segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Natal será prova de fogo para a B2W

Natal será prova de fogo para a B2W

B2W: em março, a Lojas Americanas anunciou uma capitalização de 1 bilhão de reais na empresa, destinado principalmente a investimentos em tecnologia e novos sistemas de logística

São Paulo – 2011 é um ano que não deve deixar saudades para a B2W, dona de sites como Submarino e Americanas.com. A empresa vem enfrentando várias dificuldades, especialmente com logística e concorrência – além de ter que convencer o mercado de que 2012 será diferente.
Quando foi criada, em 2006, a B2W logo assumiu a liderança do mercado brasileiro de comércio eletrônico. Os problemas da empresa ficaram evidentes no natal de 2010, quando ela não conseguiu realizar várias entregas no prazo prometido, mas haviam começado antes disso, segundo Francisco Chevez, analista do HSBC. “O problema foi que eles não mudaram rápido o suficiente, e hoje há muitos competidores com serviços similares”, disse. De 2006 para cá surgiram novos rivais, como a Nova Pontocom, do grupo Pão de Açúcar, e o site do Carrefour.

Além da concorrência há a dificuldade com a logística. Há um problema de infraestrutura no Brasil que dificulta as entregas – mas esse empecilho existe para todas as empresas desse e de outros setores, e nem todas passaram pelo que a B2W passou com o Procon. No começo do ano, a empresa enfrentou uma série de reclamações e foi obrigada a suspender as vendas no estado do Rio de Janeiro. Em novembro, a companhia foi notificada pelo Procon de São Paulo devido a problemas reincidentes de atrasos nas entregas. Dos 40 milhões de reais de despesas da B2W geradas no primeiro semestre do ano, 80% do valor foram para pagamento de indenizações e honorários advocatícios.

Natal
A B2W começou a patinar justamente em um período de crescimento do consumo no Brasil. No primeiro semestre desse ano, 4 milhões de consumidores compraram pela primeira vez pelo e-commerce, segundo dados do e-bit.  “O mercado cresceu mais rápido do que eles esperavam”, disse Chevez. E as pessoas que usam um serviço novo e não ficam satisfeitas não cometem o erro pela segunda vez – além de reclamar e criar um efeito negativo. “Esse natal será o maior teste”, afirmou Chevez. Essa é a chance da B2W mostrar que pode fazer diferente – e cumprir os prazos.

Para isso, um time multidisciplinar, com dedicação exclusiva ao Projeto Natal vem trabalhando desde maio. Além disso, reuniões diárias de acompanhamento de clientes monitoram eventuais imprevistos, segundo a empresa. A B2W também realizou algumas mudanças em sua diretoria esse ano e, em março, a Lojas Americanas anunciou uma capitalização de 1 bilhão de reais na B2W, valor destinado principalmente a investimentos em tecnologia e novos sistemas de logística. No próximo ano, a empresa espera voltar a oferecer prazos de entrega competitivos, alinhados com o mercado.

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