Veranistas não esperaram liberação da
Fepam Crédito: Tarsila Pereira
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Apesar de o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Renováveis (Ibama) ter encerrado os trabalhos técnicos de emergência
ambiental, no sábado, em Tramandaí, no Litoral Norte, por causa de um
vazamento de óleo, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) mantém a
orientação aos veranistas que evitem se molhar nas águas da região até que a
Transpetro envie os resultados da análise do material recolhido. O relatório da
balneabilidade das praias gaúchas, feito pela Fepam, está previsto para ser
divulgado neste domingo.
Contudo, o químico do setor de emergência da
fundação Luiz Fernando Guaragni explicou que nesse estudo há apenas a observação
sobre microorganismos e não sobre a contaminação por óleo. Por isso, somente
depois que a Transpetro passar as informações, será possível liberar a área para
banho. Porém, os veranistas já voltaram à orla na manhã de domingo.
Apesar do vento e da bandeira vermelha, muitas pessoas entraram na água,
inclusive crianças.
De acordo com o superintendente-regional do Ibama,
João Pessoa Moreira, foram feitos dois sobrevoos de Tramandaí e os técnicos não
identificaram presença de óleo. “A equipe deixou a praia, mas o monitoramento do
mar continua”, afirmou. Moreira informou que a Transpetro terá que enviar
relatórios diários, a partir de hoje, sobre as condições da praia para o Ibama,
para a Fepam e para a Marinha. A Transpetro encerrou o trabalho de limpeza da
praia nesse fim de semana e informou que recolheu 1,2 metros cúbicos de óleo do
local. Na manhã de quinta-feira, foi detectado um vazamento de na monoboia do
Terminal de Osório, em Tramandaí. Na quinta-feira, a Pelotão Ambiental da
Brigada Militar encontrou cerca de dez animais mortos na areia.
Segundo o
comandante do Pelotão, tenente Reinaldo Araújo, pelo menos a morte de um deles,
um siri, teve relação com o acidente. “Ele estava com óleo”, disse. A empresa
responsável pelo vazamento disponibilizou o telefone 0800-78- 9001 para que as
pessoas que se sentirem prejudicadas entrem em contado. De acordo com a
Transpetro, em todos os casos será avaliada uma forma de ressarcimento.
A dona do Quiosque da Gorda, Leoni da Rosa, é uma das pessoas que
tentará recuperar o prejuízo de ter ficado praticamente sem clientes na
sexta-feira e no sábado. “O movimento foi reduzido em quase 90%”, estimou.
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