Este blog é destinado a ajudar as pessoas com deficiência física à comprarem um carro adaptado que ajudará em seus deslocamentos, pessoas condutoras ou não, todos tem direito.
Telefonia móvel alcança 256 milhões de linhas em julho no Brasil
Crescimento foi de 0,11% em relação ao mês de junho, segundo Anatel Terminais 3G totalizaram 53,95 milhões de acessos.
O Brasil encerrou julho com 256,41 milhões de linhas ativas na telefonia móvel, o que, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com 279,72 mil novas habilitações no período, representou um crescimento de 0,11% em relação ao mês anterior.
Terminais 3G totalizaram 53,95 milhões de acessos.
A região Norte é a que mais cresceu em teledensidade, com 0,44% de aumento. Com 195 milhões de acessos, a tecnologia GSM é a mais utilizada no país, com 76,19% de participação de mercado.
Prorrogação de IPI para carros ainda não está definida, diz Mantega
Ministro da Fazenda falou durante evento do BB em São Paulo. Ele falou que precisa se reunir com o setores para avaliar resultados.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira (17) que ainda não tem definição sobre uma eventual prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que expira em 31 de agosto.
“O IPI de agora está muito bem, nós não estamos pensando numa prorrogação do IPI, ainda tem mais de 15 dias”, falou, em tom de brincadeira.
Segundo ele, antes de tomar uma decisão sobre a prorrogação, é preciso avaliar ao final do período em que foi dada a exoneração qual é o resultado. “Precisamos ver o resultado do setor, a geração de empregos, porque uma coisa está acoplada à outra. (...) Tudo isso tem que ser avaliado e ainda não fiz as reuniões com os setores”, disse.
Em maio, o tributo foi reduzido para proporcionar melhores condições para a indústria em meio à crise financeira internacional – que tem derrubado as previsões de crescimento de todas as economias. A redução do IPI proporcionou recordes nas vendas em junho e julho.
Mantega negou que a questão esteja sendo discutida na reunião que ocorre nesta sexta-feira, em Brasília, com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), da qual o ministro, inicialmente, deveria participar. “Está sendo discutido o novo regime automotivo que deve ser concluído nas próximas semanas. São detalhes sobre o novo regime automotivo que vão estabelecer estímulos para, por exemplo, veículos que utilizem mais componente nacional, para veículos que são menos poluidores, que têm mais eficiência energética. Então, em função disso, é que nós vamos reduzir o IPI, mas não tem nada a ver com a coisa de agora. Para o futuro, quando a indústria automobilística estiver produzindo veículos mais eficientes em energia, estaremos reduzindo o IPI das suas taxas normais, mas é bom deixar claro: não é para agora. É para daqui a um ano, um ano e meio, dois.”
O ministro da Fazenda participou, nesta sexta-feira, de um encontro anual de superintendentes regionais e estaduais do Banco do Brasil, em São Paulo.
Recuperação da economiaMantega abriu a coletiva com a imprensa falando que há sinais claros de recuperação da economia, mas que ele ainda vê deficiência no crédito. “A recuperação da economia se torna cada vez mais nítida, nós já passamos o Cabo da Boa Esperança e no segundo semestre estaremos com uma economia crescendo mais do que foi no primeiro semestre”, disse.
Ele citou indicadores divulgados recentemente, como o resultado “extraordinário” do comércio varejista, os resultados da indústria automobilística, a geração de empregos e a previsão de crescimento divulgada pelo Banco Central.
“Ainda acho que temos que continuar tomando medidas e fazendo esforços para que haja consolidação deste crescimento. (...) Ainda estamos deficientes na área de crédito. Os bancos públicos estão tendo uma atuação muito boa e estão substituindo os bancos privados, que ainda não reagiram. Se os bancos privados já tivessem reagido, estivessem baixando juros, spread e aumentado o volume de crédito, estaríamos aquecendo mais rapidamente. O que nós precisamos neste segundo semestre é de uma expansão maior do crédito.”
Presidente do BC diz que economia vai acelerar neste semestre
Tombini participou de congresso de lojistas de carros em SP. Bancos têm condição de ampliar a oferta de crédito, disse o chefe do BC.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, se mostrou otimista com o desempenho da economia brasileira ao participar de um congresso de concessionários de veículos nesta sexta-feira (17), em São Paulo.
"A economia irá acelerar no segundo semestre do ano devido a dados recentemente divulgados do mercado de trabalho, de vendas no varejo e também indicadores mais amplos", declarou. Nesta sexta-feira (17), o BC divulgou o o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a "prévia" do PIB, com alta de 0,75% em junho sobre maio.
Outras medidas, como o desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros, adotado em maio, tiveram como meta estimular a economia. "Os efeitos dos estímulos ainda não se manifestaram plenamente sobre as atividades, mas a economia vem parcialmente respondendo a eles e essa resposta tende a se aprofundar", avalia Tombini. No caso dos automóveis e comerciais leves, foi registrado recorde de vendas para os meses de junho e julho.
Ao falar sobre crédito no XXII Congresso Fenabrave, o presidente do BC diz que vê margem para ampliação da oferta. "As instituições bancárias tem capacidade financeira para ampliar a oferta de crédito. O sistema financeiro nacional apresenta adequada liquidez", declara Tombini.
Para ele, o aperfeiçoamento do sistema de avaliação de riscos e o melhor compreendimento do perfil dos clientes permitirão que os bancos ampliem concessões de crédito com segurança. "O endividamento da economia brasileira não é elevado quando comparado com outras economias e as dívidas são de mais curto prazo, no momento", afirma. "As últimas informações disponíveis falam da retração da inadimplência no país. No que se refere ao financiamento de veículos, as concessões realizadas desde o segundo semestre de 2011 apresentam menores níveis de inadimplência."
No último dia 8, a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) divulgou que a inadimplência no financiamento de carros recuou após 17 meses de alta, encerrando junho em 6%. Segundo a entidade, durante o 1º semestre deste ano, 52% das compras de veículos foram realizadas com pagamento financiado.
Inflação
Tombini acredita que o crescimento econômico virá sem pesar na inflação. "Esse cenário de crescimento irá se materializar em um ambiente de preços sob controle, com inflação convergindo para a meta, embora essa convergência não seja um consenso linear", afirmou. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Ação do Facebook tem nova mínima e fecha em queda de mais
de 4%
Papéis atingiram valor mínimo de US$ 19,01 nesta sexta-feira. Empresa já
perdeu metade do valor desde o lançamento das ações.
As ações do Facebook voltaram a despencar nesta
sexta-feira (17), atingindo uma nova mínima, um dia após investidores anteriores
ao lançamento ações (IPO) da rede social receberem
autorização para vender seus papéis pela primeira vez.
O papel da empresa chegou a ser cotado durante o dia a US$ 19,01, queda de
50% sobre o preço inicial de US$ 38 definido no IPO. As ações do Facebook
terminaram o dia cotadas a US$ 19,05, em queda de 4,13%. O termômetro de
tecnologia Nasdaq subiu 0,46% nesta sexta-feira, para 3.076 pontos.
Desde o lançamento das ações, a empresa já perdeu cerca de metade de seu
valor de mercado. O
Facebook, maior rede social do mundo, tornou-se a única
companhia dos Estados Unidos a estrear em bolsa de valores com um valor de
mercado de mais de US$ 100 bilhões.
