sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Eduardo Campos: tão perto e tão longe

Eduardo Campos: tão perto e tão longe

"Há dois grandes circos armados por Deus: a vida e a morte. Os que têm fé afirmam que o da morte é limpo, asseado. Já a realidade é uma velha atriz cansada, com a maquilagem agressiva e a mania de dar más notícias”



Desde ontem, terça-feira, 12 de agosto, escrevi e apaguei três vezes um comentário que estava tentando fazer sobre a participação de Eduardo Campos no Jornal Nacional. Minha impressão foi de que os entrevistadores estavam mais preocupados com o efeito retórico de suas perguntas do que com os impactos das respostas para os eleitores. Queria dizer também que fiquei com a sensação de que os questionamentos, com construções e entonações temperadas com estupidez e fanfarronice, podem ter contribuído para irritar quem sabia do que eles estavam falando e enganar quem não sabia. Mas, agora, nada disso fará mais muito sentido.
Não fará sentido porque ninguém vai se importar com isso agora. E não fará sentido porque aquela noite ficará para sempre nos arquivos da história por outros motivos. O primeiro deles é o fato de ter sido o último registro de uma aparição pública de Eduardo Campos. Mas, mais que isso, foi um paradoxal adeus, que jamais poderia ser cogitado, nem mesmo pelo mais exímio leitor de entrelinhas, naquela que foi a primeira vez em que pode falar, sem as firulas das peças publicitárias, diretamente para todos os brasileiros. O país custou a acreditar e parece ter entrado em um estado de choque coletivo. Mas aquele acredito no Brasil era um estou indo embora.
Aquele avião que caiu em Santos era o de Eduardo Campos. Não, na verdade, é o que estão dizendo, mas não dá para saber ainda se é verdade. É, realmente, era o avião dele, mas ninguém sabe ainda se ele estava dentro. Disseram que algumas pessoas sobreviveram. Os aliados estão preocupados e confirmaram que desde o início da manhã não têm contato com o candidato. Tem um jornal e uns canais dizendo que ele morreu mesmo. Um deputado do partido confirmou. Morreu.
O luto pela morte de Eduardo foi para o primeiro lugar dos trending topics do Twitter, os canais de TV suspenderam a programação para cobrir o caso, os portais só estamparam notícias sobre esse assunto e, nos feeds de notícias do Facebook, nenhuma outra coisa conseguiu atenção.
Até agora, os motores de busca e monitores de redes sociais da equipe de comunicação da campanha do PSB devem estar catalogando cada palavra que é dita sobre o partido, a candidatura e, consequentemente, mesmo que sem querer, a tragédia. Burros, como toda máquina, devem estar explodindo em notificações de que as ações de ontem foram bem sucedidas. Não deu tempo de desligar.
Hoje deveria ser um dia de avaliação e estratégia. O dia seguinte àquele em que o candidato chegou mais perto. O amanhã do ontem em que entrou na casa dos brasileiros para conversar tête-à-tête e colocar sua desenvoltura de quem nasceu e se criou na política a serviço de seu maior desafio.
Sem sombra de dúvidas, nunca escreveram, falaram, leram ou ouviram tantas vezes o nome Eduardo Campos em um intervalo de tempo tão curto. Quem, até hoje, só sabia que ele era uma foto que aparecia na terceira posição dos gráficos das pesquisas de intenção de votos, agora sabe um pouco mais e – não duvido – pensa que até poderia vir a lhe dar seu voto.
No fim das contas, com exceção da tragédia, hoje aconteceu tudo que Eduardo Campos mais queria, mas jamais poderia – com a racionalidade que lhe parecia peculiar – considerar factível.
Já fiz várias críticas a certas posturas suas e não pretendia, pelo menos em primeiro turno, votar nele. Desconfiava do seu modus-operandi político agregador, que arregimentou quase todos os políticos de Pernambuco para sua base. E via uma grande contradição em seu discurso fervorosamente crítico a práticas das quais ele mesmo não conseguiu ou quis fugir.
Mas dei o braço a torcer, também, para reconhecer seus méritos. Foi um bom administrador, que contribuiu bastante para elevar o patamar da educação em Pernambuco, por exemplo. No âmbito partidário, deu relevância ao PSB, que deixou de ser um partido nanico, cresceu expressivamente em todo o país e chegou a 2014 como uma ameaça forte à hegemonia PT/PSDB no Brasil, que já dura 20 anos.
Minha relação com sua figura é um tanto esquizofrênica. Mas, ao mesmo tempo, acredito que suficientemente racional ao ponto de não permitir paixões nem ódios. Nesse momento de dor, a única coisa que me compete é o respeito.
Como escreveu seu pai, o escritor Maximiano Campos, no conto As Feras Mortas, “há dois grandes circos armados por Deus: a vida e a morte. Os que têm fé afirmam que o da morte é limpo, asseado. Mas ninguém, ainda, conseguiu sair dele e voltar para contar”. Já a realidade “é uma velha atriz cansada, com a maquilagem agressiva e a mania de dar más notícias”.
E ele continua, dizendo que no circo da vida “obrigam a gente a entrar na jaula do leão, dar saltos mortais, aplaudir os palhaços, ser o palhaço, e tudo isso sem repouso, mudando sempre de lugar”.
Agora, nem mais ator, palhaço, domador de leões ou dono do circo. Foi embora do picadeiro. Sumiu no escuro da cúpula da tenda quando subia para seu último salto. Ali, tão perto. Tão longe. Mortal.

