Nova York, 11 jan (EFE).- Os integrantes do movimento Occupy Wall Street comemoraram nesta quarta-feira a decisão da polícia de Nova York de retirar as barreiras que impediam o acesso à praça Zuccotti, onde permaneceram acampados até novembro do ano passado.

'Isto significa uma grande vitória os que acreditam na primeira emenda da Constituição. A praça deve estar aberta ao público', afirmou à Agência Efe um porta-voz do movimento, Mark Bray, que celebrou a retirada das medidas de segurança ao lado de 300 manifestantes, que chegaram à praça na noite de terça-feira.

A polícia retirou as cercas metálicas 24 horas após várias associações civis apresentarem uma queixa para o Departamento de Urbanismo de Nova York, no qual pediram que o acesso ao local fosse garantido a todas as pessoas.

'As barreiras, os postos de controle e as medidas de segurança seletivas não só despertam sérios problemas constitucionais, mas violam as leis de urbanismo da cidade', disse a diretora-executiva da União de Liberdades Civis de Nova York (NYCLU), Donna Lieberman.

O porta-voz dos 'indignados' disse que a retirada das cercas mostra que a queixa das associações civis não carecia de fundamento. 'Estamos felizes por poder voltar para o local onde tudo começou', acrescentou.

Os simpatizantes do movimento comemoraram a vitória passando a noite na praça. Na madrugada, a tensão voltou a se repetir quando alguns manifestantes resolveram se deitar em caixas de papelão. Pelo menos três pessoas foram detidas.

A proprietária do parque, a companhia Brookfield Properties, proibiu que qualquer pessoa acampasse no local após a polícia desalojar o logradouro em 16 de novembro, e desde então só é possível entrar na praça por dois lugares.

Donna disse que espera agora que o parque volte a ser o epicentro do movimento Occupy Wall Street, que há quatro meses começou a protestar contra o mundo corporativo e as classes mais ricas, que representa, segundo os manifestantes, apenas 1% da população.

EFE