quarta-feira, 2 de maio de 2012

Febraban: mudanças na poupança são bem-vindas

Febraban: mudanças na poupança são bem-vindas

Setor espera que taxa Selic caia a 8,5% em 2012, o que pode fazer o governo alterar regras da caderneta

iG São Paulo

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) vê como "bem-vindas" as possíveis mudanças nas regras da poupança que o governo estuda fazer. A afirmação foi feita durante a coletiva para apresentação da Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado, realizada pela entre os dias 26 e 30 de abril, que projetou Produto Interno Bruto (PIB) com crescimento de 3,2% em 2012, segundo a mediana das expectativas de 31 bancos que participaram do levantamento.
A taxa básica de juros, a Selic, segundo os bancos que participaram da pesquisa da Febraban, deverá terminar 2012 em 8,50%, abaixo dos 9% atuais. Mas o setor acredita que a taxa voltará a subir em 2013, fechando o ano em 10%. "O que tem por trás (da previsão de que a Selic voltará a subir) é a expectativa de uma recuperação mais acentuada do crescimento da economia e do crédito", disse Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban.

O economista comentou a possibilidade de que o governo altere as regras da poupança, para permitir que a Selic continue em queda. Isso porque, se o rendimento da poupança (que não paga IR) se tornar mais atrativo que o dos títulos públicos, o governo teria dificuldade em vendê-los para rolar sua dívida. Sardenberg disse que uma mudança seria "bem-vinda". "É uma questão técnica, que no atual contexto seria um bom movimento. Atrelar a poupança à taxa Selic seria um boa alternativa, uma medida de fácil entendimento e aplicação", afirmou.

A Febraban manteve a postura e não comentou as declarações da presidente Dilma Roussef, que elevou o tom na guerra do governo para que bancos privados reduzam os juros cobrados a consumidores. A assessoria de imprensa do órgão, que mediava a coletiva online, disse apenas que estava "recebendo muitas perguntas" dos jornalistas sobre o tema, mas que a Febraban não comenta o pronunciamento ou os spreads do setor – a diferença entre a taxa que pagam ao captar recursos e a que cobram ao emprestá-los.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o levantamento mostra que a mediana das expectativas é de que a inflação oficial feche o ano em 5,1%. Para 2013, espera-se 5,5%. Para o dólar, a mediana das expectativas dos bancos é de que a moeda norte-americana fechará este e o próximo ano cotada a R$ 1,80.

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