Nelson Eggers
Diretor Presidente da Fruki
O ano de 2011 ficará marcado na história da Bebidas Fruki como aquele em que, provavelmente, a empresa obteve maior visibilidade em seus 86 anos de história. Não apenas por ter sido agraciada com o Troféu Ouro do Prêmio Qualidade RS, do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade. A fábrica de refrigerantes sediada em Lajeado, no Rio Grande do Sul, foi notícia mundial em maio, quando o jogador inglês David Beckham foi flagrado com um lata de guaraná Fruki ao sair de um restaurante na cidade americana de Venice. O marketing involuntário, que levou a marca Fruki ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter em todo o mundo, alegrou a direção da empresa, sem fazê-la tirar os pés do chão. Em seus planos de expansão a Fruki projeta consolidar-se no mercado gaúcho para só depois investir no mercado nacional. Não há previsão de ampliar suas exportações, hoje direcionadas a gaúchos saudosos que vivem no Uruguai, Japão, China e Estados Unidos. Na entrevista a seguir, o diretor presidente da Fruki, Nelson Eggers, fala dos planos da empresa para 2012 e sobre o reconhecimento obtido com o Prêmio Qualidade RS.
“Os consumidores associam diretamente a excelência na gestão à qualidade das bebidas que a Fruki comercializa e esse é um reconhecimento que impulsionou as nossas vendas”
Equipe Editorial - Com a conquista do Troféu Ouro do Premio Qualidade RS a Fruki passa a ser benchmark e referência para a maior parte das empresas associadas ao PGQP. Na sua visão, quais são os principais diferenciais da empresa em relação a sua gestão?
Nelson Eggers - Com relação aos diferenciais de gestão que temos, e que não tínhamos antes de aderir ao PGQP é, fundamentalmente, a vocação forte que a empresa tem hoje em planejar estrategicamente metas. Além disso, o que procuramos aperfeiçoar constantemente, também orientados pelos conceitos do Programa, são os aspectos de liderança, relacionamento com os clientes e valorização das pessoas que “constroem” a Fruki. Sei que antes tínhamos organização e até acertávamos em muitas coisas, mas isso passava despercebido. Passamos a conceber os negócios sob novas perspectivas a partir da adesão ao PGQP. Atualmente, nosso trabalho de gestão é bem mais focado em cinco eixos principais: pessoas (RH), clientes, acionistas, sociedade e fornecedores.
Equipe Editorial - Que aspectos se diferenciam na gestão em um negócio com estrutura familiar? Como profissionalizar o processo e manter a liderança com a família, que cuidados são essenciais?
Nelson Eggers - Eu, naturalmente, me interesso pelo assunto e já assisti a seminários com o tema da sucessão em empresas familiares. Algo que aprendi e concordo é que os filhos, ou outros familiares, para serem conduzidos à gestão da empresa têm que ter interesse e, sobretudo, paixão pelo negócio em questão. Mas também tenho a convicção de que os sucessores devem ser qualificados porque a gestão não pode ser familiar e, sim, profissional. E profissional é aquele que se prepara bem. Quem atua na Fruki, hoje, são pessoas que estudaram e se capacitaram bastante, inclusive com formações no exterior. Os filhos jovens dos diretores estão em programas trainees e assumirão funções começando pela base. Não se tornarão “chefes” de uma hora para outra, pois têm que conhecer todos os processos da empresa para subir os degraus do crescimento. Assim é que estarão bem preparados para a liderança, no futuro.
Equipe Editorial - Como e quando a Fruki começou a atuar com ferramentas da qualidade?
Nelson Eggers - Ingressamos no PGQP no ano de 2002. Acompanhávamos o trabalho da entidade atentos ao fato de que as empresas adeptas eram premiadas, reconhecidas pelos bons resultados e sempre registravam crescimento. Então, percebemos que, através desse caminho, certamente cresceríamos mais, como desejávamos.
Equipe Editorial - De que forma a implantação dos processos de gestão pela qualidade se refletem nos resultados da empresa?
