quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ficha Limpa já tem 4 votos a favor e 1 contra no STF

Ficha Limpa já tem 4 votos a favor e 1 contra no STF

Votação decide se a lei que barra candidatos condenados por irregularidades de concorrer a cargos públicos será aplicada nas eleições municipais de 2012

 
Valter Campanato/ABr
Ministros do STF julgam ficha limpa
Ministros do STF, Luiz Fux e Cármen Lúcia, votaram a favor da proposta

São Paulo - O primeiro dia de retomada da votação da validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições municipais de 2012 no Supremo Tribunal Federal terminou com dois votos a favor e um contra a proposta.
 
Na sessão de hoje, as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber acompanharam integralmente o relator, ministro Luiz Fux, em seu voto pela constitucionalidade e aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2012, enquanto o ministro Dias Toffoli divergiu do relator, votando pela inconstitucionalidade da lei.
Dois dos 11 ministros (Joaquim Barbosa e Luiz Fux) já tinham votado pela aplicação da lei nas eleições deste ano em novembro, durante as primeiras sessões do julgamento, que foi interrompido duas vezes por pedidos de vista.

Ao justificar seu voto, o ministro Dias Toffoli afirmou que o problema com a Lei da Ficha Limpa é o fato de que outra justiça que não a eleitoral estará decidindo quem pode e quem não pode se candidatar. "O tempo não pára. Há risco de irreparabilidade do tempo histórico, da repetição daquela candidatura. Sempre estará presente o perigo da demora. A questão que me causa perplexidade na lei é a decisão injusta e inconstitucional antes do transito em julgado, antes da decisão judicial", disse Toffoli.

Apesar de ter divergido do relator em seu voto, Toffoli disse que está "balançando" em relação a alguns aspectos levantados durante o debate. Ele manteve o voto por escrito, mas disse que está aberto para reverter a posição.

Novata no STF, a ministra Rosa Weber conclui seu voto, dizendo que tem convicção da constitucionalidade da lei e diz que que não pediu vistas ao processo – como sugeriu um memorando que recebeu antes do início da votação - porque acredita que é necessário dar uma pronta resposta à sociedade.

Já a ministra Cármen Lúcia conclui seu voto acompanha integralmente o relator em seu voto, reforçando sua posição em relação à definição do que consiste a “vida pregressa” o réu: “o ser humano se apresenta inteiro quando se propõe a representar o cidadão”, disse, acrescentando que “a vida não se passa a limpo cada dia”.

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