Chile congela salários dos 200 funcionários do governo mais bem pagos
O congelamento começará a partir de 1 de dezembro deste ano, quando deveria haver um reajuste de 4,5% para os funcionários; q presidente Michelle Bachelet, ministros, deputados, senadores e lideranças regionais abrirão mão do reajuste
SÃO PAULO - Com desaceleração econômica e queda na arrecadação, o governo do Chile anunciou nesta segunda-feira o congelamento do salário dos 200 funcionários mais bem pagos em um sinal de austeridade.
"Este é um sinal concreto de austeridade", afirmou o ministro da fazenda, Rodrigo Valdés, ao anunciar as medidas a jornalistas.
O congelamento começará a partir de 1 de dezembro deste ano, quando deveria haver um reajuste de 4,5% para os funcionários. A presidente Michelle Bachelet, ministros, deputados, senadores e lideranças regionais abrirão mão do reajuste.
"O crescimento da economia está sendo bastante menor do que se projetava e isso tem como consequência menos arrecadação para o Estado. É como uma família que vê a renda que entra em casa crescendo menos e tem que escolher como gastar o dinheiro que tem", disse o ministro da Fazenda.
A medida foi tomada em um momento em que o Chile atravessa por um momento de desaceleração econômica. O impacto não será tão grande nos cofres públicos, de cerca de 70 milhões de pesos chilenos ou um pouco mais de R$ 400 mil, mas gera forte impeacto em meio à crise de confiança do eleitorado em relação à classe política do País em meio aos escândalos de corrupção.
Vale ressaltar que Michelle Bachelet prometeu reformas em meio à forte queda de popularidade. No início de setembro, a parcela dos chilenos que desaprovam a presidente Michelle Bachelet atingiu uma nova máxima, para 72%, de acordo com uma pesquisa do instituto GfK Adimark. É o pior índice de um presidente desde que o instituto iniciou a realização de pesquisas, em 2006.