Tarso Genro afirmou que técnicos do Governo irão avaliar estudos feitos pelas entidades empresariais Crédito: Caroline Bicocchi / Palácio Piratini / CP
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O governador Tarso Genro informou, nesta quarta-feira, após ouvir pela segunda vez as entidades empresariais, no Palácio Piratini, que vai definir um proposta de índice de reajuste para o piso mínimo regional no começo da semana que vem. Até lá, inclusive no fim de semana, os integrantes do governo avaliarão estudos técnicos encaminhados pelas instituições para definir um índice que represente um "aumento real aos trabalhadores, sem afetar o lucro das empresas, mantendo aquecido o mercado interno".
O chefe do Executivo entregou ao presidente da Fiergs, Heitor Muller, um ofício com os argumentos do governo para defender a valorização do benefício. O documento ressaltou que o Piratini, assim como o governo gederal, entende o aumento da capacidade do poder de compra do trabalhador como um dos pilares para evitar a recessão da economia.
Para compensar o aumento das despesas, Tarso lembrou que já no primeiro ano de gestão, adotou medidas para fomentar e acelerar o desenvolvimento econômico do Estado, como os incentivos na área de inovação, o fortalecimento das cadeias produtivas regionais, o não aumento de impostos e a reestruturação do Fundopem.
Criado há dez anos, durante o governo de Olívio Dutra (PT), o mínimo regional representava 1,28 vezes o salário mínimo nacional em 2001. Agora, não chega a 1,15. Em maio, o governador Tarso Genro concedeu reajuste que chegou a 11,6%. Agora, o pedido dos sindicalistas é 18,7% enquanto o setor empresarial admite, no máximo, 7%. Para o mínimo nacional, o reajuste aprovado pelo governo federal foi de 14,2%.
O setor produtivo gaúcho, que quer a extinção do piso, sugere como alternativa que, em vez do INPC, a variação do PIB seja usada como base para definir o reajuste. Além disso, pede que a data-base para a correção do piso passe a ser maio, em vez de janeiro, como aprovou a Assembleia Legislativa, no ano passado. Até então, os reajustes eram retroativos a março.
O salário mínimo regional é pago a cerca de 2,3 milhões de trabalhadores da iniciativa privada. Hoje, a menor faixa é de R$ 610 e a maior, de 663,40, dependendo da categoria profissional.
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