Nelson Eggers - Temos crescido bastante, ano a ano, e a evolução na qualidade da gestão é, com certeza, um dos fatores que contribuiu para isso. Também, é interessante verificar que os destaques positivos da empresa junto ao PGQP renderam uma valorização do nosso produto. Os consumidores associam diretamente a excelência na gestão à qualidade das bebidas que a Fruki comercializa e esse é um reconhecimento que impulsionou as nossas vendas. O faturamento da empresa hoje é, aproximadamente, três vezes maior do que o registrado em 2002. Somente em 2010, o faturamento foi 22% maior do que no ano anterior. Em 2011, a meta é superar em 18% o valor alcançado no ano passado, com aumento de 10% no volume. Temos conseguido atingir as projeções, que são altas, em função de uma gestão muito bem conduzida.
Equipe Editorial - Quais são os planos da empresa em relação ao trabalho de gestão para que continue no patamar da excelência?
Nelson Eggers - Como já somos Ouro, estamos motivados e num esforço concentrado, para conquistar o troféu Diamante. Talvez, esperemos um ano para concorrer. nos candidatando somente em 2013. A fase, agora, é de preparação e de conhecimento. A nossa a equipe está estudando as novas exigências e necessidades de mudanças para que estejamos adequados à avaliação que nos possibilite ganhar o novo prêmio.
Equipe Editorial - Quais as principais metas e novos projetos da Fruki para 2012?
Nelson Eggers - Neste ano, iniciamos a construção do nosso centro de distribuição em Canoas, que será um prédio com 12 mil metros quadrados de área construída. No ano que vem vamos construir uma fábrica nova, mas o município de localização ainda não está definido. O que já está programado é que a esta unidade, que estará pronta em 2013, produzirá sucos, chás, energéticos e bebidas à base de soja. Vamos atuar nesse nicho segmentado para diversificar o mix que temos hoje. A linha de produção atual soma 44 produtos entre sabores e tamanhos diferenciados de refrigerantes, água mineral e energéticos. Para 2013, também está prevista a ampliação da fábrica sede, em Lajeado. Esta é uma necessidade que identificamos devido às taxas de crescimento. Certamente, no ano que vem atingiremos o limite de nossa capacidade produtiva que é de, atualmente, 300 milhões de litros de bebidas ao ano.
Equipe Editorial - A empresa pretende modificar o foco no mercado regional e expandir suas ações de venda/produção para fora do Rio Grande do Sul?
Nelson Eggers - Por enquanto, não. Nós ainda temos condições de ampliar bastante as nossas vendas aqui. Avaliamos que é possível crescer entre 50% e 60% no Estado. Somente depois disso, é que pretendemos partir para outros mercados e planejaremos fábrica fora do Rio Grande do Sul. A participação da Fruki no mercado gaúcho de bebidas é de 13%. Trabalhamos com o objetivo de que essa fatia represente 21% em alguns anos.
Equipe Editorial - A Fruki exporta poucas quantidades para países como Uruguai, Japão, China e Estados Unidos, em busca de brasileiros com saudades de guaraná. Como funciona esse processo? A empresa espera ampliá-lo?
Nelson Eggers - Na verdade, são quantidades muito pequenas de produtos exportados, algo que não interfere significativamente em nosso movimento de produção e lucratividade. Essas vendas têm acontecido e até geraram alguma repercussão para a marca, com o episódio do jogador Beckham, mas não são, definitivamente, expressivas para o nosso negócio. A empresa não deve investir para ampliar isso porque os produtos não têm muito valor agregado e frete a longa distância altera muito os preços, o que acaba tirando a competitividade.
Equipe Editorial - Um dos grandes diferenciais da área de vendas da Fruki é o atendimento direto ao cliente. Como se dá o processo de gestão desta grande equipe (quantos são?) e como motivá-los para, a cada dia terem melhores resultados?
Nelson Eggers - Temos 30 mil clientes e nós visitamos diretamente, uma vez por semana, cada um deles. Seis mil visitas todos os dias. São 200 vendedores, que devem realizar, em média, 30 visitas diárias. O nosso representante visita o comprador durante o dia, à noite se carregam os caminhos e, no seguinte, é feita a entrega. Esse processo de proximidade é extremamente importante para nós. Para isso, a empresa tem 240 motos, 60 automóveis e uma frota própria de 60 caminhões e mais 80 caminhões em contratações de terceiros. Com os vendedores e supervisores são realizadas reuniões matinais e no final do dia para orientar, motivar e repassar metas.
Equipe Editorial - De que forma a Fruki atua na valorização e manutenção de sua equipe de profissionais na empresa?
