Executivo critica Goldman Sachs em carta de demissão
Banqueiro diz que instituição só se preocupa em tirar dinheiro dos clientes, chamados "fantoches"
Um executivo do banco Goldman Sachs publicou hoje um artigo fulminante no jornal The New York Times no qual explica sua demissão. Para Greg Smith, a instituição se tornou um lugar “tóxico e destrutivo”, onde diretores chamam abertamente seus clientes de "muppets”.
Nos Estados Unidos, o termo “muppet” se refere aos personagens da série de televisão e dos filmes de cinema, mas no inglês falado no Reino Unido pode ser usado como gíria para uma pessoa estúpida, que age como um fantoche.
Este é o mais novo revés para o mais famoso banco de investimentos de Wall Street, que durante muito tempo forneceu senadores e secretários de gabinete para Washington, mas que recentemente tem sido comparado a uma “lula gigante que se enrola na cara da humanidade”.
Na carta de demissão que saiu na edição de hoje, Greg Smith, que trabalhou com derivativos, disse que o ambiente no Goldman "está mais tóxico e destrutivo que nunca".
"A empresa mudou tanto desde que entrei nela como recém-formado que já não posso dizer com a consciência tranqüila que me sinto identificado com o que representa", escreveu Smith, que trabalha em Londres.
O ex-diretor relata que nas reuniões que participava ultimamente não eram gastos "um só minuto" para se analisar como ajudar os clientes, pois tudo o que importava era "como tirar o máximo de dinheiro possível deles"
“Fico mal com a maneira insensível com que as pessoas falam abertamente de seus clientes. Nos últimos 12 meses, eu vi cinco diretores diferentes chamando seus clientes de fantoches", disse Smith
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