segunda-feira, 30 de abril de 2012

A casa do futuro é verde


A casa do futuro é verde

Responsável por 40% do consumo de energia no mundo, padrão de edificação atual é insustentável. A boa notícia: tecnologia já está disponível e não há perda de conforto. Falta o mercado se adaptar

Cecília Ritto e João Marcello Erthal, de

Divulgação
Condomínio Pedro do Rio, em Petrópolis
Condomínio em Petrópolis: busca de certificação verde

Em uma área verde a duas horas do Rio de Janeiro começa a ganhar forma o que pode ser a casa do futuro. A água dos chuveiros e torneiras será reaproveitada para a descarga dos banheiros, e o esgoto passará por tratamento nas instalações de cada uma das oito residências do condomínio, na região de Pedro do Rio, distrito de Petrópolis.

O planejamento de iluminação, com amplas janelas e luzes de led de baixo consumo, deve reduzir a conta de energia elétrica em até 30%. O aquecimento de água é feito com placas solares. Apesar do padrão sofisticado, não há previsão de ar-condicionado. Em vez disso, há um telhado com cobertura vegetal, que reduz em 30% a variação de temperatura em relação ao ambiente externo. A primeira casa está em construção, e os preços começam em 1,1 milhão de reais.

O projeto, uma exceção nos padrões brasileiros, segue regras que já vigoraram na Europa e nos Estados Unidos, onde há cerca de 200.000 construções com o selo Breeam (Building Research Establishment Environmental Assessment Method), considerada a mais rigorosa certificação em matéria de exigências ambientais.

O condomínio Movimento Terras foi pensado para ser uma casa de campo de luxo. Mas morar e construir de forma “sustentável” caminha para ser o padrão em um futuro próximo. “Há quem pense que uma casa sustentável é algo de garrafas pet. Definitivamente, não é o caso”, diz o arquiteto Sérgio Conde Caldas, que coordenou os projetos do empreendimento.

O modo de vida em um mundo mais preocupado com o meio ambiente passa, necessariamente, por transformações na forma de morar e fazer casas. O padrão de edificação nos dias de hoje é algo altamente poluente – ou, para usar a palavra do momento, insustentável.

Prédios comerciais e residenciais são responsáveis por 40% do consumo anual de energia do mundo, por um terço dos recursos naturais consumidos pela sociedade – incluídos na conta 12% de toda a água potável da terra – e por 40% do lixo sólido. Os recursos são consumidos de forma inadequada na construção e ao longo da vida útil dos imóveis, com o alto consumo de energia para climatização, iluminação e aquecimento de água.

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