneração seja possível', disse.

Dilma confirmou que assim que chegar ao Brasil anunciará um conjunto de medidas. 'Elas (as medidas) têm por objetivo justamente assegurar, através de questões tributárias e financeiras, maior capacidade de investimento para o setor privado', disse a presidente, que não deu mais detalhes.

Ela disse que, assim como os empresários, ela também reclama muito do sistema tributário. E admite até que, no futuro, seja possível encaminhar uma reforma global. No momento, afirmou, o governo toma medidas pontuais 'que permitam que no conjunto se crie uma desoneração maior dos tributos no País'.

Lula escolhe seu alvo de ataques nesta eleição: Serra

Lula escolhe seu alvo de ataques nesta eleição: Serra

Liberado pela equipe médica a retomar gradativamente a atividade política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que na quarta-feira foi informado da remissão completa do tumor na laringe, já escolheu o principal alvo de ataques nesta eleição: o pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o ex-governador José Serra. 'Serra é um político de ontem com ideias de anteontem', disse o ex-presidente nesta quinta a interlocutores.

O ex-presidente passou por outra sessão de fonoterapia hoje, 29, no hospital Sírio-Libanês. Enquanto se recupera do desgaste do tratamento de cinco meses, aliados contam que Lula se prepara para o embate eleitoral 'afiando a língua'. A escolha de Serra como alvo preferencial é uma forma de tentar alavancar a candidatura de seu apadrinhado Fernando Haddad, pré-candidato do PT na capital. Além de estar na lanterna das pesquisas de intenção de voto, a candidatura do petista não consegue arregimentar apoiadores.

A cúpula do PT, inclusive, traçou uma estratégia para pressionar a ex-prefeita e senadora Marta Suplicy a entrar logo na campanha, mas a petista reagiu e, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo hoje, disse que cabe ao próprio candidato do PT 'conquistar a militância e gastar sola de sapato'.

No último domingo, dia em que o PSDB escolheu seu candidato, Lula pediu o apoio do PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à campanha de Haddad na capital.

Ávido para retomar suas atividades sem o penoso tratamento contra o câncer, Lula avisou aos aliados que vai voltar a percorrer o País em meados de abrir, após o retorno das férias marcadas para a próxima semana. 'Ele está doido para andar o Brasil', contou o senador Jorge Viana (PT-AC), após visitar o ex-presidente ontem, acompanhado do líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA).

No PT, já se fala na preparação de um 'grande evento' em abril para comemorar a recuperação de Lula. 'O ganho dele merece várias comemorações', pregou Viana.

Lula também recebeu nesta quinta a visita do governador do Rio, Sergio Cabral, e do prefeito Eduardo Paes. À tarde, falou com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, por telefone.

O ex-presidente conversou por duas horas no Instituto Lula com os petistas Pinheiro e Viana. Mesmo com a voz ainda debilitada, insistiu em ouvir os relatos sobre a crise entre o governo e a base aliada. 'Ele quis saber de tudo, quis saber como pode ajudar', disse Viana. Lula avisou que vai a Brasília conversar com as bancadas do PT e da base de apoio do governo.

Países árabes exigem mais ação e menos palavras de presidente sírio

Países árabes exigem mais ação e menos palavras de presidente sírio

Países árabes exigem mais ação e menos palavras de presidente sírio
Países árabes exigem mais ação e menos palavras de presidente sírio

Bagdá, 29 mar (EFE).- Mais ação e menos palavras foi a mensagem que os líderes árabes reunidos em Bagdá lançaram ao presidente sírio, Bashar Al Assad, depois que Damasco aceitou o plano do enviado especial para a Síria, Kofi Annan, que nesta quinta-feira foi referendado no Iraque.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil El Araby, foi claro a esse respeito durante seu discurso na 23ª cúpula do organismo, no qual destacou que espera 'um compromisso sério para uma cessação imediata da violência'.

El Araby considerou que 'surgiu um raio de esperança com a aceitação dos seis pontos do plano do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan', embora 'agora a bola esteja nas mãos dos sírios'.
A proposta busca, entre outros pontos, a cessação das hostilidades na Síria sob a supervisão da ONU, a libertação dos detidos nos protestos antigovernamentais e o envio de ajuda humanitária.

O líder pan-árabe não especificou nem em seu discurso durante a reunião, nem na entrevista coletiva concedida no final quais medidas a Liga Árabe tomará se o regime de Assad não cumprir a iniciativa de Annan.

STF autoriza quebra do sigilo bancário de Demóstenes Torres

STF autoriza quebra do sigilo bancário de Demóstenes Torres

STF autoriza quebra do sigilo bancário de Demóstenes Torres
"Demóstenes será investigado por amizade com Carlinhos Cachoeira"

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra do sigilo bancário do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e de outros investigados por suspeita de envolvimento com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, por exploração de jogos ilegais em Goiás. Lewandowski abriu um inquérito no STF e autorizou uma série de diligências que tinham sido requeridas na terça-feira pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Além da quebra de sigilo, Lewandowski determinou a expedição de um ofício ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para que remeta a relação de emendas ao Orçamento da União apresentadas por Demóstenes Torres. Ele também requereu a alguns órgãos (cujos nomes não foram divulgados) que encaminhem cópias de contratos celebrados com empresas mencionadas em conversas gravadas pela Polícia Federal.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Taxa de desemprego no país avança para 10,1% em fevereiro

Taxa de desemprego no país avança para 10,1% em fevereiro


Em janeiro, índice chegou a 9,5% em sete regiões metropolitanas


A taxa de desemprego subiu para 10,1% em fevereiro nas sete regiões metropolitanas pesquisas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Em janeiro a taxa foi 9,5%.