Mas desde então, os investidores têm se mostrado desiludidos com a falta de
um plano do Facebook para reverter uma desaceleração no crescimento de suas
receitas.
Desbloqueio
Mais de 270 milhões de ações detidas por
investidores anteriores ao IPO tornaram-se disponíveis para negociações na
quinta-feira, após o fim da restrição à venda desses papéis por 3 meses. O
volume representa mais da metade das 421 milhões de ações vendidas por ocasião
do IPO em 18 de maio.
Cerca de 62 milhões de ações do Facebook foram negociadas nas primeiras duas
horas de abertura do pregão desta sexta-feira.
Mais de 1,4 bilhão de ações adicionais mantidas por outros investidores
pré-IPO e funcionários do Facebook vão se tornar disponíveis para negociações
até o fim do ano, adicionado mais pressão sobre o valor da empresa.
Casal acompanhado por especialista em finanças passou de devedor a investidor em um ano
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Saindo do buraco: com truques práticos e básicos, livro ensina como organizar as finanças
São Paulo – Foi lançado esta semana o livro “Como passar de devedor para investidor - um guia de finanças pessoais”, escrito em conjunto pelo professor da Fundação Getúlio Vargas, Samy Dana, e seu ex-aluno de MBA, Fabio Sousa, sócio da FTN consultoria. O livro apresenta um método de organização financeira, recheado de truques já utilizados por clientes de Sousa.
Ao longo do livro, para mostrar como o método pode ser aplicado na prática, os autores usam o exemplo real de um casal de clientes. Com uma renda mensal de 7.000 reais mensais, o casal conseguiu pagar 11.271 reais de dívidas e investir 8.924 reais em exatamente um ano.
Samy Dana conta que o livro mostra as finanças pessoais como um balanço de uma empresa e apresenta os conceitos de forma simples. “É um livro para o público geral, não para especialistas em finanças, que usa uma linguagem de fácil leitura e pode ser lido rapidamente”, afirma.
Veja a seguir alguns “truques” apresentados no livro que prometem passar o leitor de um devedor a um investidor.
1) Não enxergue o controle financeiro como uma camisa de força
O controle financeiro é o principal conceito apresentado no livro. Os autores buscam mostrar como os pequenos gastos podem significar grandes montantes ao longo de um ano, não para condená-los, mas sim para deixar claro para o leitor qual é o destino exato do seu dinheiro. Uma vez feito isso, o leitor não precisaria reduzir todos os gastos, mas apenas passar a administrá-los da melhor forma.
“Se uma pessoa gasta 200 reais em um jantar, o importante é saber quanto este gasto representa no final do ano, se ela tiver dinheiro para isso e é algo que traz muito prazer, ela deve gastar. As pessoas entendem finanças pessoais como você ser pão duro, como fazer escolhas mais duras, mas não é isso, é o contrário: sabendo quanto custa cada coisa, eu passo a fazer escolhas a partir dos meus gostos e preferências”, explica Samy Dana.
2) Contabilize gastos parcelados como uma única parcela
Os autores sugerem que na planilha de gastos mensais, as parcelas de uma compra não sejam contabilizadas mês a mês, mas apenas no mês em que o gasto foi realizado. Por exemplo, a compra de uma televisão de 1.000 reais, parcelada em 10 vezes de 100 reais, seria computada na planilha de gastos do mês que foi comprada como um gasto de 1.000 reais e não como uma parcela de 100 reais.
Dessa forma, o leitor reservaria em um único mês 1.000 reais para a televisão, mas na realidade apenas 100 reais teriam saído da conta. Com isso, lhe restariam no mês seguinte 900 reais, no outro mês 800 reais e assim por diante. “O dinheiro fisicamente está na conta corrente, mas para o leitor, é como se ele deixasse de existir e a conta fica mais positiva. Assim, ele compra apenas o que teria dinheiro para pagar naquele mês. E, se ele não consegue pagar o valor total em um mês, nós sugerimos que ele adie aquele gasto para realizá-lo quando tiver capacidade efetivamente”, explica Fabio Sousa.
3) Identifique quais são as despesas semifixas e como reduzi-las
O livro propõe que todas as despesas sejam anotadas em uma planilha e que sejam divididas não apenas entre despesas variáveis e fixas, como geralmente é feito, mas também que haja uma terceira categoria, de despesas semifixas. “A despesa semifixa é aquela que você não consegue zerar, mas que pode reduzir. É o caso de uma conte de luz ou dos gastos com transporte", explica Sousa. As despesas fixas seriam apenas aquelas que têm o mesmo valor todo mês, como o condomínio, escola e a empregada doméstica; e as variáveis seriam os gastos com vestuário, lazer e outras despesas eventuais.
A vantagem de considerar esse tipo de despesa como semifixa é a possibilidade de tornar o orçamento mais flexível. Assim como os gastos variáveis podem ser cortados, as despesas semifixas também podem ser reduzidas.
O professor Samy Dana mostra, por exemplo, se vale a pena ter um carro, ou andar de táxi, dependendo das distâncias que o leitor costuma percorrer em um dia. “Eu falo quanto custa manter um automóvel em um ano e digo, por exemplo, que o gasto de um automóvel de 30.000 reais, que seria de 16.000 reais por ano, se estivesse em uma aplicação renderia juros. Assim, eu comparo se andar de táxi não seria mais vantajoso. Para uma pessoa que anda menos de 10 quilômetros por dia, por exemplo, andar de táxi é mais econômico”, diz.
4) Não espere o fim do mês para poupar
Depois de se livrar das dívidas e estar pronto para investir, o agora poupador deve reservar o montante destinado aos investimentos logo no início do mês, e não no final, aconselham os autores. “Depois que o leitor começa a entender quanto vai sobrar no mês seguinte, ele deve passar a poupar para investir logo no início de cada mês. Isto porque muitas pessoas que deixam pra fazer isso no final do mês veem que vai sobrar dinheiro e acabam gastando o que seria investido”, explica Sousa.
No livro, os autores apresentam quais seriam as melhores aplicações para quem está começando e sugerem principalmente investimentos em renda fixa. Há inclusive um apêndice dedicado apenas a explicações sobre as aplicações em Tesouro Direto.
5) Use o cartão de crédito de forma inteligente
Nem vilão, nem melhor amigo. Os autores fogem dos clichês do cartão de crédito para mostrar como usar os cartões de forma inteligente. Além da dica já comentada no item dois (de contabilizar as parcelas como um gasto único), eles orientam, por exemplo, que o leitor negocie as anuidades do cartão para que elas sejam reduzidas ou até suspendidas. E sugerem que, se houver um bom nível de organização e controle, pode ser vantajoso possuir três cartões de créditos diferentes.
“Se o cartão é pago em dia, não são cobrados os juros do rotativo e o cliente tem a vantagem de ganhar milhas que podem ser usadas para pagar muitas coisas. E o cartão pode até ajudar. Ter dois ou três cartões de crédito com vencimentos diferentes, permite que alguns gastos sejam distribuídos de uma melhor forma. Mas, para isso, é preciso ter boa organização”, diz Samy Dana.
