EUA rejeitam cargas do Brasil e suco volta a subir em Nova York
Cenário: Ana Conceição
Os preços do suco de laranja concentrado e congelado voltaram a
subir na Bolsa de Nova York depois que a Administração de Alimentos e
Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) rejeitou 11 cargas de
suco - cinco do Brasil, seis do Canadá - que apresentaram resultado positivo
para o fungicida carbendazim. Testadas, essas cargas apresentaram 10 partes por
bilhão (ppb) ou mais do defensivo. A agência americana deu prazo de 90 dias para
que o importador destrua as cargas ou as reexporte para outros mercados. Com a
medida da FDA, a cotação do contrato março disparou 2,08%, para 210,90 centavos
de dólar por libra-peso.
A indústria fabricante de suco dos EUA, representada pela Juice
Products Association (JPA), reagiu dizendo que o produto importado é seguro e
que o governo americano considera livre de risco bebida com até 80 ppb de
carbendazim. Em comunicado, a entidade alertou que os Estados Unidos não
produzem todo o suco necessário para atender a demanda do país e que a indústria
precisa do produto concentrado importado para assegurar oferta adequada ao
mercado doméstico americano.
Outros mercados em Nova York registraram quedas expressivas por
causa de fatores técnicos. O contrato março do cacau perdeu 1,88%, para US$
2.406 por tonelada, com realizações de lucro após fortes ganhos na semana.
Apenas em janeiro, o preço da commodity subiu 12%. O açúcar perdeu 2,10%, para
24,21 centavos de dólar por libra-peso e o café recuou 1,07%, para 217,25
centavos de dólar.
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