Leilão de aeroportos tem ao menos 14 empresas buscando consórcio
Apesar da forte concorrência, a expectativa é de que os pesados investimentos exigidos nos empreendimentos não permitam ágios elevados sobre os lances mínimos
Pelas regras do edital, todos os consórcios precisam ter uma operadora estrangeira de aeroportos
São Paulo - A menos de um mês para o leilão de concessão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília, ao menos 14 empresas, das quais cinco estrangeiras, estão negociando a formação de consórcios para entrar na disputa prevista para 6 de fevereiro.
Apesar da forte concorrência, a expectativa é de que os pesados investimentos exigidos nos empreendimentos não permitam ágios elevados sobre os lances mínimos.
A concessão dos terminais aeroportuarios é a grande aposta do governo para garantir, com recursos privados, a expansão necessária para suportar o forte aumento da demanda por transporte aéreo no Brasil, que vem ocorrendo há anos e vai acelerar ainda mais com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
Segundo duas fontes que acompanham o processo -uma do setor privado e outra do governo- entre os estrangeiros interessados estariam as duas já confirmadas, Fraport (Alemanha) e Aena (Espanha), e também GMR (Índia), Corporación América (Argentina) e Aéroports de Paris (França).
Pelas regras do edital, todos os consórcios precisam ter uma operadora estrangeira de aeroportos. Isso porque é exigido que entre os sócios privados pelo menos um tenha cinco anos de operação de terminais com movimentação superior a 5 milhões de passageiros por ano.
Além da própria estatal Infraero, que será sócia seja qual for o consórcio vencedor para cada um dos aeroportos, nenhuma outra empresa no Brasil possui essa característica.
Para o professor do Insper-SP Eduardo Padilha, a crise internacional não deve ser empecilho para a participação das estrangeiras na licitação. "É algo a se preocupar, mas a ordem dos investimentos não faz com que empresas não tenham capacidade, ainda mais com o fluxo de caixa."
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