6) Não desista do planejamento financeiro no primeiro mês
Sousa conta que quando seus clientes começam a fazer o planejamento financeiro e colocam sua previsão de gastos na planilha orçamentária, muitos não se conformam ao ver os resultados do primeiro mês. “No final do primeiro mês eles percebem que esqueceram um monte de coisas e alguns chegam a chorar porque não sabem onde o dinheiro foi parar”, explica. Ele diz que alguns desistem no primeiro mês porque acham que o planejamento é muito trabalhoso e querem resultados quase instantâneos.
O casal de clientes usado como exemplo no livro, segundo conta o autor, quando iniciou a consultoria estava com a conta corrente negativa em 500 reais, passou no fim do mês a 852 reais negativos para só no mês seguinte, depois de dois meses, terminar com um saldo positivo de 61 reais na conta corrente e 600 reais em investimentos. “As dívidas não se resolvem de uma hora para outra. Às vezes não é possível resolver a situação no primeiro mês. É preciso anotar todos os gastos, até os bem pequenos para ver como resolver o problema. E alguns deles só são percebidos no segundo mês de planejamento”, explica Sousa.
O livro “Como passar de devedor para investidor - um guia de finanças pessoais” custa 28,90 reais e pode ser comprado pela internet.
Multinacional queria impedir que rivais suíças vendessem cápsulas de café compatíveis com as máquinas Nespresso – por até um terço do valor
AFP Joseph Eid
Nespresso: Nestlé quer impedir empresas de vender cápsulas compatíveis à máquina Nespresso
São Paulo - A Nestlé perdeu nesta quinta-feira uma batalha jurídica na Alemanha para impedir que duas empresas continuassem a vender cápsulas de café compatíveis com as máquinas Nespresso.
De acordo com o jornal britânico Financial Times, o tribunal regional de Dusseldorf rejeitou o pedido de medida cautelar da Nestlé contra a também suíça Ethical Coffee Company – fundada por Jean-Paul Gaillard, um ex-diretor da Nespresso – e sua distribuidora, a Betron. Ambas vendiam no mercado europeu cápsulas de café individual por até um terço do preço praticado pela multinacional.
A Justiça alemã indeferiu o pedido com o argumento de que, ao comprar uma cafeteira da Nespresso, o consumidor também adquire o direito de operá-la como bem entender – inclusive usando cápsulas de outros fabricantes. A corte também destacou que, a despeito do fato de as cápsulas serem essenciais ao funcionamento da máquina da Nestlé, elas não são um componente-chave nem uma "invenção especial". “As cápsulas não são a parte funcional central das máquinas”, disse o tribunal.
Em nota, a Nestlé admitiu estar "desapontada" com a decisão. Ela, contudo, não está disposta a desistir. “Acreditamos na força de nossos argumentos jurídicos e vamos, portanto, continuar com a ação legal para proteger nossos direitos de propriedade intelectual", explicou.
Nos últimos meses, a multinacional impetrou ações legais contra dois produtos rivais da Nespresso em seu país-sede, inclusive contra uma subsidiária da Migros, a maior rede varejista suíça. Também em outros países, a Nestlé tem movido ações legais, como, por exemplo, as que envolvem a Sara Lee na França, Bélgica e Holanda. Em abril, a empresa venceu no Escritório Europeu de Patentes (EPO, inglês) um processo contra a companhia americana sobre a patente das máquinas de café e cápsulas da Nespresso. O EPO ratificou, com pequenas alterações, a patente que a Nestlé registrou em 2010 sobre como as cápsulas da Nespresso se acoplam às máquinas. Este e outros casos, contudo, não foram julgados em definitivo ainda.
A profusão de ações penais envolvendo o mercado de cafés individuais é uma demonstração de quanto esse mercado é lucrativo, mesmo numa época em que governos e cidadãos europeus cortam gastos.
Hospital brasileiro usa Kinect para fazer cirurgias
Como um hospital brasileiro transformou o controle de games da Microsoft em instrumento eficiente para ajudar nas cirurgias, diminuindo riscos para o paciente
Cauã Taborda, de
Getty Images
A equipe de tecnologia do Hospital Evangélico de Londrina começou a trabalhar no desenvolvimento de um software que utiliza o Kinect para Xbox acoplado a um PC
São Paulo - A missão é difícil. Envolve a realização de procedimentos cirúrgicos complexos, que requerem exames detalhados e muita concentração. É preciso estar bem preparado. Com gestos, imagens são ampliadas, exames são visualizados e os melhores trechos de um vídeo selecionados para ajudar nos detalhes da operação. Tudo deve ser feito muito rápido.
O paciente está sedado. Há cortes, sangue e o risco de infecção. Cada segundo é precioso para reparar uma coluna vertebral ou uma lesão cerebral. A cena não faz parte de nenhum game ou de séries de TV como Plantão Médico e House. Ela é real e já entrou para a rotina do Hospital Evangélico de Londrina, no Paraná, o primeiro centro médico brasileiro a desenvolver um método que utiliza o Kinect em salas de cirurgia.
Com investimento baixo e o esforço do time de médicos, o hospital criou o projeto Intera, que usa o controle da Microsoft que reconhece movimentos para inovar. E no hospital não é apenas a geração Y que se dá bem com a tecnologia. “Tenho 60 anos, mal uso o computador e me adaptei rapidamente”, diz o neurocirurgião Luiz Soares Koury, um dos responsáveis pelo projeto.
O Intera não surgiu com pretensões hollywoodianas de revolucionar a medicina. Luiz Koury conta que a solução foi criada para resolver um problema pontual. O centro médico paranaense queria acabar com o uso das chapas em filme e do antigo negatoscópio, um aparelho com iluminação especial que permite a observação das radiografias, usado em medicina praticamente desde a descoberta do raio X, em 1895.
“O filme radiológico está em extinção”, afirma Koury. “Nós tínhamos a necessidade de criar algo para substituir as chapas por uma versão digital, já oferecida pelos aparelhos diagnósticos em CD ou pen drives.”
Avanço da nova classe média prossegue, diz especialista
Apesar da desaceleração da economia, pesquisador da FGV Marcelo Neri reafirma projeção de que a classe C terá mais 12 milhões de pessoas até 2014
Consumidores no centro do Rio: oi a nova classe média que estabilizou a economia brasileira e fez crescer o Produto Interno Bruto, diz especialista
São Paulo - A expansão da classe média brasileira segue robusta, conforme dados apurados até junho, afirma o economista e coordenador do Centro Políticas Sociais (CPS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri. Em debate na 22ª Bienal do Livro, em São Paulo, ele reafirmou a projeção de que mais 12 milhões de pessoas ascenderão para esse segmento até 2014. Nas classes A e B, o número de entrantes chegará a 7,7 milhões. Neri não arrisca dizer, contudo, como será o comportamento dessas classes sociais de 2015 em diante. Entre 2003 e 2011, a nova classe média – que tem renda familiar de 1.700 reais – incorporou 40 milhões de pessoas.
Para Neri, foi a nova classe média que estabilizou a economia brasileira e fez crescer o Produto Interno Brunto (PIB) nos últimos anos em que tônica foi a crise internacional. “A classe média é o amortecedor interno da economia. Se ela quebrar, não sabemos para onde vai o país”, disse. O economista, autor do livro “A Nova Classe Média - O Lado Brilhante da Base da Pirâmide”, participou nesta quinta-feira de debate sobre o assunto.