Brasileiro quer comprar todos os LPs do mundo

Brasileiro quer comprar todos os LPs do mundo

O empresário Zero Freitas, de São Paulo, tem compradores espalhados pelo mundo e publica anúncios de “Compra-se coleções de discos. Qualquer gênero musical.”



O empresário brasileiro Zero Freitas, de 62 anos, está numa missão um tanto excêntrica: comprar todos os LPs do mundo. Segundo o jornal The New York Times, Freitas compra discos desde a adolescência, e não consegue parar. “Eu faço terapia há 40 anos para tentar entender isso”, afirmou o empresário dono de uma linha de ônibus em São Paulo. Ele conta que sua compulsão ficou mais forte depois de se divorciar da primeira esposa e de perder a coleção de discos de seus pais numa inundação.
O primeiro LP que comprou, em 1965, foi “Roberto Carlos Canta Para a Juventude”. Hoje, Roberto Carlos é o artista que mais se repete em sua coleção: são 1.793 cópias. Entretanto, Freitas não sabe a quantia exata de quantos LPs possui, são milhões de discos guardados em depósitos e no porão de sua casa.
Compradores espalhados no mundo buscam coleções de LPs para Freitas. Ele possui empregados em Nova York, México, África do Sul, Nigéria e Egito, que compram coleções de lojas que fecharam, críticos aposentados ou herdeiros de músicos. Freitas também tem empregados para gerenciar sua coleção e estagiários para catalogá-la. Mas a tarefa não é fácil quando o empresário não para de fazer novas aquisições. Um dos compradores de Freitas, Allan Bastos, diz que o trabalho de catalogação deve levar 20 anos.
Colecionador discreto, Freitas prefere fazer suas compras no anonimato. Mas não gosta muito do título, por ser muito eclético. “Um colecionador de verdade é alguém que tem como alvo algo específico, ou adere a um determinado gênero”, disse ele ao NYTimes. Muitas vezes, compra coleções inteiras sem inspecioná-las antes, o que lhe dá raridades valiosas e muitos discos repetidos. O comprador Allan Bastos estima que discos repetidos formam 30% de toda a coleção.
No entanto, os discos repetidos são importantes para Freitas. Ele afirma que 10 cópias de um mesmo disco, por exemplo, “são todas diferentes”. E mantem uma relação de carinho com suas milhares de cópias. O colecionador chega a se emocionar ao segurar seus LPs favoritos.
Freitas planeja transformar sua coleção em um arquivo sem fins lucrativos. Sua ideia é criar a empresa Emporium Musical, que funcionaria como espécie de biblioteca, com estações de escuta criadas entre os milhares de prateleiras e o empréstimo de cópias duplicadas.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Conheça as 18 melhores universidades do Brasil

Os EUA lideram o ranking mundial feito pela CWRU, com 221 instituições listadas entre as mil



O Center for World University Rankings, em tradução livre, Centro para Rankings Mundiais Universitários (CWUR), organização que realiza pesquisas comparativas entre instituições de ensino superior, divulgou sua lista das mil melhores universidades do mundo. Dentre elas, 18 são instituições brasileiras. As cinco primeiras no ranking mundial são três universidades dos EUA e duas do Reino Unido, sendo elas, respectivamente, Universidade de Harvard, Universidade de Stanford, Instituto de Tecnologia de Massachusetts (dos EUA) e as universidades de Cambridge e Oxford (do Reino Unido). A primeira instituição não norte-americana nem britânica é a Universidade de Kyoto, do Japão, 16ª na lista.
As instituições brasileiras que figuram no ranking estão localizadas, majoritariamente, nas regiões Sul e Sudeste do país.
Confira a lista abaixo:
Apenas três instituições da região Nordeste foram incluídas na lista, todas federais: a da Bahia, do Ceará e de Pernambuco. As outras instituições são todas das regiões Sul e Sudeste, com exceção da Universidade de Brasília. Somente o estado de São Paulo tem seis das 18 melhores brasileiras. Outras três estão no Rio de Janeiro. 

