quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Cinco habilidades que todo executivo sênior deve se preocupar em desenvolver

Cinco habilidades que todo executivo sênior deve se preocupar em desenvolver

Um professor da Harvard Business School defende que é preciso aceitar as mudanças do mercado e se preparar, com agilidade, para enfrentar a concorrência mais jovem

Época NEGÓCIOS Online
Foto: Shutterstock
 
Para Groysberg, executivos jovens podem não ter a experiência de um executivo sênior, mas eles cresceram em um mundo diferente e estão mais acostumados com mudanças

É muito mais difícil um executivo sênior se manter no cargo atualmente do que há duas décadas, defende Boris Groysberg, professor de administração na Harvard Business School. Ele explica que o número e o tipo de exigências feitas pelo mercado – que está cada vez mais global – só aumentam e muitos CEOs não conseguem, ou não acham necessário, adaptar-se às mudanças.

Para Groysberg, o erro está aí:  negar o fato de que vivemos em um mundo que continuamente passa por transformações e precisamos, portanto, nos adaptar a elas rapidamente. Em seu blog no site da revista Harvard Business Review, ele enumera cinco habilidades que todo CEO sênior deve se preocupar em desenvolver para manter-se à frente do jogo e da concorrência de executivos mais jovens.

1. O lado humano da gestão é mais importante do que nunca. Os formandos em administração saem da universidade muito bem armados com habilidades e técnicas que irão ajudá-los a lidar com as situações objetivas do dia a dia. Apesar de serem também muito importantes para uma boa gestão, hoje em dia é impossível levar uma empresa sem uma ótima desenvoltura em comunicação, colaboração entre funcionários e uma estratégia para lidar com culturas diferentes. Para muitas pessoas, isso é difícil de se aprender - muitos chegam a dizer, inclusive, que habilidades como essas só vêm com o tempo e a experiência.

2. As habilidades técnicas também são importantes. Apesar de estarem perdendo lugar, as técnicas de gestão ainda são essenciais e até aumentaram nas últimas décadas. Não é possível tomar boas decisões, ou ter o respeito dos funcionários, sem conhecimento técnico. Há uma diferença, contudo, entre como essa habilidade era vista há alguns anos e como é encarada nos dias de hoje. Atualmente, você precisa ser melhor em tudo. Administrar uma empresa tornou-se algo dramaticamente mais complicado, enfatiza Groysberg, e você deve manter esse conjunto de técnicas atualizado.

3. As funções dos altos executivos são cada vez mais interdependentes. Por isso, você precisa estar informado sobre tudo. Groysberg defende que é cada vez menos viável ser um especialista em apenas um assunto, se você administra uma empresa. Segundo ele, o CEO deve saber o que acontece em todas as áreas – das finanças ao marketing, passando pelos recursos humanos. Um executivo com conhecimentos abrangentes cresce com muito mais velocidade do que um com conhecimentos específicos.
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Hoje é preciso desenvolver uma mentalidade global, um QI global e experiência global para continuar na liderança

4. As empresas estão se tornando mais globalizadas. É uma tendência. Pode ser que a empresa ainda não esteja preocupada em competir no mercado global, mas é algo que, inevitavelmente, deve acontecer. Por isso, é preciso que os CEOs desenvolvam uma mentalidade global, um QI global e experiência global – habilidades que não podem ser desenvolvidas com uma viagem à Suécia, por exemplo. Groysberg aconselha os executivos a se tornarem abertos a experiências diferentes e se acostumarem com essas diferenças culturais. É preciso estar em sintonia com diferentes culturas para trabalhar com funcionários e chefes de outros países. “Você precisa ter como objetivo não apenas ser o melhor CEO dos Estados Unidos, você precisa almejar ser o melhor CEO do mundo”, diz ele.

5. Aprenda o tempo todo. O mercado está mais dinâmico: as regras mudam constantemente, surgem novos concorrentes, o número de executivos talentosos cresce a cada dia. Você precisa aprender e adquirir novas habilidades com agilidade. Executivos mais jovens podem não ter a experiência de um executivo sênior, mas eles cresceram em um mundo diferente e estão mais acostumados com mudanças nas regras dos negócios.
É um desafio considerável. Some-se a isso o fato que as empresas já não enxergam como  responsabilidade sua ajudar sua equipe a se manter atualizada. Muitas oferecem diferentes oportunidades de aprendizado, mas, no final das contas, é uma cobrança sua. Então, como você está se preparando para o futuro?

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