Previsão de chuva após o Carnaval anima produtores gaúchos
A perspectiva de boas precipitações em todo o Estado deve impedir prejuízos ainda maiores com a seca
Apesar dos riscos, Rodrigues derrubou 9 hectares de milho, em dezembro, e plantou soja, que cresce verde e pode ter boa produtividade Foto: Milton Kuhn / Especial
Leandro Becker
A ressaca poderá virar euforia no pós-Carnaval dos agricultores gaúchos. Para isto, basta que se confirme a previsão de chuvas expressivas e bem distribuídas no Interior a partir da próxima quarta-feira. O campo mantém a esperança nas próximas semanas por que, apesar de amenizarem as perdas, as precipitações registradas da semana passada foram insuficientes para acabar com a seca.
— A previsão é de chuva significativa e bem distribuída na próxima semana, incluindo regiões onde não choveu recentemente. Até o fim de fevereiro, as perspectivas são boas para o Estado — afirma Glauco Freitas, meteorologista da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro).
Economista da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Antônio da Luz, explica que, apesar de não recuperar as perdas registradas nas lavouras, a chuva poderá estancar os prejuízos:
— Se a chuva for adequada e estancar as perdas será ótimo. Só há possibilidade de piora caso a seca persista.
As boas precipitações animam produtores como Luiz Rodrigues, de Victor Graeff, que derrubou 9 hectares de milho para plantar soja, em dezembro. Graças às chuvas de baixo volume, mas regulares, nos dias seguintes, a lavoura é um oásis em meio a 21 hectares de milho seco. Uma nova sequência de precipitações pode garantir a produção de 40 sacas por hectare.
Apesar do desenvolvimento da lavoura e do otimismo com as próximas precipitações, o engenheiro agrônomo da Emater em Passo Fundo, Cláudio Dóro, observa que o replantio fora de época não é recomendado.
Para o gestor técnico da Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto (Cooplantio) Dirceu Gassen a esperança também é amenizar os prejuízos com bons negócios: a soja iniciou a semana em alta na bolsa de Chicago. E, se o dólar subir, haverá preço melhor para ajudar a compensar as perdas, ressalta Farias Toigo, analista de mercado da Capital Corretora.
O peso da soja
— No ano passado, o Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul cresceu 5,7%, quase o dobro do estimado para a economia nacional (de 2,5% a 3%);
— Um dos principais motivos para essa diferença foi o desempenho da agropecuária, que teve expansão de 18,88% no ano passado. Por sua vez, esse resultado foi alimentado pela combinação de uma supersafra de grãos com preços internacionais em patamares recordes;
— Entre os grãos cultivados no Estado, o mais importante para a economia é a soja. Por isso, a retomada da expectativa de uma safra ainda razoável para este ano é um alento não só para os produtores rurais como para todos os setores da economia gaúcha.
— A previsão é de chuva significativa e bem distribuída na próxima semana, incluindo regiões onde não choveu recentemente. Até o fim de fevereiro, as perspectivas são boas para o Estado — afirma Glauco Freitas, meteorologista da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro).
Economista da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Antônio da Luz, explica que, apesar de não recuperar as perdas registradas nas lavouras, a chuva poderá estancar os prejuízos:
— Se a chuva for adequada e estancar as perdas será ótimo. Só há possibilidade de piora caso a seca persista.
As boas precipitações animam produtores como Luiz Rodrigues, de Victor Graeff, que derrubou 9 hectares de milho para plantar soja, em dezembro. Graças às chuvas de baixo volume, mas regulares, nos dias seguintes, a lavoura é um oásis em meio a 21 hectares de milho seco. Uma nova sequência de precipitações pode garantir a produção de 40 sacas por hectare.
Apesar do desenvolvimento da lavoura e do otimismo com as próximas precipitações, o engenheiro agrônomo da Emater em Passo Fundo, Cláudio Dóro, observa que o replantio fora de época não é recomendado.
Para o gestor técnico da Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto (Cooplantio) Dirceu Gassen a esperança também é amenizar os prejuízos com bons negócios: a soja iniciou a semana em alta na bolsa de Chicago. E, se o dólar subir, haverá preço melhor para ajudar a compensar as perdas, ressalta Farias Toigo, analista de mercado da Capital Corretora.
O peso da soja
— No ano passado, o Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul cresceu 5,7%, quase o dobro do estimado para a economia nacional (de 2,5% a 3%);
— Um dos principais motivos para essa diferença foi o desempenho da agropecuária, que teve expansão de 18,88% no ano passado. Por sua vez, esse resultado foi alimentado pela combinação de uma supersafra de grãos com preços internacionais em patamares recordes;
— Entre os grãos cultivados no Estado, o mais importante para a economia é a soja. Por isso, a retomada da expectativa de uma safra ainda razoável para este ano é um alento não só para os produtores rurais como para todos os setores da economia gaúcha.
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