De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), houve uma elevação de 137 mil pessoas no total de desempregados estimados em 2,248 milhões. A maior alta ocorreu na região metropolitana de São Paulo, onde a taxa subiu de 9,6% para 10,4%. No entanto, se comparado a fevereiro do ano passado, a taxa foi 1,9% menor.

Também foram registrados aumentos no Distrito Federal (de 9,5% para 10,1%); em Belo Horizonte (de 11,5% para 12,9%); em Fortaleza (de 8,1% para 8,5%); em Porto Alegre (de 6,5% para 7%). Já em Recife e Salvador o índice manteve-se estável em 11,9% e 15%, respectivamente.

O nível de ocupação caiu 0,5%. A redução mais expressiva ocorreu no setor de serviços, com um corte de 140 mil vagas. A indústria reduziu as ofertas de trabalho em 0,7%, eliminando 20 mil postos de trabalho.

Os demais setores ampliaram as contratações. Na construção civil, as chances de ocupação cresceram 1,9%, com 27 mil contrata/ções a mais do que em janeiro. No comércio, houve uma expansão de 0,3%, com 11 mil vagas. Em outros setores, que incluem emprego doméstico e outras atividades não classificadas anteriormente, foram criadas 16 mil ocupações, 1% acima do mês anterior.

O rendimento médio dos assalariados diminuiu 0,9%, passando para R$ 1.513 mensais.

Brasil lançará satélite de R$ 750 milhões

Brasil lançará satélite de R$ 750 milhões para levar banda larga a todo o país, afirma ministro


País busca na Índia cooperação técnica para a obra


O Brasil prepara o lançamento de um satélite geoestacionário de comunicação para proporcionar banda larga a todos os municípios do país, anunciou nesta quarta-feira em Nova Délhi o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp.

O país busca na Índia uma cooperação técnica para o satélite, cuja construção e lançamento, sob responsabilidade da Telebras e da Embraer, tem um custo avaliado de R$ 750 milhões (US$ 412 milhões). Apenas o lançamento custará US$ 80 milhões.

— Vamos fazer um concurso internacional que abre a possibilidade a uma cooperação tecnológica importante — disse o ministro.

O satélite de comunicação dará opção a todos os municípios brasileiros a acessar a banda larga para os serviços de internet e telefonia móvel 3G.

Brasil, Índia e África do Sul - três integrantes do grupo dos emergentes Brics, ao lado de China e Rússia - também discutirão nos próximos dias o lançamento de outro satélite para a observação do clima no Atlântico Sul, o que permitirá fazer as medições necessárias para "entender as anomalias com o campo magnético terrestre que deixam passar as radiações ultravioletas".

Com a China, país com o qual mantém uma intensa cooperação desde os anos 80 - com o lançamento conjunto de três satélites -, o Brasil prevê o lançamento de um satélite este ano e outro em 2014, informou o ministro, que considera "estratégica" a cooperação Sul-Sul.

Senado aprova criação de fundo de previdência complementar dos servidores públicos federais

Senado aprova criação de fundo de previdência complementar dos servidores públicos federais


Como já havia sido aprovado na Câmara, projeto seguirá diretamente para sanção presidencial


 
O Senado aprovou nesta quarta-feira, em votação simbólica, o projeto que cria o fundo de previdência complementar dos servidores públicos federais, o Funpresp.

Após um esforço concentrado dos governistas, pela manhã, para aprovar a matérias nas comissões de Assuntos Sociais e de Constituição e Justiça, a votação do projeto em plenário ocorreu sem maiores sobressaltos, atendendo orientação do Planalto.

O relator do projeto, senador José Pimentel (PT-CE), acolheu uma emenda para deixar claro que a competência para gerir o fundo do Judiciário será do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Pimentel também se comprometeu a transformar em um futuro projeto de lei sugestões feitas por parlamentares da base aliada e da oposição, que acabaram sendo rejeitas durante a votação.

Como o projeto já foi aprovado na Câmara, ele seguirá diretamente para sanção presidencial. Apesar de o projeto ter recebido uma emenda, trata-se de uma emenda de redação, e o regimento do Senado não exige que, nesse caso, o texto tenha de voltar à Câmara.

15 frases marcantes do escritor Millôr Fernandes

15 frases marcantes do escritor Millôr Fernandes

Escritor pode ser considerado como um dos principais “frasistas” do Brasil. Confira algumas frases ditas por ele

Daniela Dacorso / Bravo
Millôr Fernandes
Millôr Fernandes morreu na noite de ontem, em sua casa, no Rio de Janeiro

São Paulo – Considerado um dos maiores frasistas brasileiros, o desenhista, humorista, dramaturgo, escritor e tradutor Millôr Fernandes morreu ontem, no Rio de Janeiro, por falência de múltiplos órgãos e parada cardíaca.