2014 – Após a renda do brasileiro ter aumentado nos últimos anos, na esteira do crescimento econômico, o pesquisador não se arrisca a dizer como será sua evolução num intervalo de tempo mais extenso, a partir de 2014. “Estamos em um momento de pleno emprego, mas é arriscado dizer qual será a renda real das famílias da nova classe média”, disse.
Para Neri, por ora, não há sinal de que haverá reversão da ascensão social dos mais pobres. A classe média, aliás, ganhou força, segundo dados apurados até junho. De acordo com o economista, o mercado de trabalho faz mais diferença para o consumo destas pessoas do que o acesso crédito. “O que importa para elas é trabalhar e ter dinheiro no bolso para consumir”, explicou.
Novo consumidor – A nova classe média, hoje com maior poder de compra, tem tido acesso a bens e serviços que, anteriormente, eram restritos às classes A e B, tais como planos de saúde, escolas particulares e previdência privada. Neri lembrou que a má qualidade na oferta de serviços tem gerado nesse novo consumidor uma sensação de frustração. Na avaliação do especialista, é para essa insatisfação que as empresas têm de olhar. “Esta é a nova agenda no Brasil. As pessoas estão consumindo fortemente, e são exigentes”, afirmou.
Segundo Neri, os pacotes do governo para melhorar a infraestrutura do país – tal o programa de investimento de ferrovias e rodovias anunciado nesta quarta-feira – são de “extrema importância” porque esses novos consumidores aumentam os desafios do país. Em outras palavras, as pessoas estão consumindo o que antes não tinham acesso, como viajar de avião, por exemplo, o que tem aprofundado os gargalos dos aeroportos do país.
A alta da inadimplência verificada nos últimos meses não deve ser considerada o pior problema da classe C, na visão do economista. “O problema no Brasil não é de endividamento, mas sim as altas taxas de juros”, declarou. Outro problema, na opinião do pesquisador, é baixa taxa de poupança do brasileiro.
Comparações – Para o pesquisador, não é possível comparar a classe média americana à brasileira porque os perfis são muito diferentes. A renda das famílias e o tipo de consumo são bastante distintos. Neri relata que, desde 2004, quando houve o início da ascensão da classe média, o Brasil teve três saltos: mais pessoas tiveram acesso a cursos técnicos, houve aumento do número de pessoas com carteira assinada e a qualificação profissional também melhorou. Para o pesquisador, o acesso à educação é um avanço muito importante que contribui para a ascensão da classe C. "Quem olha para a classe média com olhar estrangeiro – de fora para dentro – não percebe o valor do que tem acontecido", disse. Essas particularidades representam outros elementos que não permitem equiparar a realidade brasileira com a americana.
O coordenador do CPS/FGV preferiu comparar o crescimento brasileiro ao de China e índia, que classificou como “invejáveis”. Contudo, na opinião do economista, no Brasil há um fator qualitativo: a redução da desigualdade. “No Brasil, o crescimento é mais sustentável porque temos a redução da desigualdade, que vem caindo nos últimos onze anos”, disse. “Este é o ingrediente brasileiro do crescimento”, comemorou.
STJ proíbe que polícias Federal e Rodoviária façam operações-padrão
BRASÍLIA e RIO - O Superior Tribunal de Justiça acatou nesta quinta-feira, 16, pedido de liminar do governo, considerou ilegal e proibiu a operação-padrão dos servidores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. O ministro Napoleão Nunes Maia Filho concedeu a liminar e impôs multa de R$ 200 mil por dia para as entidades sindicais que descumprirem a determinação.
A ação foi encaminhada ao STJ pelo ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, e pela Advocacia-Geral da União.
Na decisão, Maia Filho "proíbe" ainda que "sejam adotados cerceamentos à livre circulação de pessoas, sejam colegas do serviço público, autoridades ou usuários". "Ou seja, proíbo a realização de quaisquer bloqueios ou empecilhos à movimentação das pessoas, no desempenho de suas atividades normais e lícitas e ao transporte de mercadorias e cargas."
Para o ministro do STJ, a operação-padrão "é uma tática que provoca inegáveis perturbações no desempenho de quaisquer atividades administrativas".
Pouco antes da decisão do STJ, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, classificou a ação dos servidores da PF e da PRF como "sabotagem". Para ele, o movimento levou a uma situação "inaceitável" e por isso o governo entrou com a ação no STJ. Segundo dados do Ministério do Planejamento, os agentes da PF reivindicam reajustes de R$ 7,5 mil para R$ 18,8 mil nos salários iniciais e de R$ 11,8 mil para R$ 24,8 mil nos salários de final de carreira.
Mais cedo, ao participar de um seminário no Rio, o ministro da Justiça já havia deixado claro a irritação com as manifestações da PF. "Em aeroportos e estradas temos situações que ultrapassam o limite da legalidade, como uma pessoa aposentada que vai a uma unidade exercer poder de polícia que não lhe cabe. É uma ilegalidade afrontosa", afirmou.
Reajuste. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse ontem que R$ 14 bilhões é o número inicial com que o governo trabalha para conceder reajuste para os servidores federais das cerca de 30 categorias que estão em greve. Nos bastidores, integrantes do governo falam em margem para chegar até R$ 22 bilhões. O espaço orçamentário delimitado pelo governo, porém, não será capaz de atender nem à metade das reivindicações.
Além de ser bem abaixo dos R$ 92,2 bilhões necessários, segundo o governo, para atender a todas demandas, parte desse valor já está comprometida com os professores e técnicos administrativos das universidades e institutos federais. No Planejamento, também não há consenso sobre a concessão de um aumento linear de 5% para todos os grevistas.
As carreiras, únicas que até o momento tiveram propostas de reajuste, somam um impacto de R$ 7,1 bilhões ao Orçamento de 2013, o que deixaria menos de R$ 7 bilhões para serem negociados com as outras 34 categorias que também estão paralisadas - incluindo servidores do Executivo e Judiciário. Não há disposição por parte do Planalto, até agora, de conceder reajustes para as carreiras de Estado que já tiveram seus salários melhorados ao longo do governo Lula.
Grendene leva multa de mais de R$ 3 mi por anúncios abusivos
Marca recorreu da decisão. Processo foi movido pelo Instituto Alana
Reprodução
Grendene: marca foi multada em mais de R$ 3 milhões pelo Procon
São Paulo - A Grendene foi multada em R$ 3.192.300,00 pelo Procon por campanhas publicitárias abusivas dirigidas a crianças. A decisão, em 1ª instância, é resultado de uma denúncia feita pelo Instituto Alana em dezembro de 2009. De acordo com o Procon, a fabricante de calçados recorreu da decisão.
Procurada por EXAME.com por meio de sua assessoria de imprensa, a Grendene afirmou que não comentaria o caso.
As propagandas foram veiculados na TV em 2009 em meio à programação infantil, e eram protagonizadas por crianças. Mostrando personagens e brinquedos do universo infantil, os anúncios promoviam a venda desses produtos.
Segundo o Instituto Alana, no caso das linhas femininas Barbie Coleção Norte e Nordeste e Barbie Coleção Sul e Sudeste, Moranguinho Morangomix e Hello Kitty Fashion Time, as publicidades estimulavam comportamentos adultos.
