Vazamento de óleo no RS pode ter causado morte de vários animais
Patrulha Ambiental encontrou aves, peixes e até tartaruga na beira da praia.
Derramamento ocorreu a cerca de seis quilômetros da costa de Tramandaí.
Ave com manchas de óleo foram achadas na praia de Tramandaí (Foto: Adriana Franciosi/Agência RBS)
O vazamento de petróleo no mar de Tramandaí, no litoral norte do Rio Grande do Sul, pode já estar causando impactos na fauna local. Nesta sexta-feira (27), um dia depois do acidente, a Patrulha Ambiental da Brigada Militar afirmou que encontrou peixes, aves, siris e até uma tartaruga mortos na beira da praia.
Segundo as autoridades, alguns dos animais apresentavam manchas de óleo. Os animais foram encaminhados para o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Imbé, onde laudos vão confirmar se as mortes têm ou não relação com o acidente ambiental.
O vazamento ocorreu na quinta-feira (25), durante uma operação de descarregamento de petróleo do navio para uma monoboia da Transpetro, localizada a cerca de seis quilômetros da costa. Segundo a companhia, o volume de estimado de óleo derramado é de 1,2 mil metros cúbicos, que correspondem a cerca de 1,2 milhão de litros.
De acordo com técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a maioria do petróleo derramado foi levado para a beira da praia, em uma faixa de cerca de 3,5 quilômetros de extensão, que vai da plataforma de Tramandaí até a barra de Imbé, na divisa com o município vizinho. Manchas de óleo também foram vistas por salva-vidas em outras praias do litoral norte gaúcho, como Capão da Canoa e Atlântida.
Após a remoção dos resíduos de óleo na areia, a Fepam instalou placas na área atingida alertando os banhistas para as condições impróprias para banho. Neste sábado (28), o órgão deve divulgar um relatório de balneabilidade das praias. O vazamento está sendo investigado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Polícia Civil. O Ministério Público afirmou que entrará com ação judicial cobrando indenização por danos morais para comerciantes e veranistas que se sentirem prejudicados pelo vazamento.
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