Um dos fundadores do jornal “O Pasquim”, no final dos anos 60, e colaborador de grandes publicações, como as revistas “O Cruzeiro”, “Jornal do Brasil” e “Veja”, Millôr escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia. Ele também foi um dos principais tradutores brasileiros, trazendo do inglês e do francês obras de Sófocles, Shakespeare, Molière e Brecht.

Outra faceta que marcou sua personalidade e carreira foi o talento para fazer frases. Pensamentos sobre a vida, relacionamentos, sociedade, política e outros assuntos ficaram registrados ao longo do tempo. Confira a seguir algumas das frases cunhadas por ele:

1 “Se durar muito tempo, a popularidade acaba tornando a pessoa impopular”
2 “Fiquem tranquilos os poderosos que têm medo de nós: nenhum humorista atira pra matar”
3 “O aumento da canalhice é o resultado da má distribuição de renda”
4 “A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades”
5 “Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem”
6 “Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim”
7 “O cadáver é que é o produto final. Nós somos apenas a matéria prima”
8 “Chato...Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele”
9 “O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde”
10 “De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência”
11 “Os nossos amigos poderão não saber muitas coisas, mas sabem sempre o que fariam no nosso lugar”
12 “Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo”
13 “Há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos”
14 “O mal de se tratar um inferior como igual é que ele logo se julga superior”
15 “O homem é o único animal que ri. E é rindo que ele mostra o animal que é”

Maioria dos brasileiros não conhece e-books

Maioria dos brasileiros não conhece e-books

Dos 30% que já ouviram falar em e-books, 82% nunca leu um livro eletrônico

Daniella Jinkings, da
Divulgacao/Amazon
Kindle DX
Nos Estados Unidos, a venda de e-books supera a de livros impressos

Brasília – A leitura de livros digitais, também conhecidos como e-books, ainda é pouco disseminada no país. Dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada hoje (28) pelo Instituto Pró-Livro mostram que 70% dos entrevistados nunca ouviram falar dos livros eletrônicos que podem ser lidos em equipamentos como tablets (computadores de prancheta) e e-readers (livros digitais).

Dos 30% que já ouviram falar em e-books, 82% nunca leu um livro eletrônico. De acordo com o levantamento, as pessoas que têm acesso aos livros digitais ou leram pelo computador (17%) ou pelo celular (1%). A maioria dos leitores (87%) baixaram o livro gratuitamente pela internet, desses, 38% piratearam os livros digitais. Apenas 13% das pessoas pagaram pelo download.

Os leitores aprovam o formato eletrônico dos livros digitais, segundo a pesquisa. A maior parte dos entrevistados lê de dois a cinco livros por ano. No entanto, mesmo que muitos sejam adeptos dos livros digitais, a maioria dos leitores acha difícil a extinção do livro de papel.

Os livros digitais são mais populares entre o público de 18 a 24 anos. A maioria dos leitores de e-books pertence à classe A e tem nível superior completo. De acordo com a pesquisa, 52% dos leitores são mulheres e 48% homens.

O levantamento avaliou que a leitura de livros digitais no Brasil é considerada uma tendência. Nos Estados Unidos, a venda de e-books supera a de livros impressos. De acordo com a Associação Americana de Editores, as vendas dos livros digitais cresceram 117,3%, em 2011. Ainda segundo a associação, o mercado cresceu mais de 100% em três anos.

Concorrente da Embraer pedirá concordata

Hawker Beechcraft prepara pedido de concordata, dizem fontes

A Hawker contestou na Justiça dos Estados Unidos a decisão que concedeu a licitação de compra de aeronaves da Embraer

Rafael Cusato                 
modelo da Hawker Beechcraft Aircraft

A empresa, que foi comprada em 2007 por 3,3 bilhões de dólares pelas empresas de private equity, está negociando uma concordata pré-estabelecida com seus maiores credores

Washington - A Hawker Beechcraft, fabricante de aeronaves controlada pelo braço de private equity do Goldman Sachs e pela Onex, está preparando um pedido de concordata, disseram fontes próximas ao assunto.

A Hawker contestou na Justiça dos Estados Unidos a decisão que concedeu a licitação de compra de aeronaves da Embraer.

A empresa, que foi comprada em 2007 por 3,3 bilhões de dólares pelas empresas de private equity, está negociando uma concordata pré-estabelecida com seus maiores credores, grupo que inclui a Centerbridge Partners, Angelo Gordon e Capital Research & Management, disseram as fontes.

A Centerbridge, uma empresa de investimentos sediada em Nova York com foco em aquisições alavancadas e em ativos de risco elevado, é o maior credor, disseram as fontes.

A Hawker e a Onex se recusaram a comentar. O Goldman Sachs e os credores não puderam ser imediatamente contatados.

Esses credores provavelmente forneceriam financiamento "debtor-in-possession" (na sigla em inglês, DIP, uma linha de crédito para empresa concordatais) para permitir à Hawker continuar a operar sob concordata, disseram as fontes.

