quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Falta de vergonha - "Gangue da Matriz"

 
"Quero ser considerado inocente e poder me manifestar", diz Tonho Crocco sobre processo
Músico disse que não pretende tirar "Gangue da Matriz" do ar ou do repertório dos shows
O músico Tonho Crocco, que está sendo processado por causa da letra do rap "Gangue da Matriz", disse nesta quarta-feira que não irá aceitar acordo de conciliação para retirada da ação. Em entrevista na Rádio Gaúcha, ele afirmou que não pretende tirar do ar ou do repertório dos show a música que protesta contra deputados que aprovaram o aumento do próprio salário.

— A gente não pode agradar todo mundo. Mas tenho certeza que agradei mais gente do que desagradei. Eu fiquei um pouco triste, mas não com medo. Fiquei triste pela minha liberdade de expressão e minha criatividade artística estarem sendo colocadas em dúvida. Isso abre precedentes para outros artistas que queiram se manifestar — disse Crocco.

O processo teve origem após ofício encaminhado pelo deputado Giovani Cherini. A primeira audiência será no dia 22 de agosto no Fórum Central de Porto Alegre.

— De jeito nenhum eu pretendo jogar a toalha. Eu quero ser considerado inocente e poder me manifestar. A letra em nenhum momento tem palavrão. A música é irônica e muita gente queria dizer aquilo ali. Não está nos meus planos nem tirar a música do ar. E não quero fazer nenhum tipo de acordo. Estou brigando pela minha inocência — afirmou.

Ouça a música: 
 


Contraponto:
Por sua vez, o deputado Giovani Cherini (PDT) afirmou que não não é parte e nem moveu ação contra o músico. Esclareceu que apenas encaminhou um ofício à Procuradoria Geral do Estado, no período que era presidente da Assembleia pedindo análise da letra da música.

— Não tenho interesse nenhum sobre o tema. Eu era presidente da Assembleia e me chegou nas mãos, por parte de alguns deputados, a música que tinha como título a Gangue da Matriz. Resolvi, ao invés de fazer uma ação, simplesmente mandar um ofício solicitando que fosse "determinada instauração de procedimento investigatório para apuração de possível cometimento de infrações penais" — explicou.

O deputado Cherini disse ainda que pretende divulgar uma nota para esclarecer a situação, que na avaliação dele está sendo entendida de forma distorcida. Afirmou também que dos 36 parlamentares citados na música, 24 são deputados atualmente na Assembleia Legislativa.

— Sou a favor da liberdade de imprensa e de expressão. Mas a pessoa tem que saber que quando se expressa, está atingido a vida e as pessoas e tem que ter responsabilidade sobre isso — completou.

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