Mercado de cosméticos ainda está em falta com a pele negra
Em um levantamento entre as principais marcas, raras foram as que dispunham de itens exclusivos para essas consumidoras
Apesar da predominância morena e negra no País, é difícil encontrar uma tonalidade ideal entre a ampla gama vendida para mulheres de pele branca
São Paulo - A variedade da pele negra é enorme, mas o mercado de beleza não tem oferecido produtos na mesma proporção. Em um levantamento entre as principais marcas, raras foram as que dispunham de itens exclusivos para essas consumidoras. A base, por exemplo, é essencial na maquiagem, mas é difícil encontrar uma tonalidade ideal entre a ampla gama vendida para mulheres de pele branca, observa Mirian Costa, maquiadora da marca de cosméticos Dailus. "Fizemos uma pesquisa e percebemos essa carência", diz a profissional. "Para preencher essa lacuna, a empresa criou uma vasta linha para essas mulheres."
Ao desenvolver maquiagem para pele negra, a Dailus delineou um panorama do consumo de beleza feminino por região. Mirian conta que, no Sul, a venda se concentra em maquiagens de tom rosa por causa da ascendência europeia, na qual predomina pele bem clarinha. Já nas cidades do Rio, Vitória e Salvador, os campeões de vendas são os produtos direcionados para as muitas tonalidades que vão da morena à negra. Em São Paulo, contudo, a mistura é tão grande que fica impossível definir um perfil dominante.
Apesar da predominância morena e negra no País, Julia Petit reclama da postura das empresas nacionais. "É como se aqui fosse um país nórdico", brada a produtora expert em make-up, autora do blog Petiscos e apresentadora do programa "Base Aliada" (GNT) - ambos com conteúdo de beleza e moda.
Sua indignação é tão grande que ela não cansa de fazer a mesma pergunta quando encontra alguém do ramo de cosméticos: "Você tem linha para pele negra?" Mas a resposta que mais escuta é: "Não há mercado para esse nicho". Julia questiona: "Será que não tem mercado porque não tem produto?" Para ela, o mercado brasileiro é muito atrasado nesse sentido.
Ao desenvolver maquiagem para pele negra, a Dailus delineou um panorama do consumo de beleza feminino por região. Mirian conta que, no Sul, a venda se concentra em maquiagens de tom rosa por causa da ascendência europeia, na qual predomina pele bem clarinha. Já nas cidades do Rio, Vitória e Salvador, os campeões de vendas são os produtos direcionados para as muitas tonalidades que vão da morena à negra. Em São Paulo, contudo, a mistura é tão grande que fica impossível definir um perfil dominante.
Apesar da predominância morena e negra no País, Julia Petit reclama da postura das empresas nacionais. "É como se aqui fosse um país nórdico", brada a produtora expert em make-up, autora do blog Petiscos e apresentadora do programa "Base Aliada" (GNT) - ambos com conteúdo de beleza e moda.
Sua indignação é tão grande que ela não cansa de fazer a mesma pergunta quando encontra alguém do ramo de cosméticos: "Você tem linha para pele negra?" Mas a resposta que mais escuta é: "Não há mercado para esse nicho". Julia questiona: "Será que não tem mercado porque não tem produto?" Para ela, o mercado brasileiro é muito atrasado nesse sentido.
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