quarta-feira, 20 de julho de 2011

Política - EUA

Câmara dos EUA aprova lei que limita futuros gastos federais

O texto, decididamente conservador, não tem chance alguma de ser adotado no Senado, onde os democratas detêm maioria

 
Win McNamee/Getty Images
Obama fala de plano de orçamento
Aprovado por 234 votos contra 190, texto assemelha mais a uma manobra política do que a uma solução real que resolveria o conflito sobre o limite da dívida federal

Washington- O campo republicano decidiu desafiar o presidente Barack Obama nesta terça-feira na batalha sobre o limite da dívida americana, com a aprovação na Câmara de Representantes de um plano radical para reduzir gastos e propor emendas na Constituição, a fim de equilibrar o orçamento federal.

O texto, aprovado por 234 votos contra 190, se assemelha mais a uma manobra política do que a uma solução real que resolveria o conflito sobre o limite da dívida federal, que chegou à cifra máxima de 14,3 trilhões de dólares.

Com efeito, esse texto, decididamente conservador, não tem chance alguma de ser adotado no Senado, onde os democratas detêm maioria. O presidente americano Barack Obama também anunciou oficialmente na segunda-feira que aplicaria seu veto no caso de esse texto ser aprovado.

Obama disse nesta terça-feira que conseguiu "alguns avanços", mas não resta muito tempo para continuar as negociações.

"Houve alguns avanços em algumas discussões. Houve aproximações (das posições) em alguns temas", assegurou Obama, advertindo também sobre uma eventual "reação negativa dos mercados" na ausência de um acordo.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou na segunda-feira que o plano dos republicanos consistia em "se esconder (diante de suas responsabilidades) e desmantelar (os programas sociais, o governo federal)". Através desse texto, os legisladores conservadores esperam poder afirmar diante de seus eleitores que tentaram reduzir de forma espetacular os gastos do Estado federal, uma de suas grandes promessas de campanha durante as últimas eleições de novembro de 2010.

O projeto prevê também "limitar" os gastos federais para cerca de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) e votar uma emenda constitucional exigindo que o orçamento federal mantenha-se em "equilíbrio". Os republicanos condicionam o aumento do teto da dívida à adoção dessas medidas.

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