Maior acidente aéreo da história do Brasil completa 5 anos
Airbus da TAM explodiu em julho de 2007 em Congonhas, matando 199 pessoas. Até hoje, nenhum dos acusados pelo Ministério Público foi julgado
Avião da TAM: até hoje, ninguém foi julgado pelo acidente
São Paulo - Completa cinco anos nesta terça-feira o maior acidente da aviação brasileira, a explosão do Airbus da TAM que deixou 199 mortos em julho de 2007. Até hoje, ninguém foi julgado pelo acidente. Em julho do ano passado, a Justiça Federal de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público contra a ex-diretora da Anac Denise Abreu, o diretor de segurança de voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos, e o vice-presidente de operações da empresa, Alberto Fajerman, por envolvimento na tragédia.
Denise Abreu tornou-se ré pelo crime de imprudência por ter liberado a pista do aeroporto sem as mínimas condições de uso. Já os dois ex-funcionários da TAM responderão por atentado contra a segurança do transporte aéreo.
Para homenagear as vítimas da tragédia, será inaugurada às 19 horas desta terça, a Praça Memorial 17 de Julho. Pouco antes, às 17h30, uma missa campal vai ser rezada no local pelo bispo diocesano de Santo Amaro, d. Fernando Antonio Figueiredo. Segundo a Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo JJ3054 (Afavitam), são esperadas cerca de 500 pessoas.
As obras começaram há um ano e seguiram projeto feito por parentes das vítimas - elas terão seus nomes esculpidos na mureta que cerca o espelho d'água, localizado em volta de uma amoreira que resistiu à explosão da aeronave, no centro da praça. Para familiares, a árvore simboliza a vida e, por isso, é o principal elemento da homenagem.
À beira da Avenida Washington Luís, bem na frente do Aeroporto do Congonhas, na zona sul, o memorial é cercado por um muro em formato de arco. Ele foi projetado nos moldes de um mirante. Na parte interna, bancos e brinquedos já estão instalados. Vice-presidente da associação de parentes, Archelau Xavier diz estar satisfeito com o resultado final da obra. "A prefeitura cumpriu o acordo. Agora, só falta esculpir os nomes de todas as vítimas. Eles estarão lá, mas em adesivos. Fizemos essa opção para que os parentes confiram e aprovem", afirma.
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