Réus do caso "mensalão" podem ficar impunes, admite ministro do STF
Em entrevista ao grupo Folha, Ricardo Lewandowski declarou que algumas das acusações com certeza devem prescrever
O Brasil deve assistir a mais um festival de impunidades nos próximos meses. Os réus da maior crise política da história recente do país, o caso que ficou conhecido como "mensalão", devem escapar ilesos pela Justiça por conta da prescrição das penas. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (14) pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o ministro não há uma previsão clara para o término do julgamento, que inclusive pode se estender para além de 2012. Lewandowski disse que ainda aguarda o relatório do ministro Joaquim Barbosa para então analisar as mais de 600 páginas de depoimentos e 130 volumes e, enfim, fazer o seu voto paralelo. "Não posso condenar um cidadão sem ler as provas", afirmou.
A lentidão do processo, diz Lewandowski, deve-se à opção do STF em julgar todos os acusados, inclusive os que não têm foro privilegiado. Se apenas os detentores de cargos eletivos - envolvidos no caso - fossem julgados pelo órgão o processo seria mais célere. Os demais réus poderiam ser julgados pela justiça comum. "Com relação a alguns crimes não há dúvida nenhuma que poderá ocorrer a prescrição", revelou o ministro.
A entrevista foi transmitida pelo Programa Poder e Política: Entrevista, realizado pelo grupo Folha.
Na última terça-feira (13), o publicitário Marcos Valério (também envolvido no mensalão) e outros sócios da DNA Propaganda foram libertados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e poderão responder em liberdade um processo por grilagem de terras no oeste da Bahia.
Segundo o ministro não há uma previsão clara para o término do julgamento, que inclusive pode se estender para além de 2012. Lewandowski disse que ainda aguarda o relatório do ministro Joaquim Barbosa para então analisar as mais de 600 páginas de depoimentos e 130 volumes e, enfim, fazer o seu voto paralelo. "Não posso condenar um cidadão sem ler as provas", afirmou.
A lentidão do processo, diz Lewandowski, deve-se à opção do STF em julgar todos os acusados, inclusive os que não têm foro privilegiado. Se apenas os detentores de cargos eletivos - envolvidos no caso - fossem julgados pelo órgão o processo seria mais célere. Os demais réus poderiam ser julgados pela justiça comum. "Com relação a alguns crimes não há dúvida nenhuma que poderá ocorrer a prescrição", revelou o ministro.
A entrevista foi transmitida pelo Programa Poder e Política: Entrevista, realizado pelo grupo Folha.
Na última terça-feira (13), o publicitário Marcos Valério (também envolvido no mensalão) e outros sócios da DNA Propaganda foram libertados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e poderão responder em liberdade um processo por grilagem de terras no oeste da Bahia.
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