Critérios

A pesquisa analisa vários aspectos para estabelecer o ranking. No site da CWRU a metodologia utilizada é explicada em detalhes, mas, de forma resumida, pode-se dizer que os pontos principais que o estudo busca analisar são a qualidade da educação e treinamento oferecidos aos estudantes, o prestígio e notoriedade dos docentes no meio acadêmico (através do escrutínio de sua produção acadêmica e qualidade de pesquisas), além do nível de pesquisa e inovação de cada instituição, de forma generalizada.
A lista, em relação às Américas, é impressionante no que diz respeito à hegemonia absoluta dos Estados Unidos frente aos outros países, com 221 universidades listadas. O primeiro país a aparecer depois dos EUA e do Canadá é o Brasil, com a USP, que figura na posição 131, a melhor da América Latina.
Em relação aos Brics, o Brasil fica atrás de Rússia, China e África do Sul, na ordem de universidades. Em quantidade de instituições no ranking, porém, só perde para a China, que coloca 84 instituições na lista.
Para conferir a lista completa, acesse o site clicando aqui.

Fique milionário

Conheça a estratégia que pode tornar quase qualquer um milionário

Não é nenhum passe de mágica, apenas saber como e quando investir



Quando nos deparamos com milionários que fizeram fortuna sem dinheiro prévio, costumamos perguntar: "O que ele tem de especial?" Ou: "O que ela fez para conseguir todo esse sucesso?". Muitas vezes achamos que essas pessoas não são tão inovadoras, trabalhadoras ou criativas quanto outras que conhecemos, ou até nós mesmos. Questionamos se elas conseguiram dinheiro emprestado, ou até mesmo se estão envolvidas em atividades ilegais. Grande parte das vezes, porém, o sucesso financeiro não tem nada a ver com esses fatores. Qual é, então, o diferencial de quem "sabe fazer dinheiro"?
Em artigo para o Business Insider, Bill Edgar compartilha a estratégia que, na sua visão, pode tornar quase qualquer pessoa milionária. Não é necessariamente o método usado por todos que fizeram fortuna do nada, mas segundo Edgar é uma fórmula simples, baseada na ideia de ter "a estratégia certa". A tal estratégia é a seguinte:
Investimento diversificado + Pequenos depósitos em dinheiro + Tempo = Riqueza
Edgar explica que o princípio é o mesmo que as pessoas ricas usam para se tornarem mais ricas: em vez de trabalharem por dinheiro, essas pessoas fazem o dinheiro trabalhar para elas. A maioria das pessoas troca seu tempo por dinheiro, é assim que funciona em empregos comuns. O tempo do funcionário é vendido para o chefe, que o recompensa com o pagamento. Nesse caso, não há investimento.
O que as pessoas ricas fazem é diferente: elas procuram e encontram um bom investimento, aplicam seu dinheiro e, se escolherem bem, recebem deste investimento um retorno maior do que o que investiram. Elas reinvestem o que ganharam e continuam fazendo isso repetidamente. Assim se fazem muitas das grandes fortunas.
A estratégia do funcionário requer muito tempo e esforço, e as regras ficam na mão do empregador. Na estratégia do investidor, quem faz as regras é ele próprio. Na teoria, parece mais interessante. Mas se é assim tão fácil ficar rico, por que nem todos chegam lá? Bill Edgar atribui essa realidade, entre outros fatores, à forma como as pessoas enxergam o dinheiro.
Para ele, isso tem a ver com a forma como somos criados, nossa cultura. Ele diz que é mais provável que filhos de empreendedores abram seus próprios negócios também. E que pessoas cujos pais trabalharam para outras pessoas durante toda a vida, provavelmente seguirão pelo mesmo caminho. Claro que há exceções, mas o que Edgar destaca é que é mais fácil agirmos com o dinheiro da forma como conhecemos, como fomos ensinados, como a nossa cultura nos mostra. 
A estratégia do investimento pode começar com pequenas porções, e por isso Edgar defende que ela pode levar quase qualquer pessoa ao patamar de milionário. Investir em negócios variados ao longo do tempo, mesmo começando com pouco investimento, em longo prazo pode trazer resultados surpreendentes. Claro que todo o cuidado é preciso na hora de investir: parte do sucesso ligado a essa estratégia de enriquecimento é encontrar o local certo para aplicar o dinheiro.

Vai sair de linha em 2019

Vai sair de linha!  Confira quais carros serão retirados do mercado em 2019 Listamos sete automóveis que deverão sair do mercado ou ganha...