Uma das fontes disse que o financiamento deve ser de menos de 500 milhões de dólares, mas alertou que o número não é final e pode ser alterado.

O Goldman Sachs Capital Partners, fundo de private equity do banco, e a maior empresa de aquisições do Canadá, a Onex, compraram a Raytheon Aircraft da Raytheon no início de 2007, no ápice do boom das aquisições, e renomearam-na Hawker Beechcraft.

A Hawker disse na terça-feira que chegou a um acordo com credores que providenciará à empresa um empréstimo de 120 milhões de dólares e adiará as obrigações da empresa para garantir pagamentos de juros.

O acordo, que deve expirar no final de junho, dará tempo à Hawker para finalizar os detalhes de uma concordata pré-estabelecida com seus principais credores, disseram as fontes.

A Lenovo quer a CCE

A Lenovo quer a CCE

A chinesa Lenovo, uma das maiores fabricantes de computadores do mundo, está em negociações avançadas para comprar a brasileira CCE.

A CCE será avaliada em cerca de um bilhão de reais.

Leia mais detalhes na coluna Primeiro Lugar, na edição da EXAME que chega às bancas amanhã.
Procurada, a Lenovo não comentou. A Digibrás, dona da CCE, disse que não está negociando a venda.

Nova desoneração da folha de pagamento terá alíquota menor que a do Plano Brasil Maior


Nova desoneração da folha de pagamento terá alíquota menor que a do Plano Brasil Maior, diz Mantega

Ministro disse que serão beneficiadas atividades que usam intensiva mão-de-obra


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nessa terça-feira que a nova desoneração da folha de pagamento deverá ser ainda maior do que a do Plano Brasil Maior, que beneficiou setores como o de Tecnologia da Informação. 

Segundo o ministro, os ramos industriais incluídos no novo programa deverão ser isentos de pagar a contribuição patronal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de 20%. Eles passarão a pagar uma alíquota sobre a receita bruta que ainda não foi definida, mas será menor que 1,5%.

De acordo com Mantega, serão beneficiadas principalmente atividades que têm uso intensivo de mão de obra. 

— Temos escolhido os setores, ou os setores que perderam dinamismo, que perderam vendas e, ao mesmo tempo, têm um impacto positivo na produção e no emprego — ressaltou ao citar as indústrias naval, de aviação, de autopeças, têxtil, de confecção e calçados.

Esses mesmos critérios foram usados, segundo Mantega, nas reduções do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) anunciados hoje. O ministro disse ainda que o pacote já está quase pronto, faltando apenas o acordo com alguns setores. 'Faltam dois ou três setores que eu vou me reunir esta semana com eles, e depois já estaremos prontos'.

Além disso, Mantega declarou que o governo vai trabalhar para reduzir o spread bancário e, consequentemente, o custo dos empréstimos. 

— Vai haver uma redução no custo de financiamento de modo geral. Nós vamos trabalhar para reduzir o spread bancário e o financiamento de modo geral — destacou.

Lei que reajusta o salário mínimo regional é sancionada por Tarso

Lei foi sancionada nesta terça-feira pelo governador Tarso GenroFoto: Caco Argemi / Palácio Piratini/Divulgação


Lei que reajusta o salário mínimo regional é sancionada por Tarso

Novos valores têm efeito retroativo a 1º de março


Lei que reajusta o salário mínimo regional é sancionada por Tarso Caco Argemi/Palácio Piratini/Divulgação

O governador Tarso Genro sancionou nesta terça-feira a lei que reajusta em 14,75% o valor do salário mínimo regional no Rio Grande do Sul. Com o aumento, o piso passa a ser de R$ 700 na faixa inicial, com efeito retroativo a 1ª de março. 

A medida beneficia 1,2 milhão de trabalhadores gaúchos em 34 categorias profissionais sem representação sindical ou que não possuem acordo coletivo de trabalho. Em 2011, foi concedido 11,9% de aumento.

Durante a cerimônia, Tarso disse que o plano do governo é estabelecer uma política definitiva de reajuste do salário mínimo regional:

— Estes dois reajustes são uma conquista significativa, que combinam nossa política local com a política de valorização do salário mínimo em nível nacional. 

A lei também altera a data-base dos futuros reajustes para o dia 1º de janeiro a partir de 2013. O projeto do piso regional havia sido aprovado na Assembleia no dia 6 de março. 

A nova regulação não se aplica aos empregados que têm piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo e aos servidores públicos municipais.

Entenda a mudança: 

Faixa 1 - de R$ 610 para R$ 700
Trabalhadores da agricultura e da pecuária, indústrias extrativas, de empresas pesqueiras, empregados domésticos, em turismo e hospitalidade, nas indústrias da construção civil, nas indústrias de instrumentos musicais e brinquedos, em estabelecimentos hípicos e motoboys. Foram incluídos nesta faixa trabalhadores em garagens e estacionamentos, e em bares, hotéis e restaurantes.

