Google declara guerra às "redes ilícitas" na internet
Na presença da polícia internacional Interpol, Eric Schmidt disse ainda que a internet pode ajudar a combater os traficantes de drogas e de órgãos humanos
Schmidt participou do fórum "Redes Ilícitas: Forças em Oposição"
Thousand Oaks - O presidente executivo do Google, Eric Schmidt, declarou ontem guerra aos criminosos internacionais, prometendo aproveitar a tecnologia para lutar contra as "redes ilícitas" ao redor do mundo. "A conexão nos protege... juntos podemos usar a tecnologia para proteger o mundo", disse Schmidt, no fórum "Redes Ilícitas: Forças em Oposição", realizada na cidade americana de Thousand Oaks, ao norte de Los Angeles.
Na cúpula de dois dias, que conta com a presença da polícia internacional Interpol, ministros de governos e vítimas de trabalho forçado e escravidão infantil, Schmidt disse ainda que a internet pode ajudar a combater os traficantes de drogas e de órgãos humanos e os profissionais do sexo.
A Interpol usou a conferência para anunciar uma iniciativa pioneira para reprimir o comércio de produtos falsificados, usando um aplicativo desenvolvido com a ajuda da gigante de buscas Google. "Em um mundo conectado, as pessoas vulneráveis estarão mais seguras; as vítimas do tráfico podem aprender sobre seus direitos e encontrar oportunidades; os atravessadores de órgãos humanos podem ser identificados e levados à Justiça", afirmou Schmidt.
Juan Pablo Escobar, filho do ex-líder do cartel de droga colombiano Pablo Escobar, juntou-se à conferência via Skype. "O momento em que fiquei mais assustado foi quando percebi que meu país estava usando os métodos violentos de meu pai para lutar contra ele", disse. A cúpula vai ouvir hoje Alejandro Proire, ministro do Interior do México, com seu testemunho sobre o combate ao tráfico de drogas.
Rani Hong, que foi uma criança escrava na Índia e agora é consultora das Nações Unidas sobre o tráfico de crianças, chorou ao contar sua própria história. "Eu fui espancada, torturada, nós estamos falando sobre a escravidão aos 7 anos de idade", afirmou. As informações são da Dow Jones.
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