terça-feira, 10 de abril de 2012

Adeptos do home office avaliam que comodidade e praticidade do lar aumentam produção

Adeptos do home office avaliam que comodidade e praticidade do lar aumentam produção

Mais de 30 milhões de brasileiros optaram por escritório em casa

Adeptos do home office avaliam que comodidade e praticidade do lar aumentam produção Emílio Pedroso/Agencia RBS
Para não arcar com despesas de aluguel, o arquiteto Gustavo Marques Martins decidiu pelo escritório em casa Foto: Emílio Pedroso / Agencia RBS

Para chegar até o escritório onde trabalha, o designer Ivan Andrade, 57 anos, só precisa de alguns passos. Morador do bairro Belém Velho, em Porto Alegre, Andrade é um dos milhares de profissionais que resolveram abrir seu próprio negócio e gerenciá-lo sem precisar sair de casa. A distância até o Centro foi um dos motivos que o incentivaram a fazer uso do home office (escritório em casa). Sem precisar se deslocar, ele avalia que ganha mais tempo para executar seus projetos.

– Com a tecnologia que temos hoje, computadores, internet e celulares, tudo fica mais rápido e prático – garante o designer.

Fugir do estresse diário do trânsito, ter a tranquilidade e a comodidade do lar são alguns benefícios que fazem o home office ganhar força no país. Dados do Censo 2010 apontam que mais de 30 milhões de brasileiros optaram por ter um escritório em casa. Ou seja, dos 68,2% com alguma ocupação profissional, quase um quarto (23,1%) executa as tarefas direto de casa.

Há 35 anos na profissão, Andrade já teve uma loja de decoração e escritório em prédios comerciais. Mas, nos últimos 18 anos, escolheu sua residência como ambiente de trabalho. Apesar de, às vezes, se sentir um pouco isolado, ele afirma ter muito mais vantagens realizando as tarefas do próprio lar.

Estabelecer regras e horários é fundamental para os profissionais que decidem tocar este tipo de empresa. Ter responsabilidade e iniciativa, saber administrar o negócio e o tempo e, principalmente, saber separar o ambiente de trabalho do doméstico é fundamental.

A professora de psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), especialista em psicologia organizacional, Renata Lovera Tomazi, observa que um local adequado para trabalhar é aquele que possibilita a concentração do profissional, sem que os problemas domésticos interfiram nas atividades.

– Tudo é uma questão de organização, disciplina e combinações. Separar totalmente os ambientes acredito não ser possível, mas os familiares precisam entender que a pessoa que está trabalhando precisa de silêncio e privacidade – destaca.

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