Já as peças que promoviam as linhas de produtos masculinos misturavam situações cotidianas com fantasia, o que, segundo a entidade, podia confundir as crianças. Os comerciais das linhas Ben 10 Galaxy, Guga K Power Games, Power Rangers Action e Ben 10 hipervalorizavam a importância da imagem pessoal como valor, afirmou o Instituto.
Outro ponto protestado foi a suposta promoção de venda casada de sapatos e sandálias com brindes.
"Essa decisão não é definitiva, já que a Grendene apresentou um recurso e o processo ainda está em andamento", explicou Márcio Marcucci, diretor de fiscalização de Procon.
Caso seja condenada em 2ª instância, a marca tem um prazo de 30 dias para fazer o pagamento.
“Sem empresariado, não há dinheiro para infraestrutura”
Para Jorge Gerdau, governo é incapaz, financeira e gerencialmente, para melhorar condições de logística
R$ 300 bilhões. Este é o atraso em investimentos em infraestrutura calculado pelo empresário Jorge Gerdau Johannpeter. Segundo ele, que é o atual coordenador da Câmara de Políticas de Gestão do Governo Federal, a presidente Dilma Rousseff cunha uma estratégia para que esta cifra seja empenhada nos próximos oito anos.
Escaldada pela ineficiência do governo federal em investir no setor, Dilma pretende repassar quase que integralmente a conta para a iniciativa privada. Seja por meio de concessões ou de financiamentos no mercado de capitais. A motivação nasce na baixa execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que após seis anos ainda não está no ritmo desejado.
“Para dar um salto no nível de poupança interna existe dinheiro na iniciativa privada, mas não no governo. Nunca reduziríamos esse déficit de R$ 300 bilhões em infraestrutura sem o empresário nacional”, diz Gerdau.
Segundo sua estimativa, o nível de investimentos no Brasil gira em torno de 18% do Produto Interno Bruto. A estratégia pretende alavancar este número para além de 25% do PIB. “Para isso, o governo federal quer atrair o capital de risco”, comenta. “A primeira tentativa foram as debêntures de infraestrutura, mas elas precisam ser melhor trabalhadas”, completa.
O empresário também lembra que o país perde R$ 80 bilhões por ano com a falta de estrutura logística, cifra que está sendo “combatida” pelo governo federal. “O governo é incapaz de reduzir sozinho este déficit em infraestrutura. Por isso, precisa do poder financeiro do empresariado”, conclui Jorge Gerdau, que esteve presente em um seminário de educação promovido pela Fundação Nacional da Qualidade.
Governo anuncia plano de concessões de rodovias e ferrovias de R$ 133 bilhões
Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Passos, o programa prevê investimentos de R$ 56 bilhões em ferrovias nos seus primeiros cinco anos
O governo anunciou nesta quarta-feira um plano de concessões de rodovias e ferrovias com investimentos no montante de R$ 133 bilhões. Na cerimônia de lançamento, a presidenta Dilma Rousseff disse que o governo continuará induzindo o desenvolvimento do país, com a busca da melhoria da infraestrutura, para reduzir o chamado custo Brasil e tornar a economia mais competitiva.
A presidente destacou que a economia precisa ser cada vez mais competitiva, com uma boa infraestrutura, para baixar os custos de produção. Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Passos, o programa prevê investimentos de R$ 56 bilhões em ferrovias nos seus primeiros cinco anos.
O ministro anunciou também a criação da Empresa de Planejamento em Logística (EPL). Ela surgirá da transformação da recém-criada Empresa do Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav) e terá como presidente Bernardo Figueiredo, que teve um "papel decisivo" na elaboração do pacote de concessões rodoviárias e ferroviárias que está sendo anunciado, segundo Passos.
O ministro comparou a nova EPL, que terá um projeto de lei enviado ao Congresso, ao antigo Geipot - que era responsável pelo planejamento dos investimentos em transportes. "Temos a convicção de que o imperativo para o desenvolvimento do Brasil é a disponibilização de uma infraestrutura eficiente, com tarifas módicas", disse Passos, no início da apresentação do pacote de concessões à iniciativa privada de rodovias e ferrovias.
Segundo Passos, o governo está desenhando uma grande rede ferroviária de alta capacidade. Considerando todos os trechos, complementou, o governo vai abrir um grande corredor e poderá escoar mais de 5 milhões de toneladas de grãos e minérios. "Vamos fazer uma articulação por meio de ferrovias modernas entre o Nordeste, o Sul e o Sudeste", disse.
"Queremos resgatar as ferrovias brasileiras como alternativa de logística para o País e estamos trabalhando com a perspectiva de que não haja monopólio. A malha será compartilhada e, competitivamente, vai oferecer menores custos de transportes. A redução das taifas é um dos resultados que se consegue ao fazer melhor uso", afirmou.
O ministro explicou que a Valec, em nome do governo, comprará a capacidade integral de ferrovias em todo o País e fará uma oferta pública dessa capacidade, assegurando o direito de passagem dos trens em todas as malhas, dentro da perspectiva de modicidade tarifária. A Valec, segundo o ministro, venderá parte dessa capacidade aos usuários que quiserem transportar cargas, aos operadores independentes e aos concessionários.
Dos 10 mil quilômetros de ferrovias, 2,6 mil já estão mais avançados em termos de informações e estudos disponíveis, como o Ferroanel São Paulo trechos Norte e Sul, acesso ao Porto de Santos, Lucas do Rio Verde a Uruaçu, Estrela d'Oeste/Panorama/Maracaju e Açailândia/Vila do Conde. Os estudos serão concluídos até dezembro. As audiências públicas serão feitas em janeiro, os editais serão publicados em março, as licitações serão feitas em abril e os contratos serão assinados entre maio e julho.
Os demais segmentos, que configuram 7,4 mil quilômetros, são: Uruaçiu/Corinto/Campos, Salvador/Recife, Rio de Janeiro/Campos/Vitória, Belo Horizonte/Salvador, Maracaju/Mafra e São Paulo/Mafra/Rio Grande. Nesses trechos, os estudos serão concluídos até fevereiro, as audiências públicas serão feitas em março, os editais serão publicados em maio, as licitações serão feitas em junho e a assinatura dos contratos será feita entre julho e setembro.
O ministro lembrou que o BNDES terá papel fundamental no financiamento dessas ferrovias em condições favoráveis. As taxas de financiamento devem ser TJLP mais até 1%, com carência de cinco anos, prazo de 25 anos e grau de alavancagem entre 65% e 80%.
Ao STF, 25% dos réus do mensalão já admitiram caixa 2
Um em cada quatro advogados que falaram no Supremo usa a estratégia para livrar clientes de crimes mais complexos e com maior pena
Nove defesas, das 35 já apresentadas até o momento durante o julgamento do mensalão, admitiram diretamente ou indiretamente a existência de caixa 2 durante as campanhas eleitorais de 2002 e de 2004. A estratégia de associar o mensalão a um esquema de caixa 2 (gastos partidários não declarados à Justiça Eleitoral), adotada por um em cada quatro advogados dos réus, tem como objetivo acobertar os demais ilícitos apontados na denúncia da Procuradoria Geral da República, que vão desde formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, e estipular uma pena menor de um crime que, na prática, já estaria prescrito.
