segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Os segredos dos MBAs vencedores

Os segredos dos MBAs vencedores

Escolas brasileiras têm se destacado em rankings internacionais, mostrando que o país pode, sim, figurar entre os que oferecem educação executiva de qualidade

Por Simão Mairins e Eber Freitas , www.administradores.com.br
 
Até meados dos anos 90, a educação voltada para executivos era um privilégio dos países ditos desenvolvidos. Os MBAs e outros cursos de pós-graduação na área só poderiam ser considerados como diferenciais na carreira quando eram feitos fora do país. Todavia, a evolução dos sistemas educacionais em países da Ásia e da América Latina, seu desenvolvimento econômico nas últimas décadas e a crise que se abate sobre os Estados Unidos e a Europa estão contribuindo para a reconfiguração do panorama clássico. Harvard ainda é Harvard. Mas a bola agora também passa pelos pés de países como o Brasil, e as nossas escolas ao poucos estão ganhando notoriedade no mundo.

No ano passado, diversas instituições nacionais se destacaram em renomadas listas internacionais. O ranking dos 100 melhores MBAs Executivos do mundo realizado pela revista britânica Financial Times elencou duas escolas brasileiras: o programa OneMBA - formado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e instituições de outros países - na 26ª colocação, e a Fundação Instituto de Administração (FIA), que figurou em 57º, subindo nove posições em relação ao ano passado. Além disso, a Fundação Dom Cabral (FDC) aparece em 9º no ranking de Educação Executiva da mesma publicação, seguida pela FIA em 26º e o Insper-Ibemec, em 42º.

Já a Business School São Paulo (BSP) e, novamente, a FGV figuram respectivamente em 2º e 3º lugares no ranking QS Informe Global 200 Business Schools. E no ranking de MBAs da America Economia, Eaesp/FGV (4º), FEA/FIA (11º), Coppead/UFRJ (14º), Ebape/FGV (23º) e BSP (29º) aparecem entre as melhores da América Latina.

Veja abaixo as escolas brasileiras que se destacaram em rankings internacionais:


Para o diretor de Desenvolvimento da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, tais resultados apontam "para um novo jogo de global players da Educação Executiva que redireciona o eixo norte tradicional para um eixo onde escolas de países emergentes podem e devem apresentar ensino de boa qualidade". Outro fator que tem influenciado o desenvolvimento da educação executiva no Brasil, segundo Resende, deve-se ao papel exercido por companhias brasileiras no mundo, sobretudo nos setores de mineração, aeronáutica, petróleo e gás e agronegócios.

Um dos elementos que contribuem para o bom posicionamento da FDC no ranking, segundo Resende, é a possibilidade do próprio aluno customizar, junto à escola, sua própria grade curricular de acordo com suas necessidades, tendência que vem se consolidando em várias escolas do segmento. "Não é uma educação feita de pacotes prontos, mas sim de soluções construídas com os alunos", enfatiza. A FDC também figura em 3º lugar no ranking aberto de educação em negócios da FT.

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