Bruno Siffredi, do estadão.com.br, e Gustavo Uribe, da Agência Estado

O ex-governador de São Paulo José Serra comentou nesta terça-feira, 24, a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apontou o senador mineiro Aécio Neves como 'candidato óbvio' do PSDB à Presidência em 2014. 'São opiniões dele. Não estou de acordo com algumas delas, mas não vou polemizar com um amigo', disse.

Fernando Henrique manifestou a preferência por Aécio em entrevista concedida para a revista inglesa The Economist. O ex-presidente ainda previu uma 'luta interna muito forte' entre o senador mineiro e o ex-governador paulista pela indicação do partido nas eleições nacionais.

Na semana passada, Serra anunciou aos aliados que não pretende entrar na disputa pela Prefeitura de São Paulo e disse que pretende focar nas questões nacionais, visando o projeto de disputar, pela terceira vez, a Presidência da República.

Em nota divulgada nesta terça, Aécio agradeceu a iniciativa de Fernando Henrique e disse que caberá ao partido escolher 'o melhor nome' para 2014. 'Agradeço a referência do presidente Fernando Henrique. O partido saberá definir o melhor nome, entre os vários de que dispõe, no momento certo, que, acredito, será após as eleições municipais.'

O mineiro acrescentou que o partido deve trabalhar para se fortalecer 'para além do alcance do discurso'. 'No momento certo, independentemente de quem será o nome, o PSDB estará em condições de apresentar um projeto ao país que faça o contraponto ao modelo de governança representado hoje pelo PT', concluiu.
Sem pressa. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também comentou a declaração de Fernando Henrique nesta terça-feira. Ele disse que existem 'grandes nomes' no PSDB, mas o tema precisa 'ser amadurecido e não há razão para essa discussão' a dois anos da eleição presidencial.

Alckmin respondeu com bom humor quando foi perguntado se a previsão de Fernando Henrique estava correta sobre o seu distanciamento da corrida presidencial. 'A minha modéstia não permite (comentar)', disse.

O governador participou nesta terça-feira de cerimônia de assinatura de decreto que regulamenta o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS), iniciativa que deve beneficiar cerca de 150 mil famílias de agricultores familiares, estimulando a produção e garantindo a comercialização dos produtos.