Os advogados admitem que, como se trata de um crime eleitoral, o caixa 2 deveria ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e não pelo STF. A pena para quem pratica o crime é de no máximo três anos, bem menor que a dos crimes listados na denúncia e, além disso, como o mensalão trata de práticas ocorridas há dez anos, o crime eleitoral já estaria prescrito. Se a hipótese de existência de caixa 2 for acatada pelos ministros do Supremo, durante a discussão do mérito, esse ato deveria voltar para um processo de investigação por parte da Procuradoria da República e novamente voltar a julgamento, mas desta vez pela Justiça Eleitoral.
Google Street View inclui 77 novas cidades brasileiras
A inclusão dessas cidades brasileiras faz parte do projeto da empresa de mapear 90% das ruas do país, iniciado em 2010
O serviço de mapeamento Google Street View, do Google, colocará no ar imagens capturadas em mais de setenta cidades brasileiras. O programa passou a incluir capitais que não estavam mapeadas como Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco), Natal (Rio Grande do Norte), Fortaleza (Ceará) e a capital federal, Brasília, passam a figurar entre as mapeadas no Brasil.
Outras cidades menores também constarão no serviço, como Cascavel (Paraná), Ribeirão Preto (São Paulo) e Paraty (Rio de Janeiro). Nem todos os municípios já estão disponíveis e a inclusão será feita de maneira escalonada. De acordo com o Google, até o fim da semana o acesso estará liberado para todos os usuários.
A inclusão dessas cidades brasileiras faz parte do projeto da empresa de mapear 90% das ruas do país, iniciado em 2010. Na ocasião, o Brasil se tornou a primeira nação da América do Sul a fazer parte do Google Street View.
Anatel proibirá operadoras de cobrar por nova ligação após queda
A proposta passará por uma consulta pública e votação no conselho da Anatel. Segundo a Anatel, a expectativa é de que a mudança passe a valer dentro de um mês
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançará uma medida que proibirá as operadoras de cobrar por uma nova ligação para o mesmo número quando houver queda da chamada.
Existe uma regra de que se houver queda até 30 segundos após o início da chamada, e em até 2 minutos a pessoa voltar a ligar para o mesmo número, a operadora só poderá cobrar por uma ligação. Entretanto, a Anatel deseja acabar com o limite de 30 segundos. Assim, se uma chamada, não importa a duração, cair e o cliente voltar a ligar em até 2 minutos, elas passariam a ser cobradas como uma ligação.
Além disso, a proposta estende o benefício a todos os planos, de qualquer operadora e independente se a ligação é feita de celular para celular, ou de celular para fixo. Hoje ela vale apenas para os planos básicos e de referência das empresas.
Imagem: Thinkstock
Segundo o G1, a medida passará por uma consulta pública e votação no conselho da Anatel. Segundo a Anatel, a expectativa é de que a mudança passe a valer dentro de um mês.
Nota do ensino no Rio Grande do Sul fica abaixo da projeção do MEC
Ideb da 8ª série manteve nota de 2009, com 4,1, abaixo dos 4,3 estimados. No ensino médio, nota baixou de 3,9 para 3,7 e não cumpriu projeção.
(Foto: Editoria de Arte/G1)
A qualidade de ensino do Rio Grande do Sul ficou abaixo do esperado pelo Ministério da Educação (MEC) para alunos da 8ª série e do ensino médio do estado. Nos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados nesta terça-feira (14), as escolas gaúchas mantiveram o desempenho de 2009 nas notas para alunos da 8ª série. O índice ficou em 4,1, dois décimos abaixo da projeção feita pelo MEC. Pela estimativa do governo, a nota gaúcha deveria chegar a 5,8 em 2021.
Criado pelo governo federal para medir a qualidade no ciclo básico de ensino, o Ideb calculado a cada dois anos a partir de uma relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho na Prova Brasil. Na quarta edição do índice, o Rio Grande do Sul aparece na 12ª posição no país para os resultados da 8ª série, atrás de Santa Catarina (4,9), São Paulo (4,7), Minas Gerais (4,6), Mato Grosso (4,5), Distrito Federal (4,4), Paraná (4,3), Acre, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Goiás (4,2) . O Rio Grande do Sul aparece empatado com Tocantins.
Na avaliação do ensino médio, o estado regrediu. A nota passou de 3,9 em 2009 para 3,7 em 2011. A projeção do governo era de 4,0. No ranking nacional, o escore do RS fica atrás de estados como Santa Catarina (4,3), Paraná (4,0), São Paulo (4,1), Minas Gerais (3,9), Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul (3,8).
A única boa notícia para a educação gaúcha é no ensino fundamental, em que a nota da 4ª série subiu 4,9 em 2009 para 5,1 em 2011 e cumpriu a projeção do MECl. A média é de 5,1 para escolas públicas e estaduais e 6,7 nas privadas.
Melhores e piores escolas
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Cruz, em Farroupilha, obteve a melhor índice entre as notas para a 8ª série. Com 6,8 em 2011, a nota subiu oito décimos em relação a 2009, o que faz a insituição ocupar a 17ª posição no ranking nacional de municípios.
Nome da escola e cidade (cinco melhores)
Ideb 2011
Ideb 2009
Posição nacional
EMEF Santa Cruz (Farroupilha)
6,8
6,0
17ª
Colégio Militar (Santa Maria)
6,8
7,3
18ª
Colégio Militar (Porto Alegre)
6,6
6,2
30ª
EMEF Imaculada Conceição (Guaporé)
6,5
5,5
36ª
EMEF São José (Flores da Cunha)
6,3
5,2
67ª
No outro extremo, o pior índice foi registrado pela Escola Municipal de Ensino Fundamental José Gonçalves da Luz, em Itaqui, na Fronteira Oeste. O colégio obteve nota 1,7 e ficou na 30.727 colocação.
Nome da escola e cidade (cinco piores)
Ideb 2011
Ideb 2009
Posição nacional
EMEF José Gonçalves da Luz (Itaqui)
1,7
-
30.727
EMEF Dr. Nicanor Kramer da Luz (Esmeralda)
1,8
4,0
30.664
EEEM Dr. Hector Acosta (Santana do Livramento)
1,9
2,3
30.580
EEEF Antão de Faria (Porto Alegre)
1,9
3,3
30.579
EMEF Prof. José Clair de Almeida Piegas (Maçambará)
A receita líquida da companhia ficou em R$ 6,842 bilhões entre abril e junho
Roberto Chacur
Sinergias devem chegar a 900 milhões de reais, calculam os analistas
São Paulo - A empresa de alimentos BRF Brasil Foods registrou lucro líquido de R$ 6 milhões no segundo trimestre do ano, 99% menos do que os R$ 498 milhões do mesmo período do ano passado, conforme comunicado divulgado na noite desta segunda-feira.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) diminuiu 28%, passando de R$ 786 milhões para R$ 565 milhões na mesma base de comparação. A margem Ebitda foi de 8,3%, 4,2 pontos porcentuais menor do que a de 12,5% no segundo trimestre do ano passado.
A receita líquida da companhia ficou em R$ 6,842 bilhões entre abril e junho, alta de 9% ante os R$ 6,294 bilhões do segundo trimestre do ano passado. A receita com vendas no mercado interno da BRF totalizou R$ 3,97 bilhões no segundo trimestre do ano. O resultado foi 7% maior do que a cifra de R$ 3,7 bilhões obtida nos meses de abril a junho de 2011. Já as exportações da companhia somaram R$ 2,872 bilhões, 11% acima dos R$ 2,594 bilhões contabilizados em remessas ao exterior no segundo trimestre do ano passado.