Faixa 2 - de R$ 624,05 para R$ 716,12Trabalhadores nas indústrias do vestuário e do calçado, de fiação e tecelagem, de artefatos de couro, de papel, papelão e cortiça, em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas, empregados na administração das empresas proprietárias de jornais e revistas, empregados em estabelecimentos de serviços de saúde, empregados em serviços de asseio, conservação e limpeza e empregados em empresas de telecomunicação, telemarketing, call centers, operadoras de voip, TV a cabo e similares.

Faixa 3 - de R$ 638,20 para R$ 732,36Trabalhadores na indústria do mobiliário, químicas e farmacêuticas, cinematográficas, de alimentação, empregados no comércio em geral e empregados de agentes autônomos do comércio. Foram incluídos nesta faixa os empregados em exibidoras e distribuidoras cinematográficas. 

Faixa 4 - de R$ 663,40 para R$ 761,28Trabalhadores na indústria metalúrgica, mecânica e de material elétrico, gráfica, de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana, de artefatos de borracha, em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito, de edifícios e condomínios, das indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas, de auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino), empregados em entidades culturais, recreativas, de assistência social, de orientação e formação profissional, marinheiros fluviais de convés, de máquinas, cozinheiros fluviais, taifeiros fluviais, empregados em agências de navegação, empregados em terminais de contêineres e mestres e encarregados em estaleiros.

Meta da política industrial no RS é ajudar empresas que mais geram empregos

Governo pretende tratar melhor setores da economia gaúcha que mais geram empregosFoto: Eduardo Beleske / Especial


Meta da política industrial no RS é ajudar empresas que mais geram empregos


Governo gaúcho decide adotar tratamento igual para investimentos de indústrias locais e de fora do Estado

JOANA COLUSSI
Meta da política industrial no RS é ajudar empresas que mais geram empregos Eduardo Beleske/Especial

Ao lançar nesta quarta-feira sua política industrial, o governo tratará melhor setores da economia gaúcha que mais geram empregos e têm migrado ou ameaçado abandonar o Estado. 

Além de buscar novos segmentos para complementar a estrutura produtiva local, há firme disposição de estancar a fuga de empresas, se necessário com medidas mais “agressivas”, conforme definido por um dos formuladores da nova estratégia.

Ao todo, são 260 ações propostas para estimular setores da economia considerados estratégicos.

— Nenhuma indústria virá para cá com incentivo superior às que já estão aqui. As empresas locais são prioritárias — ressalta Marcus Coester, presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI).

Segundo Coester, o tratamento igualitário é uma forma de evitar uma possível desestruturação dos processos produtivos no Estado.

— A indústria gaúcha é fortemente diversificada. Precisamos garantir as mesmas condições de competição, mesmo sabendo que teremos limites (na hora de atrair empresas para o Estado) — afirma Coester.

A política de valorizar a indústria local é avaliada com cautela por Ronald Krummenauer, diretor executivo da Agenda 2020, movimento da sociedade com propostas para desenvolver o Estado.

— As empresas que pretendem se instalar aqui podem até não receber incentivos adicionais, desde que encontrem melhores condições de infraestrutura logística e investimentos em inovação e tecnologia — pondera.

Para o vice-diretor regional da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Régis Haubert, a isonomia é importante na competição entre as indústrias.

— Não queremos proteção, mas também não é justo que empresas que venham de fora tenham benefícios adicionais.

Estão previstas no plano ações que vão de qualificação profissional a renúncia fiscal. A nova regulamentação do Fundopem, no entanto, será anunciada em 10 dias.

terça-feira, 27 de março de 2012

Ex-criador de porcos vira dono de empresa que fatura R$ 80 milhões

Ex-criador de porcos vira dono de empresa que fatura R$ 80 milhões

Moacir Marafon saiu da pequena cidade de Xavantina para se tornar um dos maiores empresários do setor de computação de SC

Daniel Cardoso, especial para o iG                   

Os computadores, que mudariam a história do mundo, ainda davam os primeiros passos nos Estados Unidos quando Moacir Antônio Marafon nascia na comunidade de Linha Pinhal Preto, no município de Xavantina, no oeste de Santa Catarina, em 1956. A comunidade era uma colônia rural, pequena e pobre, fundada por descendentes italianos que vieram do Rio Grande do Sul em busca de terras para a subsistência.

Foto: DivulgaçãoAmpliar
Marafon saiu da lida no campo para comandar uma empresa com mais de 900 funcionários

Era esse o cenário da infância de Marafon, que deixou para trás o trabalho em uma criação de suínos e de pequenas colheitas do interior para fundar a Softplan/Poligraph, uma das principais empresas catarinenses de desenvolvimento de software. Em 2011, a companhia registrou um crescimento de 41%, alcançando um faturamento de R$ 88 milhões.

A empresa criada em 1990 por ele e outros dois sócios, Ilson Stabile e Carlos Augusto, surgiu em meio ao início do ciclo de informatização no Brasil. As companhias estavam sedentas por soluções de gestão, programas que pudessem integrar diferentes departamentos e agilizar atividades rotineiras, como pagamento de salário de funcionários e fluxo de compras de insumos. Marafon estava no lugar certo e no momento certo. Havia poucos profissionais em Santa Catarina, naquela época, com conhecimento técnico para atender a demanda, o que tornava o Estado um terreno fértil a ser explorado. O grande desafio era obter o conhecimento necessário, já que aulas, livros e cursos de capacitação ainda eram raros.

