segunda-feira, 18 de julho de 2011

Bolsa de valores

Mundial recebe US$ 50 mi de fundo com emissão privada de ações

Yorkville Advisors irá comprar os papéis durantes dois anos em várias tranches, diz empresa

 
Divulgação
Produtos da marca Hércules, da Mundial
Produtos da marca Hércules, da Mundial

São Paulo – A Mundial (MNDL4; MNDL3) irá receber 50 milhões de dólares de um fundo gerido pela americana Yorkville Advisors em um período de até dois anos por meio de várias emissões de ações, explica a empresa por meio de comunicado publicado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta segunda-feira (18).'

A informação havia sido antecipada pelo blog Blue Chips de EXAME.com. Segundo a empresa, o aporte irá "fortalecer sua base acionária além de promover a dispersão". O valor das ações a serem adquiridas não foi revelado. O cálculo será feito a cada tranche realizada durante o período de acordo.

Cada emissão privada terá o preço por ação calculado levando-se consideração o maior valor entre o equivalente a 97% da média, ponderada pelo volume, das 3 menores cotações diárias durante o período de 10 dias seguidos de negociação a partir do recebimento pelo fundo da requisição de subscrição da companhia.

"O fundo irá subscrever o saldo de ações não subscritos pelos acionistas que vierem a declinar do seu respectivo direito de preferência", destaca o diretor de relações com investidores e presidente da companhia, Michael Lenn Ceitlin, que assina o documento. As ações preferenciais da Mundial acumulam uma alta de 1195% neste ano, a maior da Bovespa até o momento.

Liquidez

Os papéis da Mundial têm, nas últimas semanas, registrado um volume superior ao de blue chips como a Petrobras. Em 30 de junho, por exemplo, as ações negociaram 290 milhões de reais em aproximadamente 34 mil negócios. A ação ordinária da Petrobras, que tem participação de 2,9% no Ibovespa, registrou um volume de 123,8 milhões de reais com 5.875 operações. A base de acionistas da Mundial disparou 76% em apenas três meses.

A empresa irá decidir sobre a entrada no Novo Mercado, o nível mais elevado de Governança Corporativa da BM&FBovespa, em 27 de julho. As ações preferenciais serão convertidas em ordinárias, na proporção de uma para 0,8.

Histórico

A reaproximação com o mercado começou após a Mundial concluir, no final do ano passado, o plano de reestruturação da empresa iniciado em 2003. O primeiro passo foi a contração da Compliance, uma consultoria de Relações com Investidores em abril.

A Mundial então resolveu organizar uma teleconferência com investidores e analistas para apresentar as estimativas da companhia para os resultados do ano, além dos planos de reestruturação da dívida fiscal.
A participação chegou a 70 pessoas. Após isso, a Mundial visitou cerca de 10 corretoras e bancos e, a teleconferência mais recente, realizada e, 20 de junho, foi acompanhada por 200 pessoas.

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