Para defesa de Jefferson, Lula "ordenou" o mensalão
Advogado do ex-deputado e atual presidente do PTB, Roberto Jefferson, afirmou que Lula era o "mandante" do esquema
Agência Brasil
O advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, defensor do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) no processo do mensalão, no STF: Lula era o "mandante"
Brasília - O advogado Luiz Fernando Corrêa Barbosa afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o mandante do esquema conhecido como "mensalão" e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abra processo contra ele. Barbosa defende o ex-deputado e atual presidente do PTB, Roberto Jefferson.
Barbosa destacou que três ex-ministros são réus, José Dirceu, Luiz Gushiken e Anderson Adauto, mas ressaltou que eles eram apenas auxiliares do ex-presidente. "Ele (Lula) não só sabia como ordenou o desencadeamento de tudo isso que essa ação penal discute aqui. Ele ordenou. Aqueles ministros eram só auxiliares".
O advogado citou a exposição de Roberto Gurgel, procurador-geral da República, de que o esquema ocorria no Palácio do Planalto. Para o advogado, dizer que Lula não sabia é uma ofensa ao ex-presidente. "Claro que sua excelência (Gurgel) não pode afirmar que o presidente da República fosse um pateta, um deficiente, que sob suas barbas estivesse acontecendo tenebrosas transações e ele não soubesse nada".
Barbosa destacou que Jefferson contou a Lula sobre o esquema e disse que este não tomou nenhuma medida para investigá-lo. Destacou que uma certidão emitida pela então chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, atual presidente da República, dava conta que nenhum procedimento foi aberto a mando de Lula.
O advogado afirmou que as provas apresentadas pela PGR são fracas porque o "mandante" ficou de fora e previu um "festival de absolvições". Destacou que Lula responde a uma ação civil pública relativa a uma suposta ação em favor do BMG para a concessão de crédito consignado a aposentados e pensionistas. O BMG é um dos bancos que fez os empréstimos que serviram para o pagamento a parlamentares.
O defensor de Jefferson pediu que a ação penal do mensalão seja convertida em diligência para que Lula seja investigado ou que se abra outro processo contra o ex-presidente. "Não é possível que um escândalo dessa dimensão passe lotado por essa Suprema Corte. Normas há, e essa decisão se pede".
Em sua decisão, o juiz alega que os representantes da rede social no Brasil mostraram-se dispostos "em colaborar com a Justiça Eleitoral" para construir ferramentas que evitem a utilização da rede social em uso indevido e fora das regras previstas pela Justiça Eleitoral
O juiz da 13º Zona Eleitoral de Florianópolis, Luiz Felipe Siegert Schuch, suspendeu no último sábado (11) as sanções impostas ao Facebook por descumprimento da legislação eleitoral.
Em sua decisão, Schuch alega que os representantes da rede social no Brasil mostraram-se dispostos "em colaborar com a Justiça Eleitoral" para construir ferramentas que evitem a utilização da rede social em uso indevido e fora das regras previstas pela Justiça Eleitoral.
Luiz Felipe Schuch disse ainda que a decisão de tirar o Facebook do ar por 24 horas, em caráter liminar, tomada na última sexta-feira (10), "não tem ou teve por objetivo o cerceamento de manifestaçöes de usuários sobre outros temas que não ofensivos ou violadores da legislação eleitoral".
No parecer de hoje, o juiz acrescentou que defender pontos de vista sob os mais variados temas não é proibido, desde que feito por pessoas devidamente identificadas e que não se escondam no anonimato.
O objetivo, de acordo com o juiz, é garantir a apuração da responsabilidade "sobre tudo o que se afirma e divulga". Desta forma, acrescentou Schuch, é possível garantir "um parâmetro ético mínimo no plano da liberdade de expressão no mundo virtual".
A decisão pela retirada do Facebook do ar decorreu do descumprimento de uma liminar anterior que determinou que fosse retirada do ar a página "Reage Praia Mole". A suspensão foi solicitada pelo vereador Dalmo Deusdedit Menezes (PP), de Florianópolis, que concorre à reeleição.
O parlamentar argumentou que houve veiculação de "material depreciativo" contra ele, feita de maneira anônima por um usuário. O juiz eleitoral também determinou a identificação das pessoas que criaram a página no Facebook.
Apple fez oferta de patentes à Samsung para licenciar tecnologias de smartphones e tablets
Sul-coreana teria rejeitado a proposta de US$ 30 por cada smartphone vendido e US$ 40 por tablets; informações constam na documentação apresentada durante processo por infração de patentes
Por Redação, Administradores.com
Uma das estratégias que a Apple está procurando adotar durante o processo contra a Samsung por infração de patentes é aparecer como uma concorrente 'camarada'. De acordo com documentos apresentados durante o litígio, a gigante de Cupertino teria feito uma oferta à Samsung para evitar disputas no tapetão: por cada smartphone vendido a sul-coreana pagaria US$ 30, e por tablets, US$ 40.
A oferta não foi feita por bondade. A Samsung é uma fornecedora estratégica de telas e outras peças que vêm embarcadas nos iPhones e iPads, já que outras companhias não atendem aos critérios de qualidade da Apple. "A Samsung escolheu imitar o arquétipo do iPhone", revela o documento, publicado na última sexta-feira (10).
A empresa, à época capitaneada por Steve Jobs, também ofereceu um desconto cumulativo de 20% se a Samsung fizesse um licenciamento cruzado de suas patentes de volta à Apple. No fim das contas, o que a sul-coreana teria de pagar giraria em torno de US$ 250 milhões em 2010 (sem considerar a evolução galopante do mercado de smartphones, o que certamente multiplicaria esse valor). Hoje a Apple quer receber da Samsung US$ 2,5 bilhões.
Outra frente combatida pela Apple é o sistema operacional presente na maioria das linhas de smartphone da Samsung, o Android, desenvolvido pelo Google. "A maioria das patentes da Apple é relevante para a plataforma Android [...] nenhuma delas foi autorizada", relata. Veja abaixo o documento apresentado pela companhia.
Quando a influência do fundador faz toda a diferença
A gênese da Dell se confunde com a história de muitas empresas de tecnologia. Um jovem - no caso, Michael Dell, de 19 anos - começou sua empresa a partir de seu quarto de dormitório na universidade. Vinte anos depois, em 2004, ele deixou a presidência da companhia, pensando que o caminho percorrido até ali seria suficiente para manter saudável a companhia que, à época, era a maior vendedora de computadores pessoais do mundo.
As "férias" de Dell duraram menos de três anos. Ele teve de voltar ao cargo no início de 2007 e permanece no posto até hoje. Isso porque a companhia demorou para perceber certas tendências nesse período. No fim de 2004, a também americana IBM anunciou a venda de seu negócio de microcomputadores para a chinesa Lenovo para focar nos serviços a empresas. A Dell, durante esse período, resolveu bater de frente com a concorrência chinesa e tentar competir no preço - uma estratégia que se mostrou equivocada.
