Câmara aprova texto-base de MP do Plano Brasil Maior
Texto atualizado às 23h BRASÍLIA - Em uma operação de guerra para salvar o Plano Brasil Maior, o governo prometeu
BRASÍLIA - Em uma operação de guerra para salvar o Plano Brasil Maior, o governo prometeu abrir o cofre na liberação de verbas aos parlamentares e acabou por aceitar a aprovação de alguns itens de última hora, como a alíquota zero de alguns tributos para todos os alimentos da cesta básica. A proposta segue agora para o Senado e, nesta terça-feira, a Câmara vai analisar a segunda MP do plano, considerado fundamental para enfrentar os efeitos da crise mundial.
Após a base colocar cerca de 300 deputados em plenário, governistas e oposicionistas chegaram a um acordo. O entendimento inclui ainda uma negociação para tentar votar amanhã a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o que colocaria o Congresso de recesso a partir dessa quarta-feira.
Para conseguir avançar, o governo prometeu mais recursos. A presidente Dilma Rousseff se reuniu hoje logo cedo com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e disse que o Plano Brasil Maior era prioritário. O Planalto reafirmou a promessa de liberar uma cota individual de R$ 4,5 milhões de emendas parlamentares para os deputados da base aliada e aumentou a fatia da oposição. Com isso, a cota de cada deputado do DEM, PSDB e PPS deverá ficar em R$ 3 milhões.
O acordo foi costurado sem a presença do líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que não apareceu para uma reunião com Ideli ontem a tarde. Ele viajou aos Estados Unidos para visitar uma filha e provocou a ira de Dilma por se ausentar num momento de dificuldades.
O governo contou com a pressão de setores empresariais sobre os parlamentares. "Os deputados e senadores terão muita dificuldade de explicar para sua base eleitoral que deixaram cair a redução do IPI contida no Plano Brasil Maior", disse ao Estado um integrante da equipe econômica.
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