sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Renda fixa continua a brilhar em 2012

Renda fixa continua a brilhar em 2012, diz Santander

Inflação, CDBs e títulos privados lastreados em imóveis serão os destaques

 
Pedro Armestre/AFP
Banco Santander
Na Bolsa, Santander recomenda fundos para ganhar mesmo com queda do Ibovespa

São Paulo – A renda fixa continuará sendo o grande destaque de 2012, com destaque para o crédito privado e os produtos atrelados à inflação, dizem representantes da Asset do Santander. Na ponta da renda variável, no entanto, os investidores devem ser mais cautelosos e preferir os fundos com estratégias específicas, como os de small caps, dividendos ou capital protegido.
 
“As empresas brasileiras estão crescendo e aumentando seu endividamento, e a Bolsa ainda deve registrar neste ano grande volatilidade. O investidor deve diversificar mais”, diz Luciane Ribeiro, diretora executiva da Asset do Santander. Para o estrategista do banco, Ricardo Denadai, a economia mundial não está mais à beira do colapso, mas o investidor terá de aprender a conviver com um risco mais alto.

Veja a seguir as perspectivas da Asset do Santander para os investimentos em 2012:

Renda fixa: inflação e crédito privado

Mesmo com a previsão mais baixa para a Selic no fim do ano – 9,5% para o mercado como um todo e 10% para o Santander – a renda fixa deve continuar brilhando em 2012. No ano passado, o destaque ficou por conta dos títulos públicos ou privados indexados à inflação, que fechou no teto da meta, em 6,5%. Os fundos que buscam superar o IMA-B, índice da renda fixa atrelada à inflação, foram os que tiveram a melhor performance em 2011 entre os fundos de renda fixa. Houve fundo rendendo quase 18% ao ano.

Um desempenho tão excepcional não deve se repetir neste ano, uma vez que as previsões são de queda para a inflação. O Santander prevê uma desaceleração forte para o IPCA até o meio do ano, para algo como 5,5% ou 5,3%. “Mas a inflação deve voltar a ser tema no segundo semestre”, alerta Ricardo Denadai.

O crescimento econômico deve ganhar fôlego no primeiro semestre, levando a inflação a fechar o ano estável entre 5,5% e 5,3%, sem novas quedas. Se o cenário internacional surpreender positivamente, o crescimento pode acelerar novamente na segunda metade do ano, elevando a inflação mais uma vez. Por isso, títulos atrelados a índices de preços devem continuar sendo bons investimentos, principalmente com vistas ao segundo semestre.

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