Preço dos veículos tende a cair mais
Segundo previsão de analistas, preços dos carros novos terá baixa de 1,5%
Preço de veículos: De janeiro a junho, o preço do carro zero acumula deflação de 6,7%
São Paulo - Apontado como decisivo na desaceleração da inflação em junho - que encerrou o mês com índice de 0,08%, a menor variação em 21 meses -, o preço dos carros novos deve continuar caindo neste mês. A previsão de analistas é de nova baixa de 1,5%, após redução de 5,48% no mês passado, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nesse ritmo, os preços de veículos novos devem registrar o quinto ano consecutivo de deflação, prevê o economista da LCA Consultores, Fábio Romão. Desde 2008, os reajustes estão abaixo da inflação. Ele calcula que, até o fim do ano, a queda acumulada ficará em 5,32%. Em 2011, a queda foi de 2,87%. Nos anos anteriores foram de 1,04% (2010), 3,6% (2009) e 2,25% (2008).
De janeiro a junho, o preço do carro zero acumula deflação de 6,7%, mas a previsão para o ano é de porcentual menor em razão do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que vigora de 22 de maio a 31 de agosto.
"Por outro lado, se o benefício for mantido, a queda no ano poderá superar os 5,32% projetados atualmente", diz Romão. Para o IPCA como um todo, a LCA projeta 4,8% no ano. Carros novos têm peso de 3,49% no índice.
O benefício do IPI reduziu a zero a alíquota para modelos nacionais 1.0, que era de 7%. Para aqueles com motor até 2.0, que recolhiam entre 11% e 13%, o imposto caiu à metade. Além disso, as fabricantes dão descontos extras para desovar estoques, que em abril e maio equivaliam a 43 dias de vendas. Com o subsídio, baixaram para 29 dias em junho.
Pesquisa da consultoria Molicar mostra que vários automóveis tiveram preços reduzidos além do repasse do IPI e do desconto de 2,5% acertado com as fabricantes. O maior corte em porcentual até agora foi aplicado no Gol G5 1.6 I-Motion. O preço pedido na sexta-feira, de R$ 32,5 mil, é 18,7% menor que o cobrado às vésperas da mudança do IPI, o que significa uma diferença de R$ 7,5 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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