A carreira de empreendedor de Marafon só foi possível graças às suas habilidades com números e ciências exatas, despertadas já nas primeiras aulas do ensino primário. Na infância, Marafon saltava cedo da cama e ia trabalhar no pequeno sítio da família. A primeira missão era tratar os animais. Em seguida, tomava o rumo da roça para ajudar na lida da terra, plantio ou colheita. No período da tarde, o garoto seguia o caminho da escola, onde começava a criar gosto pelos estudos e colecionar boas notas.
O trabalho duro da roça servia apenas para garantir a subsistência da família. Tudo dependia da pequena safra agrícola. A ameça de perdas por questões climáticas era iminente.

“Creio que foi aí que aprendi a correr riscos, algo fundamental para o empreendedorismo. Naquele tempo, a gente plantava apostando, sem saber se ia conseguir colher”, compara.

Foto: Divulgação/TV Globo
Moacir Marafon (o do meio, entre os meninos): continuar na escola foi obra do acaso

A válvula de escape estava mesmo na escola, mas a continuação dos estudos precisou contar com o acaso. Depois de completar o quarto ano do primário, aos 11 anos, Marafon ficou sem ter um colégio para frequentar. Até que uma oportunidade inesperada chegou à casa da família três anos depois. O padre da paróquia da cidade foi até os pais avisando que tinha uma vaga disponível para um dos filhos que quisesse frequentar o curso do ginásio, a ser aberto no ano seguinte em Xavantina.

Quatro anos depois, em 1975, Marafon foi aprovado na seleção do Colégio Agrícola de Camboriú, no litoral do Estado, e seguiu estudando longe de casa.

No Agrícola, recebeu as primeiras aulas de física e aprofundou o gosto pela ciência e pela matemática. Foi a motivação para escolher o curso de engenharia civil na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. No último ano da faculdade, comprou uma calculadora programável e criou seus primeiros “programinhas”, que iriam ajudar a fazer os cálculos de engenharia com mais velocidade.

Era o início da vida de desenvolvedor de software.

O primeiro computador

A informática só entrou na vida de Marafon quando começou a trabalhar na Secretaria de Transportes e Obras de Santa Catarina. Lá, viu um computador pela primeira vez. Como havia poucos cursos na época, buscou livros e aulas de capacitação. Esse conhecimento o empurrou para trabalhar com desenvolvimento de programas.

Em 1985, foi aprovado em um processo seletivo para uma estatal que estava sendo criada na época, a PRODASC, atual CIASC, que seria responsável em desenvolver os softwares para o governo. A empresa atendia as demandas governamentais. Porém, com a escassez de mão de obra qualificada no mercado, os empresários da iniciativa privada ofereciam proposta de trabalho aos funcionários do PRODASC para que eles desenvolvessem alguns programas específicos. Marafon era um desses profissionais. Depois do expediente, ia para casa ou mesmo para a sede dos clientes para escrever códigos noite adentro. Clientes como construtoras, clínicas médicas ou comércio que queriam começar a usar o computador, ainda uma novidade na época, para racionalizar a rotina da empresa.

Na mesma esteira, estavam dois colegas dele, Stabile e Matos. Ambos também tinham muito trabalho extra. Por isso, resolveram unir forças, deixar para trás o CIASC e abrir uma empresa em 1990, a Softplan/Poligraph, que hoje tem 900 funcionários. O primeiro contrato foi fechado com uma construtora. O trio tinha que criar um software de gestão para que a empresa administrasse melhor as obras, a matéria-prima e os gastos. Surgia o Sienge, um dos principais produtos da Softplan ainda hoje.

A Softplan tem atualmente na carteira mais de 1.200 clientes no Brasil e exterior. Possui contratos na esfera privada, mas grande parte está na área pública. Um dos clientes de maior relevo é o Tribunal de Justiça de São Paulo. No tribunal, a empresa informatizou os processos judiciais, permitindo, por exemplo, que advogados façam suas petições e juízes emitam as sentenças de maneira online, o que significa mais agilidade e menos papel.

“A Softplan só decolou porque decidimos concentrar nossa energia em mercados específicos: Justiça, administração pública e construção civil. Foi o foco quem nos deu a direção certa”, resume Marafon, aos 56 anos, a história de sua empresa.

Gol tem lucro 59% menor no 4º trimestre

Gol tem lucro 59% menor no 4º trimestre

Empresa aérea atribui resultado ao aumento de custos e de despesas e à variação do dólar

Reuters                   

A companhia aérea Gol encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 54,3 milhões, queda de 58,9% sobre o resultado apurado um ano antes, afetado por aumento de custos e despesas e variação cambial.

A empresa apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves de R$ 238,9 milhões, queda ante os R$ 475 milhões registrados no quarto trimestre de 2010.

