quinta-feira, 14 de junho de 2012

Petrobras despenca quase 4% e Ibovespa fecha em queda

Petrobras despenca quase 4% e Ibovespa fecha em queda

Investidores não se mostraram satisfeitos com o novo plano de negócios da Petrobras, anunciado na manhã desta quinta-feira

Bovespa, Bolsa de Valores do Estado de São Paulo Bovespa praticamente ignorou o otimismo que tomou conta das bolsas americanas (Yasuoyoshi Chiba/AFP)
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) até tentou acompanhar o mercado internacional e registrar uma terceira alta consecutiva, mas a queda das ações da Petrobras prevaleceu. Os investidores ficaram insatisfisfeitos com os valores e diretrizes divulgados no plano de investimento 2012-2016 anunciado nesta quinta e venderam ações da estatal – que estão entre as mais negociadas da bolsa brasileira. Com isso, o índice de referência Ibovespa passou para o terreno negativo. No exterior, a expectativa de que autoridades monetárias adotem estímulos para incentivar a economia ditou o ritmo dos negócios.

O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira com declínio de 0,54%, aos 55.351,67 pontos. Na mínima, o índice atingiu 54.952 pontos (-1,25%) e, na máxima, 55.769 pontos (+0,21%). Com mais essa queda, a Bolsa reduziu o ganho no mês para 1,58% e ampliou a perda no ano para -2,47%. O giro financeiro ficou em 7,31 bilhões de reais.

Logo cedo, a Petrobras informou que os investimentos totais até 2016 somarão 236,5 bilhões de reais. Os investimentos previstos estão 5,2% acima do plano anterior (2011-2015), com investimentos de 224,7 bilhões de dólares. Do total, 60% dos investimentos (141,8 bilhões de dólares) irão para exploração e produção (E&P). Outros 27,7% (65,5 bilhões de dólares) terão como destinos as áreas de refino, transporte e comercialização. Segundo operadores, alguns anúncios não foram bem recebidos. O mais destacado é o aumento do investimento em capital fixo (capex).

Como resultado, a ação da petroleira amargou prejuízo de quase 4% nesta quinta. Petrobras ON teve perda de 3,97%, para 18,85 reais. Já a ação preferencial da companhia cedeu 3,81%, para 18,18 reais.
Essa queda, segundo uma fonte, praticamente anulou disputa com as opções da Petrobras, o que deve acabar limitando a tradicional briga entre comprados e vendidos em opções sobre ações que acontece na segunda-feira na BM&FBovespa. "Queimou o filme de eventual disputa do vencimento. Só amanhã (sexta-feria) não faz poeira e não irá recompor a perda de hoje (quinta-feira) para ter a briga", disse o operador de uma corretora paulista. A ação ON da petroleira fechou com declínio de 3,87% e a PN caiu 3,86%.

Já os papéis da Vale terminaram em direções distintas: o ON subiu 0,26% e o PNA caiu 0,11%.
No exterior, no meio da tarde, a agência de notícias Reuters publicou que importantes bancos centrais estariam preparando uma ação para fornecer liquidez aos mercados depois das eleições na Grécia, marcadas para o domingo, caso seja necessário. A Reuters atribuiu a informação a fontes no Grupo dos 20 (G-20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo).

A notícia levou as bolsas de Nova York a atingirem as máximas do dia. O índice Dow Jones encerrou com valorização de 1,24%, o S&P 500 avançou 1,08% e o Nasdaq subiu 0,63%.

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