Morte de baleias e tartarugas em SC preocupa cientistas
Há suspeitas de que um tipo de pesca com rede seria responsável pela morte dos animais no litoral catarinense
Evandro Fadel, de O Estado de S. Paulo
CURITIBA - O aparecimento de dezenas de animais marinhos mortos desde o mês passado no litoral de Santa Catarina preocupa pesquisadores e biólogos do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que monitora a morte de animais há 18 anos.
“O número está muito acima do normal e os casos estão concentrados em uma região”, disse o curador do museu, Jules Soto.
Segundo a Univali, em cerca de 30 dias foram encontradas 26 tartarugas-verdes, 12 botos e 2 golfinhos-cinza. Ontem de manhã, biólogos recolheram um filhote de baleia-minke-antártica na Praia de Porto Belo. À tarde, foi identificada, na Praia Brava, em Itajaí, uma toninha em decomposição, uma das espécies mais ameaçadas de extinção. Anteontem, uma baleia-jubarte em decomposição foi encontrada na Praia do Ervino, em São Francisco do Sul.
Soto diz que provavelmente as mortes têm relação com a pesca de emalhe, processo em que a rede é lançada com pesos em uma extremidade e flutuadores na outra. Ele disse ter recebido denúncias de que um navio estaria utilizando uma malha mais grossa e com comprimento superior ao permitido. “Aí explicaria as mortes”, afirmou.
Ele acentuou que o aparecimento da jubarte pode ter sido coincidência, visto que, em Santa Catarina, elas ficam em alto-mar. O corpo tinha sinais de mordidas de tubarão-azul. Soto disse que verificará a denúncia sobre o barco com as redes ilegais. Algumas das tartarugas apresentavam sinais que levam a crer que ficaram presas em emalhe.
O coordenador do Projeto Tamar, que estuda tartarugas, Gustavo Stahelin, disse que não tinha recebido nenhum comunicado do Museu Oceanográfico sobre as mortes dos animais. “Só poderia comentar com os laudos em mãos”, afirmou.
“O número está muito acima do normal e os casos estão concentrados em uma região”, disse o curador do museu, Jules Soto.
Segundo a Univali, em cerca de 30 dias foram encontradas 26 tartarugas-verdes, 12 botos e 2 golfinhos-cinza. Ontem de manhã, biólogos recolheram um filhote de baleia-minke-antártica na Praia de Porto Belo. À tarde, foi identificada, na Praia Brava, em Itajaí, uma toninha em decomposição, uma das espécies mais ameaçadas de extinção. Anteontem, uma baleia-jubarte em decomposição foi encontrada na Praia do Ervino, em São Francisco do Sul.
Soto diz que provavelmente as mortes têm relação com a pesca de emalhe, processo em que a rede é lançada com pesos em uma extremidade e flutuadores na outra. Ele disse ter recebido denúncias de que um navio estaria utilizando uma malha mais grossa e com comprimento superior ao permitido. “Aí explicaria as mortes”, afirmou.
Ele acentuou que o aparecimento da jubarte pode ter sido coincidência, visto que, em Santa Catarina, elas ficam em alto-mar. O corpo tinha sinais de mordidas de tubarão-azul. Soto disse que verificará a denúncia sobre o barco com as redes ilegais. Algumas das tartarugas apresentavam sinais que levam a crer que ficaram presas em emalhe.
O coordenador do Projeto Tamar, que estuda tartarugas, Gustavo Stahelin, disse que não tinha recebido nenhum comunicado do Museu Oceanográfico sobre as mortes dos animais. “Só poderia comentar com os laudos em mãos”, afirmou.
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