quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Brasil cai nove posições e fica em 85º em ranking de generosidade

Brasil cai nove posições e fica em 85º em ranking de generosidade

Pesquisa realizada em 153 países verifica se pessoas doam dinheiro à caridade, se realizam trabalho voluntário e se ajudam estranhos; Brasil está empatado com a Argentina.

O Brasil caiu nove posições e aparece em 85º lugar - empatado com a Argentina - em um ranking que classifica os países pelo nível de generosidade de seus cidadãos.
 
O índice, elaborado pela entidade Charities Aid Foundation (CAF), com sede no Reino Unido, é elaborado por meio de uma pesquisa que faz três questões: se a pessoa, no último mês, doou dinheiro a uma instituição de caridade, se ela realizou trabalho voluntário ou se ajudou algum estranho ou alguém que ela não sabia se precisava de ajuda.

Crianças participam de churrasco oferecido por advogados e estudantes de Direito do DF (Foto: Valter Campanato/ABr)
Crianças participam de churrasco oferecido por
advogados e estudantes de Direito do DF (Foto:
Valter Campanato/ABr)

A média simples do percentual das respostas positivas a essas três perguntas resulta no índice de cada país.
Assim, em 2011, o Brasil apresentou um índice de generosidade de 29%, com 48% dos entrevistados afirmando que ajudaram um estranho, 26% dizendo que doaram dinheiro a instituições de caridade e apenas 14% relatando participação em trabalho voluntário. Em 2010, o país apresentou um índice de 30%, ficando na 76ª posição.

Em termos de voluntariado, o Brasil caiu um ponto percentual em relação a 2010, ficando em 101º lugar, empatado com África do Sul, Bangladesh, Camarões, Itália, Mali, Marrocos, Moçambique e República Democrática do Congo.

O ranking é liderado pelos Estados Unidos, país que estava em quinto lugar em 2010. Em segundo lugar, aparece a Irlanda, que subiu uma posição em relação ao ano passado, seguida por Austrália (3º) e Nova Zelândia (4º), que, na pesquisa anterior, estavam empatados em primeiro lugar. O Reino Unido subiu três posições e é quinto.

As últimas posições do ranking são ocupadas por Croácia, Albânia, Grécia, Burundi e Madagascar, que tem o pior resultado geral.

A CAF calculou os índices com base em uma pesquisa realizada pelo instituto Gallup, que entrevistou mais de 150 mil pessoas em 153 países.

Melhora global
De acordo com a CAF, o estudo de 2011 indica um aumento na generosidade dos cidadãos dos países pesquisados, com um aumento do índice global de 31,6% em 2010 para 32,4% neste ano.

A entidade afirma que foi verificado um aumento na ajuda a estranhos e no tempo dedicado a trabalhos voluntários. Por sua vez, as doações em dinheiro tiveram queda.

Segundo a pesquisa, o maior aumento de generosidade em 2011 foi verificado na Ásia, com quatro das cinco regiões do continente apresentando melhora no índice.

A CAF recomenda aos governos que garantam a existência de ministérios responsáveis por promover ações de caridade mais efetivas, enquanto as empresas devem incentivar seus funcionários a participar de trabalhos voluntários e facilitar o apoio às comunidades locais.

Aos cidadãos comuns, a entidade pede que pelo menos 1,5% da renda individual seja destinado a caridade, com os mais ricos dando proporções maiores. Ela pede também que os doadores assegurem doações regulares às entidades e busquem maneiras eficientes de dar dinheiro, podendo fazer uso de mecanismos oferecidos pelo Estado como abatimento de impostos.

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