terça-feira, 13 de setembro de 2011

Selo fiscal do vinho passa a valer a partir de 2012

Mudança contentou os vitivinicultores, que temiam que a prorrogação afetasse o produto

Marcelo Beledeli
CACO ARGEMI/PALÁCIO PIRATINI/JC
No início do mês, setor pediu ao governador Tarso Genro apoio para alterar decisão da Receita Federa
No início do mês, setor pediu ao governador Tarso Genro apoio para alterar decisão da Receita Federa

A Receita Federal revogou a Instrução Normativa 1.188 de 30 de agosto de 2011, que estendia para janeiro de 2015 a obrigação para que os estabelecimentos atacadistas e varejistas em todo o País só possam comercializar vinhos nacionais e importados que contenham o selo de controle de que trata esta instrução normativa. Com a medida, a data limite volta a ser 1 de janeiro de 2012, como era previsto em legislação anterior.

Outra alteração trazida pela nova instrução está a exigência do uso do selo também para estabelecimentos artesanais e caseiros, não associados a cooperativas e com produção anual de até 20 mil litros de vinho. Na normativa publicada no final de agosto, esses empreendimentos estavam isentos da exigência.

A mudança contentou os vitivinicultores nacionais, que temiam que a prorrogação do prazo retirasse os efeitos positivos da implantação do Selo Fiscal para o setor, como proteção da qualidade e autenticidade do vinho. Na semana passada, representantes do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) reuniram-se com o governador Tarso Genro no Palácio Piratini.

O objetivo do encontro foi pedir ao governador apoio para levar à presidente Dilma Rousseff a posição dos produtores gaúchos quanto à necessidade de preservação dos prazos originais de adoção do selo.

O presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, também enviou mensagem para a presidente e o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, solicitando a anulação da instrução. "Já havíamos conversado com a presidente durante a Expointer sobre o assunto, e ela havia garantido que ia reverter imediatamente essa questão", destacou.

Para o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani, foi corrigido um equívoco. "Essa legislação é conhecida desde 2010. O primeiro prazo para adoção do selo, que era 1 de julho deste ano, já havia sido expandido para 1 de janeiro, não tinha razão para prorrogar por mais três anos", lembrou.

A principal preocupação dos produtores era em relação à circulação no mercado interno de vinhos importados por meio de contrabando ou sem o pagamento dos devidos impostos, o que prejudica a competitividade dos empreendedores que vêm se ajustando às normas para a aquisição do selo.

De acordo com Paviani, praticamente toda a indústria vinícola gaúcha já está adotando o selo fiscal. "Essa regularização talvez tenha contribuído para as elevações das vendas de vinhos, que chegaram a 7% de crescimento no primeiro semestre", destacou.

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