Nelson Eggers - Temos planos de premiação para metas atingidas e oferecemos um programa de participação de resultados entre os funcionários. Também damos muita importância para o crescimento profissional através do conhecimento. Investimos em treinamentos para qualificar e valorizar nossa equipe. Esse ano, por exemplo, cada funcionário da Fruki terá 39 horas de participação em capacitações. Outro incentivo importante é a promoção. Quando há a necessidade de preencher uma vaga, procuramos, primeiro, identificar se um funcionário pode assumir esse cargo e o promovemos. Temos 680 colaboradores e a ideia é que todos possam crescer na empresa.
Nelson Eggers - Com relação aos diferenciais de gestão que temos, e que não tínhamos antes de aderir ao PGQP é, fundamentalmente, a vocação forte que a empresa tem hoje em planejar estrategicamente metas. Além disso, o que procuramos aperfeiçoar constantemente, também orientados pelos conceitos do Programa, são os aspectos de liderança, relacionamento com os clientes e valorização das pessoas que “constroem” a Fruki. Sei que antes tínhamos organização e até acertávamos em muitas coisas, mas isso passava despercebido. Passamos a conceber os negócios sob novas perspectivas a partir da adesão ao PGQP. Atualmente, nosso trabalho de gestão é bem mais focado em cinco eixos principais: pessoas (RH), clientes, acionistas, sociedade e fornecedores.
Equipe Editorial - Que aspectos se diferenciam na gestão em um negócio com estrutura familiar? Como profissionalizar o processo e manter a liderança com a família, que cuidados são essenciais?
Nelson Eggers - Eu, naturalmente, me interesso pelo assunto e já assisti a seminários com o tema da sucessão em empresas familiares. Algo que aprendi e concordo é que os filhos, ou outros familiares, para serem conduzidos à gestão da empresa têm que ter interesse e, sobretudo, paixão pelo negócio em questão. Mas também tenho a convicção de que os sucessores devem ser qualificados porque a gestão não pode ser familiar e, sim, profissional. E profissional é aquele que se prepara bem. Quem atua na Fruki, hoje, são pessoas que estudaram e se capacitaram bastante, inclusive com formações no exterior. Os filhos jovens dos diretores estão em programas trainees e assumirão funções começando pela base. Não se tornarão “chefes” de uma hora para outra, pois têm que conhecer todos os processos da empresa para subir os degraus do crescimento. Assim é que estarão bem preparados para a liderança, no futuro.
Equipe Editorial - Como e quando a Fruki começou a atuar com ferramentas da qualidade?
Nelson Eggers - Ingressamos no PGQP no ano de 2002. Acompanhávamos o trabalho da entidade atentos ao fato de que as empresas adeptas eram premiadas, reconhecidas pelos bons resultados e sempre registravam crescimento. Então, percebemos que, através desse caminho, certamente cresceríamos mais, como desejávamos.
Equipe Editorial - De que forma a implantação dos processos de gestão pela qualidade se refletem nos resultados da empresa?
Nelson Eggers - Temos crescido bastante, ano a ano, e a evolução na qualidade da gestão é, com certeza, um dos fatores que contribuiu para isso. Também, é interessante verificar que os destaques positivos da empresa junto ao PGQP renderam uma valorização do nosso produto. Os consumidores associam diretamente a excelência na gestão à qualidade das bebidas que a Fruki comercializa e esse é um reconhecimento que impulsionou as nossas vendas. O faturamento da empresa hoje é, aproximadamente, três vezes maior do que o registrado em 2002. Somente em 2010, o faturamento foi 22% maior do que no ano anterior. Em 2011, a meta é superar em 18% o valor alcançado no ano passado, com aumento de 10% no volume. Temos conseguido atingir as projeções, que são altas, em função de uma gestão muito bem conduzida.
Equipe Editorial - Quais são os planos da empresa em relação ao trabalho de gestão para que continue no patamar da excelência?
Nelson Eggers - Como já somos Ouro, estamos motivados e num esforço concentrado, para conquistar o troféu Diamante. Talvez, esperemos um ano para concorrer. nos candidatando somente em 2013. A fase, agora, é de preparação e de conhecimento. A nossa a equipe está estudando as novas exigências e necessidades de mudanças para que estejamos adequados à avaliação que nos possibilite ganhar o novo prêmio.
Equipe Editorial - Quais as principais metas e novos projetos da Fruki para 2012?
