Mesmo com safra reduzida, vinícola norte-americana produz um dos melhores pinot noir dos EUA

Com uvas cultivadas em encostas pedregosas, a Rhys obtém destaque no setor

 

Proprietário da Rhys, Mark Harvey disse que 90% dos custos são fixos Foto: Jim Wilson / The New York Times

Eric Asimov

Saratoga, Califórnia — A safra de 2011 não foi gentil com a vinícola Rhys. Tempo frio em junho, tempo quente em setembro e algumas chuvas inoportunas significaram que a colheita da uva caiu 60 % desde 2009 e 2010. Mesmo com a safra reduzida, a Rhys decidiu se desfazer de um pouco do vinho e o vendeu a produtores em massa após identificar que ele não era distintivo o suficiente para lançá-lo sob sua própria marca.

Assim é a vida vitícola. Para Kevin Harvey, proprietário da Rhys, o déficit foi uma compensação dolorosa por fazer obsessivamente alguns dos melhores pinot noir dos Estados Unidos. Com uvas cultivadas principalmente em vinhas localizadas ao longo de encostas perigosas, nas Montanhas Santa Cruz, a Rhys produz vinhos cativantes, com uma intensidade saborosa, pedregosa e complexa que oculta as suas marcas graciosas e texturas elegantes.

No entanto, em anos como 2011, estabelecer padrões elevados – e mantê-los – custa um preço às finanças da vinícola.

— É horrível. Pelo menos 90% de nossos custos são fixos. Simplesmente não temos todo esse rendimento — diz Harvey.