Também em 2005, a falta de atenção no atendimento ao cliente fez a Dell sofrer uma humilhação pública, quando o americano Jeff Janis publicou um vídeo no YouTube com o título Dell Hell (O Inferno da Dell). Ele mostrava a odisseia necessária para a concessão de um reembolso de US$ 400 que a companhia prometia a compradores de laptops.
Segundo o diretor comercial global da Dell, Steve Felice, a empresa passou os últimos anos tentando voltar às origens. "Nosso objetivo sempre foi trazer uma proposta única de valor, como fez Michael Dell, que iniciou a empresa construindo uma máquina para a necessidade de um cliente específico", lembra.
A empresa também passou a prestar mais atenção ao serviço. Desde 2010, mantém a conta @Dellcares (a Dell se importa) no Twitter para responder a reclamações e tem trabalhado fortemente no desenvolvimento de seu pós-venda. Até Janis, o responsável pelo vídeo no YouTube, reconheceu as melhorias, embora tenha dito que nunca mais comprará um produto Dell. / F.S.
"Success case", "ready to market", "shelf life", "focus group". As palavras em inglês fluem naturalmente para Antonio Augusto De Toni, um catarinense com mais de 20 anos de experiência no setor de frigoríficos, que hoje ocupa o cargo de vice-presidente de mercado externo da Brasil Foods (BRF), empresa que surgiu da fusão de Sadia e Perdigão.
Todas às segundas-feiras, às 7h30 da manhã, Toni comanda uma conferência telefônica com 30 países, conectando 19 escritórios da companhia espalhados pelo mundo. Na reunião, repassam metas semanais, discutem cenários para o câmbio, trocam informações. A língua franca é o inglês, já que na BRF hoje trabalham funcionários de 25 nacionalidades, que falam 16 idiomas.
Fundada em Videira (Perdigão) e Concórdia (Sadia), cidadezinhas do interior de Santa Catarina, a BRF prepara-se para um voo internacional ambicioso. A empresa quer se tornar uma multinacional no sentido completo da palavra, a exemplo de Nestlé e Danone.
Dar esse salto se tornou quase uma necessidade para a BRF, que enfrenta dificuldades para crescer no Brasil depois que foi obrigada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a vender fábricas e marcas para reduzir a concentração de mercado criada pela fusão.
Com a intenção de alavancar a expansão internacional, a empresa contratou as consultorias Future Brand e Ipsos para traçar uma estratégia para a marca Sadia no exterior. Foram 180 grupos de trabalho, com 7 mil consumidores entrevistados em 20 países, em um estudo que começou no segundo semestre de 2010 e está sendo finalizado agora.
A Sadia vai ser posicionada como marca premium. Na África, por exemplo, a marca será "relançada" em 16 países. As embalagens foram reformuladas. Na Alemanha, o fundo amarelo denota produto barato e foi trocado pelo branco.
De acordo com Toni, esse é apenas o primeiro passo, porque o objetivo é levar para o exterior os três pilares que caracterizam uma multinacional: produção eficiente, marca própria e distribuição capilarizada. "Queremos replicar o 'success case' do Brasil lá fora", diz o executivo.
Pouco internacionalizada. A Brasil Foods vende para 140 países e possui sete fábricas no exterior, empregando 2.570 pessoas. É pouco. A empresa é a quarta maior exportadora do País, mas aparece apenas na 14.ª posição entre as empresas mais internacionalizadas em ranking da Fundação Dom Cabral.
No exterior, a BRF controla apenas 40% da sua distribuição e 38% do que foi vendido lá fora chegou com a marca Sadia ao consumidor. O restante foi direcionado ao mercado de food service (restaurantes e refeições corporativas). A produção é o pilar menos internacionalizado - apenas 5% da exportação são processados fora do País. A meta é chegar a 20%.
A empresa não pretende deixar de produzir os frangos no Brasil, que afinal é um dos países com menores custos do mundo, mas a industrialização no exterior dá flexibilidade para trocar sabores e aumentar o tempo de validade do produto na prateleira do supermercado.
Na troca de ativos com o Marfrig, para cumprir os compromissos assumidos com o Cade, a BRF levou fábricas na Argentina. A Perdigão já tinha comprado uma empresa na Europa, mas a Sadia foi obrigada a vender sua unidade na Rússia.
Agora a BRF está investindo US$ 120 milhões em uma fábrica em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Também quer montar uma unidade na China, onde acaba de fechar uma joint venture para distribuição, e já decidiu construir uma nova fábrica nas Américas, mas não revela o país.
De acordo com Wilson Mello Neto, vice-presidente de assuntos corporativos da BRF, na medida em que os países forem ganhando "musculatura" também vão conquistar independência administrativa. Na Argentina, a BRF já possui um CEO, que se reporta diretamente ao presidente da empresa.
Desafios. Criar uma marca global é uma tarefa dificílima. Companhias brasileiras que se tornaram gigantes no exterior cresceram comprando marcas já consagradas. É o caso da AB Inbev, que comprou a Budweiser nos Estados Unidos em vez de levar a Brahma para brigar lá fora.
"Hoje o avanço nas tecnologias de produção fizeram com que os atributos funcionais dos produtos sejam muito parecidos em qualquer lugar do mundo. O segredo da marca são os valores subjetivos que estão embutidos", diz o professor da FIA/Provar (Programa de Administração de Varejo), João Lazzarini.
Para Eduardo Tomiya, diretor-geral da Brandanalytics, um dos principais desafios da BRF será convencer as redes de varejo no exterior a cederem espaço na gôndola para a marca Sadia, que ainda é pouco conhecida em muitos mercados. "O relacionamento com o varejo já é difícil no Brasil. Imagina lá fora", diz.
O pessimismo em relação ao crescimento da economia brasileira já contaminou 2013, inclusive em setores do governo. O segundo semestre de 2012 mal começou e a perspectiva de retomada mais vigorosa da atividade econômica no ano que vem perde força com os sinais de que as medidas de estímulo ao crescimento não estão surtindo efeito na velocidade esperada.
A economia não reage como o planejado e, segundo admitem alguns técnicos, a presidente Dilma Rousseff corre o risco de ver um Produto Interno Bruto (PIB) mais forte só em 2014, último ano do seu governo. Embora os integrantes da equipe econômica se esforcem para manter em público o discurso de otimismo, internamente o ceticismo já se instalou. Há grande preocupação com o risco de o PIB deste ano fechar abaixo de 2%, possibilidade que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, classificou recentemente de "piada", que, por enquanto, não pode ser descartada.
O que já se sabe é que o processo de retomada se dará lentamente. Isso se o cenário global não piorar mais. Fontes do governo ouvidas pelo Estado relataram que o cenário não é positivo e que há grande incógnita principalmente em relação aos efeitos da crise no mercado de trabalho - ainda preservado no Brasil.
Se o emprego for atingido, o quadro se complica. Um dos indicadores que chamam a atenção é o atraso das encomendas de Natal, que tradicionalmente começam a ser feitas à indústria neste período do ano. "Ainda não estamos vendo boa recuperação no terceiro trimestre", admite uma fonte do Ministério da Fazenda.
Há indicações de que as condições de crédito, que ainda não deslancharam, podem atrasar ainda mais a recuperação, apesar de a Selic estar no mínimo histórico. Essa preocupação levou Mantega, na semana passada, a reunir os dirigentes dos maiores bancos para pedir expansão do crédito. Novas medidas na área estão em estudo no governo, segundo fontes.