Eles são jovens, formados nas melhores escolas de negócios do mundo e poderiam trilhar carreiras de sucesso em seus países de origem, não fosse a vontade de empreender e criar empresas com alto potencial de crescimento em economias emergentes. Em comum, escolheram como destino o Brasil.

Esse é o perfil dos empreendedores estrangeiros que, atraídos pelo crescente mercado de consumo e pela estabilidade econômica, chegam em número cada vez maior ao País. A escolha é baseada na visão de que o Brasil é hoje o mais amigável, menos problemático e com maior qualidade de vida entre os Brics (que inclui também Rússia, Índia, China e África do Sul).

A crise econômica, que afeta principalmente a Europa e os Estados Unidos, é outro fator que estimula esse novo fluxo de imigração. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no ano passado, as autorizações para estrangeiros trabalharem no Brasil cresceram 25,9%, chegando a 70.524 vistos concedidos. Desses, 1.020 eram pessoas que vieram ao País abrir o próprio negócio. Sozinhos, eles investiram R$ 204,2 milhões, quase 20% a mais que os R$ 170,3 milhões aplicados em 2010.