Analistas consultados pela Reuters não tinham uma linha de estimativas comuns para a empresa sobre o quarto trimestre. Das cinco estimativas obtidas para a empresa, três apontavam para prejuízo, de R$ 96 milhões na média, e duas estimavam lucro de R$ 101,2 milhões e R$ 245 milhões.

No ano, a Gol sofreu um prejuízo de R$ 710,4 milhões frente a um lucro líquido de R$ 214,2 milhões em 2010, "principalmente, por conta de impacto negativo da depreciação do real frente à moeda norte-americana no final de período (...), aumento de 23,2% no custo do querosene de aviação", informou a companhia no balanço.

Além do câmbio e do combustível, a empresa ainda teve custos com devolução de aeronaves Boeing 767 menos eficientes, multas com rescisão de contratos com fornecedores e despesas com ativos das adquiridas Varig e WebJet.

No quarto trimestre, as despesas operacionais da empresa subiram 41%, puxadas por salto de 56,6% nos custos com combustíveis, 30,3% com pessoal e de 147,8% com material de manutenção.

Para 2012, a Gol espera reduzir seus custos em R$ 500 milhões após medidas tomadas em 2011 que incluíram a devolução de 5 Boeings 767, em um ano em que a empresa prevê um crescimento na demanda do mercado brasileiro de 7% a 10%.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Governo prorroga até o fim de junho redução de IPI para linha branca

Governo prorroga até o fim de junho redução de IPI para linha branca


Também foi diminuído tributo para luminárias, laminados, revestimentos e móveis


 
O governo decidiu prorrogar até o fim de junho a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da linha branca, como refrigeradores, lavadoras de roupa e fogões, anunciou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

As medidas fazem parte da política de estímulo à economia do governo. O benefício estava em vigor desde dezembro do ano passado e terminaria no dia 31 de março.

Mantega avalia que, com estímulos oficiais, especialmente a redução de juros pelo Banco Central e desonerações fiscais, será possível fazer com que a economia do país avance 4% em 2012. Em 2011, o PIB cresceu apenas 2,7%.

De acordo com o ministro, serão estendidas até o final de junho as alíquotas de IPI para geladeira (5%) e máquina de lavar (10%). Também será mantida em 0% a cobrança do imposto sobre fogões e tanquinhos.

O governo decidiu ainda reduzir o IPI para luminárias, laminados, revestimentos e móveis até o final de junho. Para as luminárias, a alíquota baixará de 15% para 5%. No caso dos laminados, a queda será de 15% para 0%; para papel de parede, de 20% para 10%; e para móveis, de 5% para 0%.

— A contrapartida destas medidas é a manutenção dos empregos. Esperamos que eles aumentem, para atender à demanda, que deve crescer — disse.

De acordo com Mantega, uma edição extra do Diário Oficial da União colocará a medida em vigor ainda hoje.
Após o anúncio, o ministro foi para uma reunião com empresários na sede da Federação das Indústrias de Estado de São Paulo (Fiesp).

Trabalhadores e empresários promovem manifestação na Capital em favor da indústria

Trabalhadores e empresários promovem manifestação na Capital em favor da indústria


Grupo entregou a Tarso reivindicações do setor produtivo gaúcho


 
Trabalhadores e empresários promovem manifestação na Capital em favor da indústria Lauro Alves/Agencia RBS
Ato inclui passeata pela avenida Borges de Medeiros Foto: Lauro Alves / Agencia RBS


Empresários, estudantes e trabalhadores de indústrias gaúchas se reuniram na tarde desta segunda-feira na Praça da Matriz, no Centro de Porto Alegre, para realizar o movimento "Grito de Alerta — O Brasil não pode Parar", em defesa da indústria. O grupo começou a se organizar no início da tarde, no Largo Glênio Peres.


Grupo iniciou mobilização no Largo Glênio Peres
Foto: Lauro Alves

Os manifestantes levaram ao Centro caminhões de som, faixas e bandeiras das entidades que participam do ato. Às 15h30min o grupo foi recebido na Assembleia Legislativa pela deputada Zilá Breitenbach (PSDB-RS).

Às 16h30min, o grupo se encontrou com o governador Tarso Genro. O objetivo era entregar uma pauta de 22 reivindicações para melhorar a capacidade de competição da indústria frente aos concorrentes internacionais.


Manifestantes foram recebidos na Assembleia Legislativa
Foto: Lauro Alves

Segundo a Brigada Militar, cerca de 5 mil pessoas chegaram a se reunir em frente ao Palácio Piratini. Um dos participantes da mobilização, o diretor executivo do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico
do Estado do Rio Grande do Sul (Sinmetal), José Bernardo Scapini, criticou a carga tributária sobre o setor.


Representantes de entidades entregaram reivindicações a Tarso
Foto: Caco Argemi, Palácio Piratini, Divulgação


— Queremos dar um basta ao processo de desindustrialização. Hoje é muito mais rentável fechar as portas aqui e abrir fábricas lá fora — afirmou.


Ato chegou a reunir 5 mil pessoas, segundo a BM
Foto: Lauro Alves

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, também rechaçou os tributos sobre o setor produtivo e demostrou preocupação com a estatística divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), de que, a cada quatro produtos consumidos no Brasil, um é importado, número que classificou como "uma verdadeira invasão de máquinas, eletroeletrônicos, calçados e aço".

