Juros futuros fecham em queda, com mercado sinalizando Selic de um dígito
SÃO PAULO - As taxas dos principais contratos de juros futuros fecharam em queda nesta segunda-feira (30), seguindo a baixa observada na última semana, principalmente após a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária).
Na agenda econômica do dia, o Banco Central divulgou o relatório Focus, que reduziu a expectativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 0,58% para 0,55%. Em relação às variações para o acumulado de 2012, a projeção do mercado em relação ao IPCA caiu pela nona semana consecutiva, para 5,28%. Já o IGP-DI foi mantido em 5,01% e, o PIB (Produto Interno Bruto), em 3,27% para o final do ano.
Já com relação ao patamar da taxa Selic, espera-se uma redução para 9,5% ao ano em 2012. De acordo com a LCA Consultores,o destaque ficou novamente com a mudança na avaliação acerca dos próximos passos da política monetária. "Na semana passada, o mercado havia adiado para agosto o encerramento do ciclo de cortes da taxa básica", avaliam.
Outro indicador revelado, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) apontou inflação de 0,25% em janeiro, segundo dados da FGV (Fundação Getulio Vargas). O índice avançou 0,37 ponto percetual em relação ao mês anterior, quando a variação foi de -0,12%. No acumulado de 12 meses, a alta dos preços foi de 4,53%.
O BC também divulgou, em sua Nota de Mercado Aberto referente ao mês de dezembro de 2011, que o estoque total da DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal Interna) aumentou em R$ 30 bilhões, na comparação com o mês anterior. Segundo o documento, o estoque total passou de R$ 1,753 trilhão para R$ 1,783 trilhão - alta de 1,73%.
Em conjunto com a nota de mercado aberto do BaCen, o Tesouro Nacional apresentou os dados de dívida pública de dezembro, mostrando que no mês a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 1,79% em dezembro, comparado a novembro, e soma R$ 1,866 trilhão. O aumento do endividamento em 2011 foi resultado das despesas com juros, no valor de R$ 211,52 bilhões, e de menos resgates líquidos de títulos em poder de terceiros, no total de R$ 39,20 bilhões.
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