A alta do índice, entre outros motivos, também foi impulsionada pelo otimismo dos consumidores com relação ao futuro. A expectativa de compra de bens duráveis, por exemplo, cresceu 10% entre fevereiro e março desse ano.

Mais gastos

De acordo com a coordenadora da pesquisa, Viviane Seda Bittencourt, a população de menor renda está mais otimista em relação ao futuro e, portanto, planeja gastar mais com bens duráveis. Viviane explica que esse otimismo está concentrado no mercado de trabalho, ou seja, a parcela da população de menor renda acredita que encontrará, no futuro, um mercado de trabalho mais favorável.

Esses consumidores também estão avaliando bem o cenário atual de inflação de alimentos e os juros no Brasil, além de esperarem juros ainda menores no futuro. O grupo de menor renda, ou seja, que ganha até R$ 2.100, mostrou a maior expansão do ICC, de 4,8% entre fevereiro e março deste ano.

O índice da situação atual também mostrou alta, de 1,6% no período. Segundo Viviane, os consumidores estão avaliando bem a situação econômica, pesando principalmente a situação do mercado de trabalho, com taxa de desemprego bem abaixo dos níveis passados.

Além da taxa desemprego, o reajuste do salário mínimo contribuiu para o avanço do índice. Por fim, Viviane explica que, apesar do ambiente não estar forte em relação à atividade econômica, os consumidores estão voltando a consumir, por estarem mais otimistas quanto ao mercado de trabalho