MST ocupa propriedades rurais em três regiões do Estado
Invasões ocorreram em Viamão, Vacaria e Sananduva
Pelo menos três propriedades rurais foram ocupadas, nesta segunda-feira, por integrantes do Movimento Sem Terra (MST) no Rio Grande do Sul. As ocupações ocorrem em Viamão, na Região Metropolitana; em Vacaria, nos Campos de Cima da Serra e em Sananduva, Nordeste do Estado. Na Região Metropolitana da Capital, mais de 300 integrantes do MST ocupam uma área na ERS 040, próximo ao posto de pedágio de Viamão. O espaço já foi motivo de investigação da Polícia Federal, que encontrou mais de 2 toneladas de maconha. Em Vacaria, mais de 500 agricultores ocupam uma área de 400 hectares próximo à BR 285, a um quilômetro da entrada do município. A área, que é pública, foi destinada pelo governo para pesquisa e experimentos de plantas, mas não estaria sendo utilizada para esse fim. Em Sananduva, cerca de 200 integrantes do MST ocuparam a fazenda Bela Vista, propriedade com mais de 300 hectares. Três ônibus, dois caminhões e carros particulares levaram os agricultores até o local. A manifestação é acompanhada por viaturas da Brigada Militar. O objetivo do MST é pressionar os governos federal e estadual a realizar o assentamento imediato das mil famílias acampadas no Estado. Segundo o MST, o governo do Estado firmou um acordo com o governo federal em abril se comprometendo a assentar as famílias, no entanto, desde a assinatura do “Termo de Compromisso” com os camponeses, nenhuma família foi assentada. Os sem terra devem permanecer nas áreas por tempo indeterminado, pois, segundo eles, somente com a ocupação vão fazer com que o poder público realize a Reforma Agrária no País. João Paulo da Silva, integrante do MST há seis anos, lamentou que existam famílias que lutam pela reforma há mais de dez anos. "Em 2008, quando ocupamos a fazenda Palermo, cobrávamos o assentamento de 2 mil famílias, mas somente 800 foram assentadas. Os governos Federal e Estadual não cumpriram acordo algum. Falta vontade política", disse. Em Vacaria, a área invadida foi destinada para pesquisa de plantas, mas, de acordo com Silva, não há nada semelhante a isso na região. "Eles (o governo) falam que a terra foi reservada para pesquisa, mas só existe mato. Exatamente por isso, temos que continuar na luta." |
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