— O Brasil é o único país do mundo que tributa o investimento — apontou.

O presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, salientou as perdas do setor nos últimos quatro e oito anos:

— Em 2004, de cada 100 máquinas vendidas no Brasil, 60 eram fabricadas aqui. Hoje, de cada 100, 60 vem de fora e só 40 são fabricadas aqui. Em 2008, as exportações de máquinas e equipamentos representavam 35% do faturamento do setor. Hoje, representam apenas 22%.

MPF pede demissão de estagiários contratados por ato secreto no Senado

MPF pede demissão de estagiários contratados por ato secreto no Senado


Escândalo dos Atos Secretos foi denunciado quase 20 anos depois, em 2009


 
A contratação irregular de 76 estagiários sem concurso público no Senado Federal, ocorrida na década de 1990, está sendo questionada na Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF). O episódio ficou conhecido como o Escândalo dos Atos Secretos e foi denunciado pela imprensa quase 20 anos depois, em 2009.

Os estagiários foram enquadrados no cargo recém criado de assistente industrial gráfico por um ato sem número e sem publicação na imprensa oficial. A Comissão Diretora do Senado defendeu a contratação alegando que a Constituição de 1988 permitia a efetivação de não concursados se houvesse prova do vínculo empregatício de pelo menos cinco anos.

De acordo com o MPF, a regra constitucional dos cinco anos foi mal interpretada, já que os funcionários em questão tinham que estar trabalhando há cinco anos contados da data de promulgação da Constituição.

Os estagiários foram contratados entre 1984 e 1985. O MPF pede a anulação do ato administrativo e a demissão dos beneficiados pela medida. A ação corre na 9ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal.

Dilma veta recursos do FGTS para obras da Copa e Olimpíada

Dilma veta recursos do FGTS para obras da Copa e Olimpíada


Segundo a presidente, empreendimentos já têm linhas de crédito para o seu desenvolvimento


 
A presidente Dilma Rousseff vetou a aplicação de recursos do fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) para obras da Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016.

Segundo despacho publicado no projeto de lei de conversão da MP no 545/11, os empreendimentos relacionados aos dois eventos esportivos já dispõem de linhas de crédito para o seu desenvolvimento, além de recursos garantidos pelo governo federal para os investimentos definidos como essenciais à realização dos eventos, especificados nos orçamentos da União, dos Estados e dos municípios.

— Além disso, a proposta desvirtua a prioridade de aplicação do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS, que deve continuar focada nos setores previstos na Lei no 11.491 - energia, rodovia, ferrovia, hidrovia, porto e saneamento -, que demandam elevado volume de recursos e são fundamentais para o desenvolvimento do país.

Além de tratar das obras de Copa e Olimpíadas, a lei também dispõe sobre o Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM e o Fundo da Marinha Mercante - FMM, altera a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na cadeia produtiva do café, institui o Programa Cinema Perto de Você, entre outras medidas.

Grupo de Abu-Dhabi investirá US$2 bi na EBX

Grupo de Abu-Dhabi investirá US$2 bi na EBX

26 Mar (Reuters) - A Mubadala, empresa de desenvolvimento e investimento estratégico de Abu-Dhabi, nos Emirados Árabes, vai investir 2 bilhões de dólares no grupo EBX, do empresário Eike Batista, fortalecendo as companhias do bilionário, segundo analistas.

O investimento de Abu-Dhabi, na primeira vez que o grupo de empresas de Eike convida um parceiro estratégico para investimento na holding, implica em atribuição de um valor de 35,5 bilhões de dólares para o EBX.

Com o aporte inicial, o grupo de Abu-Dhabi garantirá participação preferencial de 5,63 por cento na EBX, incluindo fatias indiretas nas empresas OGX (petrolífera), OSX (construção naval), MMX (mineração), LLX (logística) e MPX (energia).

Além disso, a operação dá à Mubadala participação nas empresas de capital fechado AUX (mineração de ouro), REX (imóveis) e IMX (esportes e entretenimento). O grupo de Abu- Dhabi, criado em 2002, atua em uma série de segmentos desde aeroespacial a infraestrutura e saúde, tendo investimentos em conglomerados como General Electric e Carlyle.

A injeção de recursos na EBX é "inicial" porque a parceria estratégica dos dois grupos cria "arcabouço e plataforma para colaboração adicional entre as duas organizações em áreas de interesse mútuo", segundo o grupo brasileiro.

O investimento da Mubadala, a primeira injeção direta e significativa de recursos do grupo de Abu-Dhabi no Brasil, ocorrerá via Centennial Asset Brazil Equity Fund, veículo de investimento de Batista.

Antes da parceria estratégica com a Mubadala, palavra em árabe para "troca", as empresas de Batista acertaram acordos de investimentos com outros grupos internacionais, como a sul-coreana SK Networks e a chinesa Wuhan Iron and Steel.

"Os recursos provenientes do investimento da Mubadala serão usados para reforçar a já sólida estrutura de capital do grupo, além de suportar o desenvolvimento de novos negócios", afirmou a EBX em comunicado ao mercado.

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