quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sem grandes anúncios, Dilma promete proteção à indústria do país para empresários da Serra

Sem grandes anúncios, Dilma promete proteção à indústria do país para empresários da Serra


Presidente classificou atuais práticas de comércio internacional como "predatórias"



Sem grandes anúncios, Dilma promete proteção à indústria do país para empresários da Serra 1/Agencia RBS
Presidente participou da cerimônia de abertura da Festa da Uva, em Caxias do Sul Foto: 1 / Agencia RBS


A presidente Dilma Rousseff veio ao Rio Grande do Sul unicamente para prestigiar a abertura da 29ª edição Festa da Uva, em Caxias do Sul. Ao contrário das últimas visitas, quando anunciou investimentos fundamentais ao Estado, como a construção da ponte do Guaíba, o metrô da Capital e o pagamento da dívida com a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Dilma não trouxe grandes notícias aos gaúchos na tarde desta quinta-feira.

Pedetistas até alimentavam uma última esperança de que a presidente poderia aproveitar a rápida passagem por Caxias — pouco mais de duas horas — para anunciar o nome deputado gaúcho Viera da Cunha como novo ministro do Trabalho, porém o impasse com o diretório nacional do partido frustrou a expectativa.

No entanto, ao longo do discurso de 17 minutos na cerimônia de abertura das festividades, Dilma deu garantias importantes aos empresários e vinicultores da Serra. E fez promessas. Na terra onde está montado o segundo maior pólo metal-mecânico brasileiro, com atuação de empresas com dimensão internacional, prometeu combater práticas comerciais classificadas por ela como "predatórias".

— Não iremos ficar ineptos diante da necessidade de se investir e combater todas as práticas comerciais predatórias. Podem ter certeza, o governo se encarregará de tomar todas as providências previstas na Organização Mundial do Comércio (OMC) no que se refere às praticas comerciais assimétricas e danosas.

As providências, conforme ela, são necessárias no momento atual, de crise internacional, em que o Brasil é obrigado a conviver com uma "intensa concorrência", consequência do estado de estagnação ou recessão dos mercados países desenvolvidos.

— Vocês podem ter certeza que iremos adotar medidas tributárias de estímulo à tributação e à exportação, além da adoção de medidas de proteção — disse, seguida por aplauso dos cerca de 5 mil convidados para a cerimônia.

Aos empresários e agricultores, a presidente ainda reafirmou o compromisso de o país crescer 4,5% em 2012. A receita para tal, segundo ela, é a combinação entre investimentos público e privados, acompanhada de uma melhoria na gestão dos gastos do governo.

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