PepsiCo deve desistir de comprar a Marilan
Negociações teriam emperrado no processo de auditoria. Em novembro de 2011, multinacional pagou R$ 700 milhões pela Mabel
Foto: Getty Images Ampliar
PepsiCo: multinacional é dona das marcas Quaker, Doritos, Toddy, Ruffles, entre outras
As chances de que a PepsiCo compre a fabricante brasileira de biscoitos Marilan, com sede em Marília (SP), estão cada vez mais remotas. Essa seria a segunda aquisição da multinacional americana no mercado brasileiro de biscoitos, mas as negociações não deslancharam, segundo apurou o iG.
Em novembro de 2011, a PepsiCo comprou a Mabel por cerca de R$ 700 milhões e anunciou, na época, ter planos agressivos para crescer nesse segmento no País, com pretensões de disputar a liderança.
Procurada, a PepsiCo informou que não comentaria a informação. "A PepsiCo, a segunda maior empresa de bebidas e alimentos do mundo, esclarece que está sempre avaliando o mercado, em busca de oportunidades, mas tem como política não comentar rumores, incluindo planos de aquisição de outras companhias", declarou por e-mail.
As negociações para compra da Marilan teriam emperrado no processo de “due diligence”, auditoria que é feita pelos compradores na contabilidade das empresas antes de adquirí-las, afirmaram fontes ouvidas pelo iG.
Dona da Quaker, do Toddy e da Elma Chips, a PepsiCo possui várias marcas no setor de alimentos, entre elas os salgadinhos Ruffles, Cheetos, Sensações, Fandangos, Doritos, Opa, Pingo D'Ouro, Banconzitos e Eqlibri. A empresa passou nos últimos anos a investir em produtos mais saudáveis, estratégia que levou à aquisição, por exemplo, da marca de água de coco Kero Coco no Brasil.
Quando comprou a Mabel, Olivier Weber, presidente da PepsiCo Alimentos para América do Sul, Central e Caribe, afirmou que a empresa pretendia "crescer de forma significativa no segmento de biscoitos no Brasil”.
A Marilan é quarta maior fabricante de biscoitos, segmento liderado no País pelo grupo brasileiro M. Dias Branco (dono das marcas Adria, Isabela e Zabet), e pelas multinacionais Nestlé e Kraft, segunda e terceira colocadas, respectivamente.
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