quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ibis quer virar hotel fast food

Ibis quer virar hotel fast food

O presidente da Accor, o francês Denis Hennequin, está aplicando a experiência em 25 anos de McDonald’s para transformar Ibis numa espécie de “fast food” da hotelaria

 
Divulgação
Entrada do hotel ibis na Colômbia
ibis Medelín: A rede francesa queria um especialista em gerir franquias

Rio de Janeiro - Imagine que você acaba de chegar numa cidade no exterior totalmente desconhecida. Você está faminto, mas não quer gastar muito nem experimentar, logo de cara, uma das iguarias locais. Avistar um letreiro familiar, como o McDonald’s, por exemplo, pode ser a salvação. Um olhar mais atento pode até detectar algumas diferenças na decoração ou no cardápio, mas ali não tem erro: você vai encontrar um sanduíche igual ou muito similar ao que já conhece. É um lugar parecido no imaginário dos turistas que o presidente mundial da Accor, o francês Denis Hennequin, quer garantir para a rede de hotéis Ibis, a bandeira econômica do grupo.

O executivo de 54 anos, que em 2009 trocou a direção do McDonald’s na Europa pela Accor resolveu aplicar o que aprendeu durante os 25 anos de carreira na rede americana de sanduíches. A primeira providência foi aumentar a presença mundial da marca Ibis. A solução passa pela conversão em hotéis Ibis de outras três bandeiras de segmento econômico da Accor: Etap, Formule 1 e All Seasons, todas do segmento econômico do grupo. “Não faz sentido ter hotéis com o mesmo DNA divididos em três bandeiras diferentes”, afirmou Hennequin a EXAME, durante visita ao Brasil.Com isso, até o início de 2013, o portfólio do Ibis quase dobrará, passando de atuais 933 hotéis para mais de 1.700, em 51 países. O objetivo é claro: tornar a rede Ibis em sinônimo de cama boa e barata -- uma espécie de fast food da hotelaria.

O paralelo entre o modelo do Ibis e o do McDonald’s comprova que Hennequin não foi escalado por acaso para assumir a Accor em 2010. A rede francesa queria um especialista em gerir franquias. O antecessor de Hennequin, Gilles Pelisson -- sobrinho de um dos fundadores da empresa nascida em Lille, no final da década de 60 --, saiu do comando da Accor por relutar em se livrar de hotéis próprios. Ele perdeu a queda de braço para os acionistas que queriam adotar a tendência mundial do setor: operar hotéis construídos por terceiros e crescer por meio de franquias. Dessa maneira, os pesados investimentos em construção e manutenção ficam com os investidores e proprietários dos imóveis. Atualmente, cerca de 54% dos mais de 530 000 quartos operados pela Accor estão sob esses dois tipos de contratos (operação e franquia). Hennequin recebeu a missão de acelerar a transformação para pelo menos 80% em 2015. As rivais americanas Whyndham, Hilton e Choice já estão perto de 100%. 

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