Nelson Eggers - Neste ano, iniciamos a construção do nosso centro de distribuição em Canoas, que será um prédio com 12 mil metros quadrados de área construída. No ano que vem vamos construir uma fábrica nova, mas o município de localização ainda não está definido. O que já está programado é que a esta unidade, que estará pronta em 2013, produzirá sucos, chás, energéticos e bebidas à base de soja. Vamos atuar nesse nicho segmentado para diversificar o mix que temos hoje. A linha de produção atual soma 44 produtos entre sabores e tamanhos diferenciados de refrigerantes, água mineral e energéticos. Para 2013, também está prevista a ampliação da fábrica sede, em Lajeado. Esta é uma necessidade que identificamos devido às taxas de crescimento. Certamente, no ano que vem atingiremos o limite de nossa capacidade produtiva que é de, atualmente, 300 milhões de litros de bebidas ao ano.
Equipe Editorial - A empresa pretende modificar o foco no mercado regional e expandir suas ações de venda/produção para fora do Rio Grande do Sul?
Nelson Eggers - Por enquanto, não. Nós ainda temos condições de ampliar bastante as nossas vendas aqui. Avaliamos que é possível crescer entre 50% e 60% no Estado. Somente depois disso, é que pretendemos partir para outros mercados e planejaremos fábrica fora do Rio Grande do Sul. A participação da Fruki no mercado gaúcho de bebidas é de 13%. Trabalhamos com o objetivo de que essa fatia represente 21% em alguns anos.
Equipe Editorial - A Fruki exporta poucas quantidades para países como Uruguai, Japão, China e Estados Unidos, em busca de brasileiros com saudades de guaraná. Como funciona esse processo? A empresa espera ampliá-lo?
Nelson Eggers - Na verdade, são quantidades muito pequenas de produtos exportados, algo que não interfere significativamente em nosso movimento de produção e lucratividade. Essas vendas têm acontecido e até geraram alguma repercussão para a marca, com o episódio do jogador Beckham, mas não são, definitivamente, expressivas para o nosso negócio. A empresa não deve investir para ampliar isso porque os produtos não têm muito valor agregado e frete a longa distância altera muito os preços, o que acaba tirando a competitividade.
Equipe Editorial - Um dos grandes diferenciais da área de vendas da Fruki é o atendimento direto ao cliente. Como se dá o processo de gestão desta grande equipe (quantos são?) e como motivá-los para, a cada dia terem melhores resultados?
Nelson Eggers - Temos 30 mil clientes e nós visitamos diretamente, uma vez por semana, cada um deles. Seis mil visitas todos os dias. São 200 vendedores, que devem realizar, em média, 30 visitas diárias. O nosso representante visita o comprador durante o dia, à noite se carregam os caminhos e, no seguinte, é feita a entrega. Esse processo de proximidade é extremamente importante para nós. Para isso, a empresa tem 240 motos, 60 automóveis e uma frota própria de 60 caminhões e mais 80 caminhões em contratações de terceiros. Com os vendedores e supervisores são realizadas reuniões matinais e no final do dia para orientar, motivar e repassar metas.
Equipe Editorial - De que forma a Fruki atua na valorização e manutenção de sua equipe de profissionais na empresa?
Nelson Eggers - Temos planos de premiação para metas atingidas e oferecemos um programa de participação de resultados entre os funcionários. Também damos muita importância para o crescimento profissional através do conhecimento. Investimos em treinamentos para qualificar e valorizar nossa equipe. Esse ano, por exemplo, cada funcionário da Fruki terá 39 horas de participação em capacitações. Outro incentivo importante é a promoção. Quando há a necessidade de preencher uma vaga, procuramos, primeiro, identificar se um funcionário pode assumir esse cargo e o promovemos. Temos 680 colaboradores e a ideia é que todos possam crescer na empresa.
Muito lindas as palavras do SR. Nelson, mas há um pouco de verdade misturada com inverdades. Só para lembrar o Diretor comercial(João Miranda) veio da Sadia, Gerente comercial(Fernando Schenaiders) da Ambev, 90% dos gerentes de área e coordenadores vem da AMBEV, isso é a maior causa de rotativadade da empresa. A Fruki valoriza o pessoal da concorrência, vendedor morre em cima da motinho, andando nos rigores do tempo.
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