quarta-feira, 8 de maio de 2013

Velocidade máxima

Velocidade máxima para veículos em áreas urbanas em xeque

Busca por soluções para o trânsito coloca em debate propostas antagônicas para limite de circulação de veículos

 
Velocidade máxima para veículos em áreas urbanas em xeque Diego Vara/Agencia RBS
 
 
A saída para reduzir o número de mortos e feridos no trânsito das grandes cidades está na redução drástica de velocidade nas áreas residenciais? Subir o limite de velocidade é uma forma de aliviar os congestionamentos nas regiões urbanas?

Em questão o debate se vale a pena acelerar ainda mais os veículos em uma época de atropelamentos em alta.

Um projeto que tramita na Câmara de Porto Alegre propõe uma velocidade máxima de 50 km/h nas vias arteriais, enquanto outro pretende aumentá-la para 70 km/h (leia mais na página ao lado). Na Europa e nos Estados Unidos, uma tendência reflete a opção que metrópoles estão aderindo. É o traffic calming (moderação do tráfego), ideia que se espalha aos poucos pelo mundo.

Em algumas cidades europeias e americanas, o trânsito passou a ser considerado uma influência maléfica no bem-estar das pessoas — devido aos acidentes, à poluição e à ocupação do espaço público. Pululam projetos que limitam o tráfego, seja por meio de diminuição de velocidade a até 30 km/h nas áreas residenciais, seja pela instalação de redutores físicos ou incremento no tamanho das calçadas.

O eixo central da proposta é minimizar os danos causados em acidentes. Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que o corpo humano tem alguma resistência a choques contra veículos que andam a até 30 km/h. Depois, a chance de morte aumenta progressivamente, a até quase 100% a partir dos 60 km/h. Isto é, "a segurança do pedestre depende diretamente do limite de velocidade", indica o sociólogo e consultor de trânsito Eduardo Biavati.

— O pedestre não tem mais onde caminhar, não tem calçada, é um resto no trânsito. Pensar em aumentar a velocidade máxima de 60 km/h para 70 km/h é absurdo — afirma.

Em Belo Horizonte, o conceito já foi aplicado em cerca de 20 projetos desde 2005, a maioria no centro da cidade. Um deles foi implantado na interseção mais importante da capital mineira, a das avenidas Afonso Pena e Amazonas. A analista de transporte e trânsito da prefeitura Liliana Hermont ressalta a importância da diferenciação da pista, que foi elevada para a faixa de pedestres e pintada de vermelho:

— O condutor percebe que entrou em área com proteção para pedestres. Os atropelamentos diminuíram.

No Brasil, Rio e São Paulo cogitam aplicar o conceito. Porto Alegre também pode ter em breve uma iniciativa de moderação no trânsito no Centro Histórico. O objetivo é melhorar acessos e controlar efetivamente a velocidade em oito ou nove cruzamentos.

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