Marca de calçados criada em Novo Hamburgo ganha espaço em outros Estados
Empresa VillaGet é fruto de um projeto social criado no interior do município
Marca tem design inovador e utiliza materiais
alternativos Foto: Miro de Souza / Agencia
RBS
Álisson Coelho
O nome de uma das vilas mais pobres de Novo Hamburgo começa a ser visto em
lojas de vários Estados do país. E não se trata de assistencialismo por parte
dos lojistas: a VillaGet, fruto de um projeto social criado na Vila Getúlio
Vargas, destaca-se no mercado pelo produto.
Com um design inovador e utilizando materiais alternativos, a marca fabricada pelos jovens do projeto está ganhando as vitrines. Mais do que o conceito social, o que tem atraído compradores de lojas do Espírito Santo, de São Paulo e do Rio de Janeiro é o design e os materiais utilizados na fabricação dos produtos.
Com isso, a VillaGet conseguiu espaço nas maiores feiras do país e hoje expõe sua produção em eventos como a Couromoda e a Francal. Nas 15 lojas que vendem a marca, um tênis fabricado pela VillaGet custa em média R$ 140.
O crescimento do projeto também se reflete em novos mercados que começam a ser abertos. Uma loja do Paraná realizou pedidos, e a marca foi procurada por uma grife de luxo que pretendia colocar sua etiqueta nos modelos. Para os idealizadores do projeto, no entanto, é fundamental que o nome criado pelos jovens chegue às vitrines.
Na fábrica, localizada em um beco sem saída no meio da vila, não há nenhuma placa pedindo profissionais. Toda a mão de obra é formada no projeto iniciado em 2004. Mais de 60 jovens passaram pelas oficinas, onde é ensinado todo o processo de fabricação de calçados.
— Inicialmente, trazíamos brinquedos e distribuíamos sopa aqui na vila. Com o tempo, tivemos a ideia de formar profissionais, dar um novo rumo para esses jovens — afirma o sociólogo e designer Mário Pereira, líder do projeto.
Depois de formados, os moradores da comunidade podem procurar emprego em fábricas do município ou entrar na CooperGet, uma cooperativa fundada para fabricar os produtos da marca. Todos os 10 jovens que fabricam os sapatos e bolsas recebem de acordo com o volume do que é vendido, e a cada seis meses é feita uma divisão dos lucros.
Além do aspecto social, a VillaGet se diferencia pela utilização de material reciclado na confecção de boa parte do que produz. Com isso, o projeto conseguiu diminuir custos e chamar a atenção de consumidores preocupados com o meio ambiente. Muitos dos tênis, bolsas e carteiras que a marca leva às lojas são feitos a partir de raspas de couro, pó de serragem, lona reciclada e até mesmo um tecido fabricado com garrafas pet.
— Nosso público é formado por pessoas que podem comprar qualquer grande marca. Mas são pessoas interessadas em saber de onde veio esse produto, por quem ele foi fabricado, quais os materiais que foram utilizados. É aí que nós nos destacamos — afirma Pereira.
Com um design inovador e utilizando materiais alternativos, a marca fabricada pelos jovens do projeto está ganhando as vitrines. Mais do que o conceito social, o que tem atraído compradores de lojas do Espírito Santo, de São Paulo e do Rio de Janeiro é o design e os materiais utilizados na fabricação dos produtos.
Com isso, a VillaGet conseguiu espaço nas maiores feiras do país e hoje expõe sua produção em eventos como a Couromoda e a Francal. Nas 15 lojas que vendem a marca, um tênis fabricado pela VillaGet custa em média R$ 140.
O crescimento do projeto também se reflete em novos mercados que começam a ser abertos. Uma loja do Paraná realizou pedidos, e a marca foi procurada por uma grife de luxo que pretendia colocar sua etiqueta nos modelos. Para os idealizadores do projeto, no entanto, é fundamental que o nome criado pelos jovens chegue às vitrines.
Na fábrica, localizada em um beco sem saída no meio da vila, não há nenhuma placa pedindo profissionais. Toda a mão de obra é formada no projeto iniciado em 2004. Mais de 60 jovens passaram pelas oficinas, onde é ensinado todo o processo de fabricação de calçados.
— Inicialmente, trazíamos brinquedos e distribuíamos sopa aqui na vila. Com o tempo, tivemos a ideia de formar profissionais, dar um novo rumo para esses jovens — afirma o sociólogo e designer Mário Pereira, líder do projeto.
Depois de formados, os moradores da comunidade podem procurar emprego em fábricas do município ou entrar na CooperGet, uma cooperativa fundada para fabricar os produtos da marca. Todos os 10 jovens que fabricam os sapatos e bolsas recebem de acordo com o volume do que é vendido, e a cada seis meses é feita uma divisão dos lucros.
Além do aspecto social, a VillaGet se diferencia pela utilização de material reciclado na confecção de boa parte do que produz. Com isso, o projeto conseguiu diminuir custos e chamar a atenção de consumidores preocupados com o meio ambiente. Muitos dos tênis, bolsas e carteiras que a marca leva às lojas são feitos a partir de raspas de couro, pó de serragem, lona reciclada e até mesmo um tecido fabricado com garrafas pet.
— Nosso público é formado por pessoas que podem comprar qualquer grande marca. Mas são pessoas interessadas em saber de onde veio esse produto, por quem ele foi fabricado, quais os materiais que foram utilizados. É aí que nós nos destacamos — afirma Pereira.