The Economist compara estados brasileiros a países e chama Brasil de "Italordânia"
Revista compara também situação econômica de 1950 e 2014, anos em que o Brasil sediou Copas do Mundo
Em 1974, para explicar a disparidade econômica existente no Brasil, o economista brasileiro Edmar Bacha criou o termo "Belíndia". Isso queria dizer: uma pequena e rica Bélgica cercada por uma grande e pobre Índia. O The Economist, para explicar melhor o conceito, criou um mapa interativo comparando os estados brasileiros a diferentes países. A conclusão a que chegou foi de que não somos mais uma "Belíndia", mas uma "Italordânia".
O que se descobriu durante a produção do mapa foi que as partes mais ricas do Brasil não estão hoje exatamente nos nívels belgas de riqueza e distribuição de renda. Nosso nível é comparável ao da Itália. Já na comparação da parte mais pobre do país, o texto diz que a Índia é muito mais pobre do que os estados mais desfavorecidos do Brasil, Maranhão e Piauí. As economias desses dois estados são comparadas à da Jordânia.
A revista compara também a situação econômica dos estados brasileiros em 1950, ano da primeira Copa do Mundo no Brasil, com 2014, ano em que, novamente, o país sedia o evento. Na época, Maranhão e Piauí tinham o mesmo nível de pobreza que o Afeganistão pós-guerra de 2011.
De todos os 26 estados e do Distrito Federal, 10 ainda eram mais pobres que a Índia em 2011, ano de referência considerado para a composição do mapa atual. O Rio de Janeiro, capital do Brasil na época da Copa de 1950, era tão rico quanto o Peru. Agora, alcançou o país báltico Estônia.
Vale lembrar que o mapa utilizou como base o PIB per capita dos estados e dos países comparados. O PIB per capita é a soma de todas as riquezas de uma dada região devidida pelo seu total de habitantes.