segunda-feira, 30 de abril de 2012

10 pecados mortais para os empreendedores


10 pecados mortais para os empreendedores

Conheça os principais deslizes cometidos na hora de abrir um negócio e como se proteger

  

Stock Exchange
Homem deprimido com as mãos no rosto

São Paulo – A empolgação de quem está prestes a abrir uma empresa é enorme. Muitas expectativas acabam afastando o empreendedor da realidade e dão espaço para erros que podem afetar o sucesso do negócio. “Empreendedorismo é a grande disciplina que dá a percepção de tudo que a empresa precisa para ser tocada”, diz o professor Edison Kalaf, da Business School São Paulo.

Mesmo sem formação acadêmica, é importante fazer um checklist de pontos cruciais na hora de começar uma empresa. Da escolha do ponto comercial à capacidade administrativa, o empreendedor precisa colocar os pés no chão para não cometer pecados mortais para as pequenas empresas.

1. Não ter capital
O primeiro problema apontado por especialistas é a falta de dinheiro. Reinaldo Messias, consultor do Sebrae/SP, explica que é comum o empreendedor investir tudo o que tem para fazer o negócio funcionar e esquecer que os clientes não chegam tão rápido quanto ele gostaria. “Geralmente, leva tempo para o dinheiro entrar. Ele gasta o dinheiro imobilizando e não deixa nenhuma reserva para os problemas do negócio”, explica Messias.

2. Misturar despesas pessoais e empresariais
Outro problema que envolve dinheiro é o descontrole administrativo e contábil, muito comum em negócios de pequeno porte. O principal motivo é confundir o caixa da empresa com a própria carteira. “Tem empresas até médias em que gastos pessoais entram nas despesas da empresa. Essas contas são pagas com o lucro”, diz Kalaf. Esse problema geralmente leva o empreendedor a recorrer a instituições financeiras para cobrir dívidas e os juros podem matar o negócio.

3. Não ter capacidade administrativa
Os dois primeiro pecados estão relacionados a um problema ainda maior, que é a falta de capacidade administrativa. “O empreendedor pode ser um bom técnico, mas nunca viu um fluxo de caixa na vida. Ele não entende que o negócio dele tem custos perenes e faturamentos pontuais”, explica Kalaf.
O professor alerta ainda para a atenção que deve ser dada aos custos fixos. “O custo fixo vai ser executado independente da quantidade de produtos que vender. Trabalhando ou não, o custo fixo ocorrerá. Se ele for baixo, o empreendedor tem grandes chances de ser bem sucedido”, complementa.

4. Escolher mal o sócio
A escolha de um sócio é algo que parece simples em pequenas empresas. Geralmente, um amigo ou familiar topa entrar na sociedade. Nem sempre, no entanto, as coisas funcionam como se espera. “Escolher o sócio de forma incorreta é comum. Ou escolhe só por capital e o negócio não responde ou escolhe a pessoa pela habilidade e ela não entrega o que era esperado”, explica Messias.

5. Errar no mix de produtos
Um erro fatal em pequenas empresas é o mix de produtos. “Geralmente, o empreendedor escolhe com o próprio olho e não com o olho do cliente. Não foca em pesquisa técnica ou de opinião. Acha que sabe o que cliente quer”, analisa Messias. Acertar detalhes do ponto de venda, como características da região, do perfil de público e de produtos, é outro fator que merece a dedicação do futuro empresário.

6. Escolher um ponto ruim
A escolha do ponto para a instalação do negócio é crucial. Em tempos de altos preços e grande demanda, este é um dos momentos mais importantes da abertura. “A localização do teu imóvel é muitas vezes a razão do seu sucesso”, define Messidas.
Para Kalaf, avaliar a região pensando no tipo de negócio e na circulação de clientes é a chave para não errar. “Existem negócios, principalmente serviços, que dependem muito do ponto escolhido. Clínica, restaurante ou escola podem ser muito bem sucedidos em um lugar ou muito mal a duas quadras dali”, alerta.

7. Desconhecer o mercado
O pecado de instalar a empresa em um ponto comercial ruim está muito ligado ao desconhecimento do mercado. “O fato de ser um bom técnico não o credencia naturalmente a conhecer o mercado”, afirma Kalaf.

8. Apostar em modismos
Muitos empreendedores não têm uma ideia de negócio e acabam pegando um modismo da época na esperança de faturar alto com a onda. “Ele acha que vai arrebentar, mas a moda passa e ele fica na mão”, explica Kalaf. Para não cair na tentação de seguir as tendências que podem não se confirmar, o melhor é que a empresa tenha um planejamento de longo prazo, que garante um futuro mais sólido para o negócio.

9. Operar na ilegalidade
“Um negócio ilegal não para em pé”, define o professor da Business School São Paulo. Empreender sem seguir os trâmites legais e burocráticos não funciona. "Para ter uma empresa sustentável, tem que garantir que o negócio é legal e que ainda vai deixar uma margem para o empreendedor”, ensina Kalaf. A carga tributária é alta, mas também obrigatória. Por isso, burlar a lei pode causar problemas na justiça e acabar com o sonho do negócio próprio.

10. Não ser empreendedor
Nem todo mundo que pensa em abrir uma empresa realmente serve para isto. Ter atitude empreendedora é requisito básico para não escorregar no começo do negócio. “Tocar um negócio é bem diferente de executar a função específica do negócio. Uma coisa é produzir e outra é conseguir clientes, administrar, ter funcionários”, diz Kalaf. Para ele, não estar preparado para empreender é um problema da sociedade. “Nós deveríamos preparar melhor os profissionais para o empreendedorismo”, opina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vai sair de linha em 2019

Vai sair de linha!  Confira quais carros serão retirados do mercado em 2019 Listamos sete automóveis que deverão sair do mercado ou ganha...